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a este respeito, gostaria de saber como é que as traduz em termo de planeamento.
Quanto a transportes, eram estas as questões de fundo que queria colocar-lhe.
No que diz respeito à questão da quota-parte de responsabilidade das autarquias não só relativamente a transportes como, sobretudo, em matéria de habitação social, gostaria de questionar o Governo sobre as opções de fundo que presidem à atribuição de verbas neste Orçamento e sobre o plano de investimentos. É que, como o Sr. Ministro sabe, nós, como o conjunto dos partidos desta Assembleia, estou convencido, ficámos sensibilizados com as carências, com as queixas e com as deficiências que foram objecto de uma participação das cooperativas de habitação a esta Assembleia.
Para nós, estas cooperativas são uma forma de participação autónoma da sociedade civil na resolução de um problema, que a todos aflige, a qual gostaríamos de ver privilegiada em detrimento de uma intervenção puramente estatal e dirigida.
Deste modo, gostaríamos de saber qual é o papel que se prevê para as cooperativas de habitação. Sabemos que as cooperativas foram uma via para vários oportunismos e que foi preciso criar regras de saneamento e de clarificação nesse domínio, mas pensamos ser importante que essas regras não "afoguem" o sector e o não impeçam de desempenhar a sua função social extremamente útil, a nosso ver.
Sr. Ministro, espero resposta do Governo às questões que coloquei.

A Sr.ª Presidente: - Srs. Deputados, queria fazer um apelo. É evidente que, em Comissão, cada um dos Srs. Deputados é livre para falar sobre os temas que entender, desde que esteja dentro da matéria em debate, durante o tempo que quiser, pois não há limitação de tempos, contudo, lembro que estamos a discutir o Orçamento na especialidade.
O Sr. Deputado Manuel Queiró, por duas ou três vezes, utilizou a expressão opções de fundo. Penso que as opções de fundo devem ter sido discutidas na generalidade, pelo que, provavelmente, vamos repetir tudo aquilo que o Sr. Ministro já disse na Comissão em sede de discussão na generalidade.
Como tenho cerca de duas dezenas de Deputados inscritos para que, na especialidade, possam efectivamente analisar, relativamente aos círculos eleitorais que representam, os elementos que são ou não concretizáveis, se continuamos a discutir políticas genéricas, opções de fundo que o Sr. Ministro já expôs na discussão na generalidade, se calhar, não vamos conseguir cumprir a tarefa a que nos propomos.
Portanto, Srs. Deputados, peço desculpa pela minha observação, mas apelo para que se cinjam à discussão na especialidade.
Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro do Equipamento Social.

O Sr. Ministro do Equipamento Social: - Sr. Deputado Manuel Queiró, responderei com todo o gosto às questões que me colocou, começando pela nossa visão do desenvolvimento do País e do papel que nele têm as infra-estruturas, sejam rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias, marítimas ou portuárias.
Portugal tem continuado o seu esforço financeiro, como é óbvio com as ajudas dos quadros comunitários, no sentido da criação - isso é importante para o nosso país - de vias de transporte a todos os níveis, as mais modernas possível, para que possamos desenvolver-nos e progredir como é necessário. E é esse o nosso plano para esta Legislatura; é esse o nosso plano para o futuro do País.
Apesar de nos competir definir não só o que temos de fazer no ano 2000 mas também o que pretendemos fazer até 2003, temos também de ter a visão de qual é o País que queremos em termos de futuro, independentemente de no Governo podermos, então, estar nós ou outras pessoas.
Indo ao encontro das questões concretas que colocou, relativamente à auto-estrada do Algarve posso dizer-lhe que, neste momento, está em obra o troço Grândola/Aljustrel e acaba de ser adjudicado pela Brisa o troço Aljustrel/Castro Verde, com pareceres favoráveis dos estudos de impacte ambiental. Além disso, pensamos que será possível, até ao fim do mês de Abril - há três troços a construir, mas estão englobados no mesmo concurso -, decidir sobre a adjudicação dos trabalhos que - finalmente, direi eu - farão a auto-estrada chegar ao Algarve.
Portanto, a auto-estrada chegará ao Algarve durante esta Legislatura, penso mesmo que bastante antes do fim desta Legislatura.
Além disso, porque não quero fugir a nenhuma questão, gostava de dar-lhe conta que, no que se refere a Paderne, como o projecto está em fase de audição pública, as pessoas são livres de emitirem a sua opinião sobre as iniciativas que estão em curso. Como é evidente, há opiniões díspares sobre esta matéria até mesmo na zona do Algarve, como há opiniões mais ousadas de algumas pessoas que ali vivem, até porque, se calhar, algumas delas não querem que a auto-estrada passe por ali.
No entanto, a prioridade central do País e, sobretudo, das pessoas que vivem, que trabalham e que são do Algarve, é a existência da auto-estrada para aquela região. Porém, como todo o desenvolvimento tem de ser feito de forma coerente e sem pôr em causa valores como os ambientais, há que condicionar este tipo de concretizações a esses valores.
Penso que o Ministério do Ambiente irá encontrar a melhor solução e que no fim do mês de Abril nos dir-nos-á por onde é que a estrada tem de passar sem que ponha em causa questões de natureza ambiental.
Portanto, como disse há pouco, a continuação da via do Infante, a VLA, já está adjudicada - as obras vão começar dentro de pouco tempo -, decorrem obras no troço Grândola/Aljustrel, dentro de poucos dias vão começar as obras no troço Aljustrel/Castro Verde - já adjudicadas - e, a muito curto prazo - aliás, o concurso já está em andamento -, iniciar-se-ão os trabalhos dos últimos três troços, que fazem parte de um só concurso e que completam o projecto.
Assim, penso eu, dentro de dois meses, o Governo poderá dizer, claramente, ao País não só em que mês exacto é que a auto-estrada chegará ao Algarve como também em que mês terminará a construção da via do Infante.
Relativamente ao IP2 posso informá-lo que, como também já referi há pouco, neste momento, a situação é a seguinte: está já em construção uma parte do IP6; vai iniciar-se, através das SCUT da Beira Interior, a construção