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268 Il SERIE’ + NUMERO 5-Cgy]

haja um relator nomeado, singular, directo e imediato, subscrita por todos os elementos do PSD nesta Comis- sao (0 que é extravagante, notoriamente extravagante! Desafio quem quer que seja a explicar-me isso em ter- mos crediveis de democracia individualizada:e em ter- mos de independéncia numa comissao de inquérito! De- safio quem quer que seja a explicar-me isso com viabilidade! E esquisito isso!); mas ainda nao vi os deputados do PSD sairem e fazerem uma melée nou- tra sala ou no corredor para actualizarem o seu ponto de vista sobre a tematica do relator...

O Sr. Vieira de Castro (PSD): — Nao precisamos!

O Sr. Carlos Candal (PS): — Nao precisam?! S6 se tiverem transmisséo de pensamentos ou se estiverem predeterminados antes de entrarem nesta sala e antes de conhecerem esta proposta, que é inovadora.

Uma voz.

O Sr. Carlos Candal (PS): — Sr. Deputado, eu referi-me a transmisséo de pensamentos por «laracha», em tom ligeiro, e V. Ex.* esta a responder-me em tom menos ligeiro. Devo adverti-lo de que sei «tocar os ins- trumentos» todos, nos tons necessdrios e pertinentes.

A questao é esta e permitam-me.a, franqueza que usei — nao quero ser mais sensato nem. recomendar sensatez a ninguém, pelo menos em politica, e. a.pes- soas tao maduras como eu ou até mais. Proponho a suspensao. dos. trabalhos e que se.agende uma reuniao a curto prazo.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Vieira de Castro.

O Sr. Vieira de Castro (PSD): — Sr. Presidente, nfo vou responder a intervencao do Sr. Deputado Carlos Candal porque agora repetiu exactamente a interven- ¢ao que fez ha pouco; ja dei uma resposta a primeira intervencao, nao respondo 4 segunda porque a resposta seria exactamente igual. Vou agora ‘revelar aos Srs. Deputados membros da Comissio: — e nao teria de o fazer — o seguinte: nfo precisamos de nenhuma interrup¢ao dos trabalhos para pensar pela simples ra- zao de que, imediatamente antes da primeira reuniao da Comissao de Inquérito, os deputados do PSD deli- beraram que 0 nome que apresentariam, quando fosse oportuno, para relator desta Comissao de Inquérito se- tia o do Sr. Deputado Miguel Macedo.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra’a Sr.* Deputada Odete Santos.

A Sr.* Odete Santos (PCP): — Sobre‘esta proposta da suspensao dos trabalhos: eu nunca me dediquei a estudar o Regimento,) mas, de qualquer maneira,; parece-me que, nos termos*regimentais ¢ baseada no artigo 113.°, quando ha insuficiéncia no regimento da Comisséo — penso que em relacAo a’isto, a suspensio dos trabalhos, néo ha nada ai— aplica-se o Regimento da Assembleia da Republica. Assim, pedida a suspen- sao dos trabalhos por um deputado de um grupo par- lamentar, a suspensdo € regimental e°tem de ser con~ cedida — nem sequer ha -votagao.

O Sr. Presidente: — De‘acordo com o Regimento, podemos suspender ‘os trabalhos por meia hora, no mé- ximo, se entenderem que se justifica.

O Sr. Carlos:Candal (PS): — Eu nao pretendia uma suspensdo dos trabalhos por meia hora ...

A Sr.* Odete Santos (PCP): — O artigo 113.° remete para o Regimento da Assembleia, e este prevé que, pe- dida a suspensdo dos trabalhos ...

O Sr. Carlos Candal (PS): — Mas eu nao. queria es- tar a recorrer .ao.Regimento.

O Sr. Presidente: — De facto, o que o Regimento prevé é que uma sessao, nomeadamente do Plendrio da Assembleia, possa ser suspensa; os membros da Comis- sao podem pedir a.suspensado dos trabalhos.

O Sr. Carlos Candal (PS): — Mas o meu pedido nao é regimental: E um pedido cordial. E evidente que, pri- meiro; nado é em meia. hora, se calhar, que as posic6es podem ser alteradas; segundo, nao é minha intencio estar a fazer chicana de «agora pedes tu meia hora, depois peco eu»!:A minha ideia nfo é essa. Nem in- vocoo» Regimento. E apenas um pedido-relativo ao modo de processamento dos trabalhos, por pensar que é util.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Basilio Horta.

O Sr. Basilio Horta (CDS): — Sr. Presidente, eu en- tendi ‘a interven¢gao do Sr. Deputado Carlos Candal numa perspectiva um pouco mais profunda do que aquela que parece estar a ser dada pela maioria. Penso que 0 que esta em causa € um questao importante, que tem a ver com a op¢do politica que vamos ter em re- lacao ao seguimento dos trabalhos desta Comissao; consequentemente, 0 que o Sr. Deputado Carlos Can- dal, de acordo com a minha interpretacdo, quis dizer,

e disse, € que seria Util haver um pequeno tempo de reflexdo° para que dois métodos ‘diferentes, que estao em andlise, possam ser suficientemente aprofundados.

Uma voz do PSD: — Estao a brincar!

O Sr. Basilio Horta (CDS): — Nao, nao estamos a brincar. Estaremos a brincar é se quisermos andar tao depressa que nao estejamos a ver a profundidade das coisas. Isso é que € brincar.

O que esta em causa aqui é que é evidente que se o PSD teimar, € com o seu método apresentar um re- lator jd escolhido‘e for para‘a frente, através da maio- ria numérica de que neste’ momento dispde, com essa solucdo ‘penso que os efeitos politicos nado seraéo os me- lIhores. E*nao serao os melhores numa perspectiva glo- balizante. Isto nao tem nada a ver nem com defender

o PSD nem com defender ninguém: tem a ver com 0 prestigio de: instituigdes.

Logo, seria bom que nao discutissemos o método de uma maneira emotiva nem excessivamente politizada ¢ © fizéssemos num ambiente de se chegar a um consenso sobre o método. Porque se néo chegarmos a um con-