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S DE JULiO flE 1991 95

o Sr. Dr. Mota Figueiredo: — Nab pormitia nempermite e, Sr. Deputado, so esqucceornos isso, varnos fuzerurn jufza muito simplista.

A Cainpos vendia por fora, C sempre assurni isso, mas0 resulLado dessa venda nao vinha para o bolso dosaccionistas, era para pagar horas extra, cornplcmcntos dosalArio, prémios e pam dar regalias a nivel do alimentaçao.Eu dnha na ernpresa urna funcionária quo distribula bite,cerveja e refrigerantes aos trabalhadores.

Sc algudrn estiver ligado a indéstria sabe que ha algumascoisas que, hoje, ningudm nega: o trabaihador Mo sopreocupa corn o que ganha mas corn o quo leva para casa.

Disse ha pouco quo mereço urn prdmio nobel. c justificadamente. A Cairna ja apresentou prejuizos em 1990 nagestilo cia Campos porque nao pOde usar essas regras; aCairna jä apresenta prejuizos em 1990 e eu sempreapresentei lucros desde 1986 ate 1989.

Não ha milagres. Sabern porquo 6 quo isso acoutcecu?Näo C por culpa cia Caima. E quo a rnanurençäo e Ostrabaihadores recusarn-se a produzir e a Caiina introduziuurn terceiro turno em Novembro. Esta 6 a rcalidade doPals; febizmonte quo estamos hoje aqui scm sofismar C nabfalarnos de Matte ou de JUpiter.

Corno jU referi, nao fui convocadornas pretondo coin arninha presença que, pelo menos, daqui sala algurna coisa.

Reparem quo nesse sernanãrio do áltimo sábado, essejornalista diz, em quatro frases, quatro rnentiras. Alids, essesenhor cstá a! para ser ouvido e cu gostava de 0 ouvirconfirmar, a rninha frente, algumas delas.

o Sr. Presidente: — NOs conhecernos 0 artigo.

o Sr. Dr. Mota Figueiredo: — Eu sth de car. NaA Revista” do Expresso do UlLirno sábado, oste jornalistacomeça pot duzer que aid já sabia quo, cm Novernbro, euia set presidenle do Beira-Mar. Fui convidado em Marco,as ebeiçOes forarn em Abril, o Dr. Oliveira Costa continuaa ser Sccretário de Estado e eu cantinuo a set p?csidcntedo conseiho do adrninistraçao da Cairna; jd nem sauadniinisirador dcsde Julho — vcjase a maldade!

Depois, diz quo ole me deu urn abraço, mas não sdonde 6 quo viu usa acontecer.

Disse quo tinha acahado de sair cia prisãa; efectivamente,

o Dr. Mario Raposo, quo foi rncu advogado nessa fase doprocosso, disse quo em 37 anos do jurista nunca viu rnaiorinjustiça coma as 19 dias em quo estive prcso.

Para aldrn de Let a minha consciência tranquila, tenhoestado calado porque não posso fabar. Haje, pela prirneiravez, passo falar junta de pessaas que pcnso totem urnapastura critica.

Em relaçaa as mentiras que cste jarnabista diz — aliaspenso quo a Comissao val ouvi-la a seguir gostaria quoole dissesse ande 6 que dci urn abraça ao Dr. OlivoiraCosta, quem 6 a presidcnte do conseiho do administracaocia Campos, coma é quo sahia quo, ern Novembro, cu Iaset prcsidontc do beira-Mar. Realmcnto, ostc hornem 6 urnaintoligência perdida no jarnalismo, C uma perda para oPals

0 Sr. Antonio Domingues de Azevedo (PS): —Sr. Doutor, tambdm no dcsonvolvirnonta da exposiçãoniciai quo V. Ex.’ fez, afirmou quo uma pane signiflcativadesse dinhoira so destinau ao pagamento do despesas quo,do facto, não tinham relovância contabilistica. No auto dedoelaraçuos quo, so a momória Mo me atraiçoa, a segundaequipa do fiscalizaçao Iaz ii Campos. no qual C ouvida

canjuntamente V. Ex.’ e 0 tdcnico do contas responsávolpela coniabilidade da empresa, diz quo nub ha despesasquo Mo estejarn registadas na contabilidado.

o Sr. Dr. Mota Figuciredo: — Pois Mo, Sr. Deputado! Näo podom oscar!

o Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): —As Unicas despesas quo conheccm são as quo estãorogistadas na contabilidado.

o Sr. Dr. Mota Figueiredo: — Pois, porque as outrasMo esiflo. Mas eu disse para os Srs. Deputados irom aemprosa e perguntarem a qualquor trabaihador so, durante

a rninha adrninistraçäo, Mo recoberarn horas extra, so Mo(recoboram prdmios do complernento do salUrio no final do

rnês, so todos os quadros Mo tinharn urn prémio rnonsal 0anual, se Mo tinharn bite, corveja o refrigerante ao longodo dia. Essas dospesas Mo estAo

o Sr. AntOnio Domingues de Azevedo (PS): — Issoquer dizer uma oulra coisa, quo nab consta das foihas doromunoraçOes

o Sr. Dr. Mota Figueiredo: — Sr. Deputado, se pagarhoras extra aos trabaihadores ... A Caima Love esse

problema agora. Os trabaihadores sahorn pensar e Mo Ihes

interessa quanto 6 quo estâ na fobha. mas sirn quanta é

quo levam pam casa para as esposas ircm ao supormecadofazer compras. Portanto, a regra 6 muito simples, tern quoter rnotivaçuo e rcmuneraçäo, porque, caso contrário, nãoproduzern. Nao C culpa cia Cairna nem rninha, são as regras

do mercado e era Optirno quo todas as crnpresas do palsagissem assim.

Para o senhor tor uns bans colaboradoros, bons mocãnicos, bons sorraiheiros, bons olectricistas, bons chefes doturno o bons forneiros, cbs tern quo tot urn salUria bastanteborn porque, scnào, fica sern ninguCrn. E cu tinha essavaidade: apostava quo, no distrito, ninguérn ganhava cornocbs, queria sempro quo ganhassem acima dos outros.

B verdadc quo ajudoi rnuitbs empregados mous a

comprar cant, oferocendo-Ihos pane cia vorba necessUrma,

quo nan aparocia nos registos da contabilidado. Nao faço

mibagros! Coma 6 quo eonsigo transformar uma omprosa

tocnicamcnte falicla numa empresa quo, a partir do segundo

anb, corneça a gerar lucros quo aprcscnta ate ao Ubtirno

dia da minha gosuio? Nao aerodito em milagres, masrespoito quem acredite noles.

O Sr. Presidente: — Tern a pabavra a Sr. Deputado

Fernando Correia Afonso.

O Sr. Feniando Correia Afonso (PSD): — Sr. Dr. MornFigueiredo, roferiu ha pouco quo, na oportunidade doUltirno pedido quo fez, Love uma reunião na Secrotaria do

Estado dos Assuntos Fiscais. Protendia colocar-Ihe osta

quostão: tinha rolaçoos possoais do amizado corn o

Secrotário do Estado, Dr. Obiveira Costa?

O Sr. Dr. Mota Figneiredo: — A primeira vez quo,

pessoalmente, estive corn o Dr. Olivoira Costa foi em Outubro do 1989. Nunca escondi, nem oscondo, a rninha areapobItica; Mo sou militanco do nenhurn partido, embora, porironia, já tivesso sido eanvidado para me filiar nos trêsmaiores.

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