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até à Guarda; e estão a ser desenvolvidos os estudos que levarão esta estrada até ao extremo norte do País.
Portanto, e como é evidente, está em marcha todo o processo de construção de uma estrada que irá contribuir para o desenvolvimento do interior norte do País - aliás, é com satisfação que lhe digo que esta SCUT da Beira Interior é a próxima a entrar em obra, o que fará com que, durante esta Legislatura, tenhamos muitos quilómetros de estrada prontos no âmbito da preocupação que o Sr. Deputado referiu.
Quanto à IP5, estrada extremamente importante por todas as razões, nomeadamente pela sua actual sinistralidade e que, como todos já percebemos, não foi realizada de acordo com os problemas e com as necessidades que existiam na zona, posso dizer-lhe que, neste momento, procede-se à apreciação das propostas de duas das empresas que chegaram à parte final do concurso.
Assim, no terceiro trimestre deste ano será possível adjudicar - finalmente também, direi eu - os trabalhos que têm a ver com a ligação fundamental que serve o IP5.
Relativamente à questão ferroviária, gostaria de dizer ao Sr. Deputado que comungo da preocupação que referiu. Como é evidente, o País - e todos nós temos de ter consciência disso - não pode viver à volta de grandes projectos a realizar daqui a 10 anos... Eu também sou dessa opinião, mas a verdade é que vivemos num País assim, ou seja, onde a mediatização de tudo isto faz com que eu possa falar 10 vezes sobre a SCUT da Beira Interior e as pessoas me digam: Ok, o senhor já falou sobre isso, mas, então, diga lá por onde é que vai passar o TGV. Passa por Elvas ou por Castelo Branco? É isto!… Já me perguntaram mesmo, Sr. Deputado, neste caso um jornalista, em que mês deste ano iam começar as obras do TGV!…
Portanto, como é evidente, temos de ter em conta tudo isto para percebermos que, se calhar, a culpa é nossa, pois devíamos explicar melhor. Como diria o Sr. Deputado Castro de Almeida "a culpa é sempre dos outros"; mas, como neste caso é nossa, cá estamos nós para assumir essas culpas sem qualquer problema.
No entanto, Srs. Deputados, apesar de a minha preocupação central incidir sobre o que seremos capazes de fazer durante esta Legislatura, há que ter a capacidade de saber lançar os futuros projectos, por forma a saber que Portugal queremos daqui a nove ou a dez anos, independentemente das pessoas que, na altura irão concretizar e inaugurar essas mesmas obras.
Eu costumo dizer - e vou repeti-lo - que estes projectos são sempre polémicos aquando do seu lançamento. Lembro-me, por exemplo, da polémica que se gerou à volta da construção da ponte Vasco da Gama, tanto no Governo que na altura estava em funções como fora dele e até mesmo no meu partido as pessoas tinham as mais diversas opiniões sobre essa obra. Mas se é verdade que o seu lançamento levantou muita polémica, também é verdade que quando da sua inauguração estávamos lá todos: os que eram a favor e os que eram contra. Aliás, a Sr.ª Deputada Isabel Castro disse-me no outro dia que nem todos lá estavam e eu aceito que não estavam lá todos.
Mas, relativamente aos projectos que, neste momento, estão lançados - TGV, aeroporto internacional de Lisboa, que irá ser construído na Ota, e a terceira travessia do Tejo, este menos polémico que os dois anteriores - há uma coisa de que não tenho dúvidas: nas respectivas inaugurações lá estaremos todos! Mas tenho também uma certeza: a de que não serei eu quem irá inaugurá-los! E tenho também quase a certeza, embora não seja astrólogo - bem, esta do astrólogo saiu-me -, …

Risos do PS.

… que alguns dos que, neste momento, mais se opõem à concretização destes projectos serão os que irão inaugurá-los. Tenho a vaga impressão de que isto poderá acontecer… Veremos daqui a uns anos se o que estou a dizer é ou não verdade. E se isso acontecer, tudo bem!… Estarei do lado dos que baterão palmas à inauguração e ouvirei dizer àqueles que, neste momento, mais se pronunciam contra estas obras, o seguinte: que grande visão estratégia havia na altura para lançar estas obras que tão precisas são a Portugal, hoje, sim, a caminho do progresso e do desenvolvimento. Mas isso faz parte da nossa vida e não temos de nos admirar!
Quanto à questão do crescimento da ferrovia, como é evidente, o grande projecto de desenvolvimento do País não é o TGV e nisso estou de acordo com o Sr. Deputado. Mas vamos tê-lo a funcionar, pois considero o transporte de grande velocidade uma obra fundamental para o desenvolvimento do País e para a atracção, no campo turístico, de um conjunto larguíssimo de pessoas, nomeadamente de espanhóis. É que no país vizinho há um mercado com 40 milhões de pessoas, que teremos a capacidade de deslocar para o Porto ou para Lisboa em 3 horas, de forma fácil, para aí passarem os seus fins-de-semana ou trabalharem.
Portanto, acho que este pode ser um bom instrumento de desenvolvimento para Portugal - é a minha opinião -, mas, como é evidente, temos outras preocupações extremamente importantes. Aliás, quero dizer-lhe que prevemos, para os próximos seis anos, investimentos de cerca de 600 000 de contos na ferrovia em Portugal não para investir no TGV, mas, sim, na modernização da linha da Beira Baixa, na modernização da linha do Algarve e na modernização da linha do Norte.
Estamos, neste momento, a lançar um conjunto de investimentos e, só para dar conta, refiro que, no fim deste mês - e já só falta um dia, mas foi essa a indicação que recebi da REFER - estará em condições de ser submetida a decisão a questão relacionada com o anel de Coina - o Sr. Deputado Joaquim Matias é muito sensível a esta questão e com razão! -, que permitirá o desenvolvimento a sério da modernização da linha do Algarve, já que está em questão a electrificação da linha até Faro.
Ora, este conjunto de investimentos ferroviários tem também a ver com as responsabilidades que o País assumiu no que se refere à realização do Euro 2004. É que, neste âmbito, o Estado português assumiu o compromisso de criar condições para que as cidades onde se irão disputar jogos do Euro 2004 sejam servidas por caminhos-de-ferro com melhor qualidade e em melhores condições do que os actualmente existentes.
Poder-se-á dizer: bem, então os senhores só vão fazer investimentos nos sítios onde se irá disputar o Euro 2004. Srs. Deputados, na minha opinião, temos de aproveitar o facto de se disputar no nosso país o Euro 2004 e fazer com que esse acontecimento sirva de estímulo e de impulso ao desenvolvimento e à modernização dos meios de transporte, neste caso da ferrovia e é por esse motivo que vai ser electrificado o caminho-de-ferro para o Algarve, é