O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-D — NÚMERO 4

6

prontos em 2021. Em relação à central nuclear, mencionou que a UE estava a seguir todos os requisitos de

segurança.

Sviatlana Tsikhanouskaya, agradeceu as posições demonstradas, realçando que precisavam de apoio para

que o media independente e para as vítimas do regime. Relembrou que o seu movimento era pacifico e que o

seu objetivo principal era a realização de novas eleições. Referiu que, atualmente, a pressão deveria ser de

dentro e de fora da Bielorrússia, mencionando que iriam continuar com a luta e que o povo bielorrusso não iria

parar, agradecendo de novo pelo apoio. De seguida, passou a palavra ao seu assessor que referiu o facto da

Rússia estar a dar apoio a Lukashenko e que era preciso que a Rússia não interviesse pois sem a Rússia,

Lukashenko não aguentaria. Quanto às questões sobre como a EU poderia agir, referiu o uso das redes sociais

para divulgar estas questões, sugeriu convidar a Sviatlana para falar e que deviam reportar o que se passava

no país, nomeadamente, a repressão concretizada pelas autoridades. Referiu ainda o diálogo, realçando que

era a única solução uma vez que só a conversação podia levar eleições livres à Bielorrússia.

Enrique Mora, em resposta às questões suscitadas, mencionou que, quanto aos Parlamentos nacionais,

estavam a dar todo o apoio necessário; quanto aos direitos humanos, a UE estava a levantar estas questões

em todos os fóruns internacionais e, por fim, sobre a Rússia, deixou claro que era necessário manter a soberania

da Bielorrússia intata e que o apoio da Rússia a Lukashenko era essencial para este e que era necessário a

Bielorrússia resolver os seus problemas por eles mesmos.

Na segunda ronda de debate que se seguiu, vários oradores referiram que as sanções eram

desproporcionais, dada a repressão do regime de Lukashenko, devendo as mesmas ser alargadas (Sandra

Kalnieter – PE; Johannes Schraps – Alemanha); mais sanções não seria uma solução, devendo-se trabalhar

num diálogo entre as partes, que os presos políticos teriam de ser libertados e concedidos vistos especiais para

quem estivesse em perigo e garantir que todos os apoios chegariam às pessoas corretas e que era necessário

mais apoio e coragem política para terminar a última ditadura na Europa (Vito Petrocelli – Itália; Johannes

Schraps – Alemanha, Mark Demesmaeker – Bélgica); se a oposição estava pronta para tomar o poder

questionando qual era a tática da oposição, caso a situação atual se mantivesse e o que se estava a passar na

central nuclear (Enn Eesmaa – Estónia, Sergei Stanishev – PE); era preciso questionar publicamente a ação

da Rússia na região e que fossem aplicadas as leis de branqueamento de capitais para criar mais pressão sobre

a Rússia de modo a que retirasse o apoio ao regime de Lukashenko (Bernard Guetta – PE, Michael Gahler –

PE); deveriam ser os bielorrussos a tomar as medidas sem ingerência de entidades estrangeiras (Vito Petrocelli

– Itália, Kimmo Kiljunen – Finlândia); os direitos fundamentais dos cidadãos bielorrussos deveriam ser

respeitados, que todas as instituições europeias, Estados-Membros e a Rússia deveriam, conjuntamente,

encontrar uma solução (Vito Petrocelli – Itália).

Katarína Mathernová, em resposta às questões levantadasreferiu que o apoio aprovado pela UE era para

a sociedade civil bem como para os media independente, para os estudantes e para as vítimas da violência.

Mencionou que estavam a usar os canais já existentes e que os apoios não estavam a passar pelo Governo do

regime. Por fim, referiu que o caminho pela democratização devia continuar.

Em resposta às questões apresentadas, Enrique Mora referiu, em relação ao próximo Conselho, que teriam

de avaliar bem os nomes das pessoas a incluir na listagem de sanções para cumprirem as normas legais,

mencionando que iriam continuar a acompanhar o que se passava no país.

Sviatlana Tsikhanouskaya, respondeu, em relação à central nuclear, que era um sinal do quão perigoso

era Lukashenko. Quanto ao período de transição, estavam a pensar já no futuro, com planos a médio e a longo

prazo, referindo já terem uma estrutura pronta para o período de transição e projetos de reformas da constituição.

Relembrou que iriam precisar de apoio técnico para este período de transição. De seguida, o seu assessor

tomou a palavra para esclarecer que foi lançado um documento com os crimes perpetrados pelo regime para

que as pessoas pudessem denunciar os crimes, para no futuro serem julgados. Referiu que, quanto aos planos

estratégicos da oposição, seriam os mesmos pois teria de haver novas eleições no país e Lukashenko acabaria

por ceder. Referiu que era preciso pensar no período de transição, mas também, no imediato, para lidar com a

pandemia e com a crise económica. Quanto às sanções, referiu que eram importantes e que podiam ser sanções

em tarifas e outras que afetassem o regime de modo a alcançar eleições livres e democráticas.

O Presidente David McAllister encerrou a reunião, agradecendo a participação de todos e desejou que a

próxima reunião interparlamentar pudesse já ser presencial.