O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

34 | - Número: 010 | 13 de Dezembro de 2008

No momento da identificação os eleitores da Virgínia tinham que apresentar um documento ―federal‖ que poderia não ter fotografia. Em Washington DC os eleitores não necessitavam de nenhum documento para votar: bastava dizerem o seu nome e morada e o voto era descarregado no caderno eleitoral.
Apesar das fragilidades inerentes a este sistema não foi registada nenhuma queixa de voto duplo ou de alguém que não tenha sido autorizado a votar.
O Senador Barack Obama foi eleito Presidente dos Estados Unidos com 52,7% dos votos (365 votos no Colégio Eleitoral) contra 45,9% do Senador John McCain (173 votos no Colégio Eleitoral).
No Estado da Virgínia e em Washington DC, locais onde a delegação da AR efectuou a sua observação, o Senador Obama venceu o escrutínio com 52,7% e 92,9% respectivamente.
Os debrifings, no qual participaram as equipas da AP OSCE que efectuaram a observação nos 9 Estados, decorreram no dia a seguir às eleições. A grande maioria dos observadores considerou que estas eleições foram livres e justas e que os resultados reflectem a vontade do povo norte-americano.
Foram apenas registados pequenos problemas devido às longas filas nas primeiras horas da manhã à porta das assembleias de voto. Em dois casos, na Virgínia e na Florida, os observadores da AP OSCE não foram autorizados a entrar nos locais onde decorria a votação.
A conferência de imprensa onde foram anunciadas as conclusões desta missão de observação decorreu no dia 6 de Novembro no National Press Club em Washington DC.
O Deputado João Soares, na sua qualidade de Presidente da AP OSCE e chefe desta missão de observação, afirmou:

―A AP OSCE monitorizou as eleições presidenciais e parlamentares norte-americanas de 2008 em conformidade com os compromissos da OSCE tal como estão definidos no Documento de Copenhaga de 1990, o qual foi subscrito pelos EUA.
Esta Missão teve início com um Seminário a 22 e 23 de Setembro no Congresso dos EUA no qual participaram 43 parlamentares. Em Outubro foi enviada uma missão de avaliação a cinco Estados. A missão de observação de curto prazo incluiu um total de 94 observadores dos quais 76 são parlamentares em representação de 28 países. Estes parlamentares foram enviados para nove Estados: Florida, Carolina do Norte, Virgínia, New Hampshire, Ohio, Missouri, Novo México, Colorado e Washington DC.
Nos últimos anos existiu uma falta de confiança em muitas partes do mundo em relação ao sistema eleitoral dos EUA, mas as eleições de 4 de Novembro foram exemplares e a confiança no sistema eleitoral foi recuperada.
As eleições norte-americanas foram uma demonstração significativa do compromisso com a democracia.
Num ambiente altamente competitivo a votação reflectiu claramente a vontade dos cidadãos. Foram registados pequenos problemas pelos parlamentares que monitorizaram este acto em nove Estados cruciais. Os eleitores tiveram a oportunidade de fazer a sua escolha de forma livre e informada.
No seguimento do processo de inscrição nos cadernos eleitorais de 150 milhões de americanos, estas eleições registaram uma taxa de participação recorde, nalguns casos de mais de 90%. O voto antecipado, disponível em mais de 30 Estados, permitiu que esta taxa de participação fosse tão elevada. Calcula-se que cerca de 30% dos eleitores tenham decidido votar desta forma.
Apesar de existirem receios de que a elevada taxa de participação pudesse prejudicar o processo de votação, o elevado número de votos antecipados permitiu que o dia das eleições decorresse sem problemas de maior. Contudo, ainda persistem algumas dificuldades que foram sentidas por muitos eleitores ao esperaram em filas, durante várias horas, para exercer o seu direito.
O sistema eleitoral, diverso e descentralizado, não tem critérios uniformes criando, desta forma, vulnerabilidades nomeadamente no que respeita à integridade do processo de inscrição de eleitores, identificação de eleitores e máquinas de votação electrónica.
O crescente uso de boletins de papel e scanners de leitura óptica é um passo positivo. No entanto, a configuração dos boletins em alguns Estados é bastante complicada e, por vezes, atrasa o processo de votação.