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4 DE ABRIL DE 1990 141

O Sr. Octavio Teixeira (PCP): — Como construtor por conta de Empreendimento: Urbanistico .;:

O Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro: — ... por conta de Empreendimento Urbanistico das Torres das Amorei- ras, que nado é construtor, nao tem alvara, e que, sendo proprietaria daquele terreno, mandou construir 4 em-

presa Alves Ribeiro.

O Sr. Octavio Teixeira (PCP): — A segunda ques-

tao era a seguinte. Em que data é que se processou a

tradicio do apartamento, isto é, em que data foram as chaves cedidas ou foram entregues ao proprietario Miguel Cadilhe.

A terceira questéo. O Sr. Engenheiro referiu ha

pouco que o andar da Rua de Francisco Stromp foi

avalidado em 11 500 contos e que foi avaliado pela me-

diadora. Gostaria que clarificasse quem é essa media-

dora. Quanto ao problema do preco dos andares suscita-

-se-me uma dtivida. Qual tem sido a evolugado destes

precos ao longo dos anos? Pergunto isto porque estou a ver aqui nuns documentos que nos foram enviados,

salvo erro, pelo 8.° Bairro Fiscal em que aparecem os precos declarados para efeitos fiscais ao referido bairro —estou-me a referir aos T3 — para além daquele caso

da HAOKI, que parece ter sido em 1988, por 19 000

contos. Ainda aparecem outros casos: um em 1985 ou em

1986, o Sr. Ramiro Sousa Neves, que adquire por

17 490 contos; em 1986, o Sr. Artur Manuel Casais,

que adquire por 17 490 contos, e agora aparece-nos O

caso concreto do Dr. Miguel Cadilhe em 1987, que ad-

quire ainda por 17 490 contos. Para mim, o problema

da evolucdo dos pregos, sinceramente, € um pouco con-

fuso, até porque acresce a isso que o chefe do 8.°

Bairro Fiscal refere a determinada altura, quando. se

processa a avaliacdo fiscal, que os precos que estao a

ser praticados nos T3 em 1985 sao da ordem dos 18 000

contos.

O Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro: — A diferenca nao

é grande.

O Sr. Octavio Teixeira (PCP): — Mas 0 meu pro-

blema é este: em 1985, o sector de construcao esta em

crise — 17 490 contos (embora o 8.° Bairro Fiscal diga

que sio 18 000 contos, mas é um numero redondo, ¢€

evidente); depois em 1986 continua 17 490 contos e em

1987 hd o boom da aquisicao de habitacdo e da pré-

pria construcdo e o valor mantém-se nos 17 490 con-

tos; depois em 1988 ha declaragdes de outra empresa

que diz que passam para os 40 000 contos.

Vozes.

O Sr. Octavio Teixeira (PCP): — Apareceu... €

uma carta de uma empresa, a FENALU sear salvo

erro — a dizer que estado a ser vendidos os edificios ...

O Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro: — A FENALU, na

altura, sabe por quanto € que se estava a vender ...

O Sr. Octavio Teixeira (PCP): — Certo! Mas a ter-

ceira questao que lhe tinha colocado era sobre se nos

podia clarificar, um pouco, este problema da evolucdo

dos precos dos andares daquelas Torres.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra

o Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro.

O Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro: — A primeira per- gunta ja respondi. A segunda era sobre a data da en- trega das chaves: nao sei em que data é que foram en-

tregues; sei que a escritura foi feita em Dezembro de

1988. Nessa altura, talvez o Sr. Ministro ja la estivesse, mas se estava, era ha um ou dois meses; a data, pro-

priamente, nao sei dizer ...

O Sr. Octavio Teixeira (PCP): — Admito que nao

saiba a data exacta, mas se a souber, mesmo aproxi-

mada ... Ou entdo, coloco-lhe a seguinte questo: se

em termos da documentacdo da empresa, € possivel res-

ponder a essa questao posteriormente.

O Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro: — Isso €!

O Sr. Octavio Teixeira (PCP): — Agradecia-lhe, por-

que para nds essa questao é um elemento importante.

O Sr. Presidente: — Entdo, o Sr. Engenheiro Vitor

Ribeiro faria o favor de dirigir 4 Comissao Eventual

este elemento que o Sr. Deputado Octavio Teixeira

agora referiu. Para responder As outras quest6es formuladas, tem

a palavra o Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro.

O Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro: — Parece-me que

o valor dos andares nao esta longe. Realmente, nao era

facil a venda naqueles anos e 0 preco teve de se man-

ter durantea esses anos. Depois houve um que vende-

mos 4 HAOKI por 19 000 contos, mas nesse valor esta,

com certeza, incluido o estacionamento — julgo —, mas

mesmo que assin nao tenha sido, o andar foi vendido

depois, a escritura foi em 1988. Mas as diferencas nao

sao grandes, esta tudo muito préximo.

Posso dizer que as Amoreiras, depois de o Shopping

funcionar e de se venderem a maior parte das Torres,

foi um boom, valorizou-se imenso. Por exemplo aquela

construcao que se esté’a fazer ao lado, parece que ja

foi vendida por precos bastante superiores, nao sei

quais. Quanto as Amoreiras, é natural que ja tenha ha-

vido alguma pessoa que tenha vendido um andar por

25.000 ou 30.000 contos; 40 000 contos por um T3 nao

creio, nado me parece viavel. Na parte de escritdrios ja

acredito: nés vendemos escritérios a 80 contos/m? e te-

nho conhecimento de que ja. se tém transaccionado

agora a 300 e mais contos/m?; portanto, a diferenca

é muito maior. Agora aqui, se me disserem que houve

14 uma transaccao de um T3 por 25 000 ou 30 000 con-

tos até é possivel, porque as casas sao boas, sao de boa

construgao e as Amoreiras estao muito valorizadas, tal-

vez pelo Shopping e por todos os motivos: aquela area

de escritérios a funcionar, as construgdes ... Fala-se

que os valores dos terrenos que estao 4 volta sao pre-

cos da Avenida da Republica ou da Avenida da Liber-

dade e na altura em que nés comecdmos a fazer as

Amoreiras nao era nada disso.

E posso dizer noutro aspecto: nds, Empresa Alves

Ribeiro, neste momento, ou empresas ligadas ao grupo

Alves Ribeiro, temos T3 4 venda muito perto daquela

estagao da Carris na Pontinha ja pertencente ao con-

celho da Amadora — Colina do Sol — por 9000 con-

tos, portanto habitagdo de outro nivel. Em Benfica,