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infra-estruturas aeroportuárias. Quero, ainda, referir que, neste momento, está a desenvolver-se em Beja a possibilidade de haver um aeroporto virado para a carga, de forma a aproveitar a pista do aeroporto militar que ali se encontra, e temos também a preocupação de desenvolver, noutras zonas do País, outro tipo de áreas relativamente a aeródromos e a outras situações que se encontram claramente carenciadas de investimento. É isso que estamos a concretizar, pelo que temos uma política clara de apoio nessa área.
Para terminar este ponto, gostava de referir uma matéria que me parece importante: todos estes investimentos - no Porto, em Lisboa, em Faro - são feitos com recurso a meios que são gerados pela empresa que administra os aeroportos do País, a ANA, E.P, ou seja, não há aqui nenhum esforço do Estado, nem, praticamente, de fundos comunitários. A realização destas obras é, pois, gerada pela empresa pública, a ANA, E.P. que é uma empresa muito bem gerida e que permite que se administrem estes meios de forma a que Portugal tenha uma rede de aeroportos à altura do desenvolvimento que todos queremos para o País.
Por último, em relação à questão das autarquias e da habitação, gostaria só de dizer ao Sr. Deputado Manuel Queiró que tive oportunidade de, há bem pouco tempo, ter participado numa realização que a FENACHE (Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económicas) promoveu, onde assumimos o compromisso - que vamos concretizar a curto prazo - de permitir que as cooperativas de habitação entrem nos concursos para o PER (Plano Especial de Realojamento).
Penso que, no passado, por vontade política desta Assembleia, não foi possível garantir que as cooperativas de habitação entrassem nesse programa muito importante de recuperação do nosso parque habitacional, pelo que lhe gostaria de dizer que vamos cumprir esse compromisso que assumimos e as cooperativas vão ter também um papel importante nessa área.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Serrasqueiro.

O Sr. Fernando Serrasqueiro (PS): - Sr.ª Presidente, Sr. Ministro do Equipamento Social, gostaria de colocar uma questão relativamente à Beira Interior. Ultimamente, esta região, em relação à área que estamos aqui a falar, sofreu um forte impulso e está, hoje, "desencravada". Já aqui foi referida a questão da auto-estrada da Beira Interior que impulsionou significativamente a "abertura" daquela região, designadamente em termos políticos, porque foi a primeira auto-estrada a ser lançada.
Mas gostaria de falar, sobretudo, da ferrovia, visto que não venho reivindicar meios aéreos, porque sou responsável e o País é suficientemente pequeno para que a opção por transporte aéreo no interior do País não seja, na minha perspectiva, algo que possamos aqui defender. Se a política for assente em bons meios rodoviários e ferroviários, é dispensável, pelo menos para a minha região, na minha perspectiva, a utilização de meios aéreos porque, em termos de tempo, pouco o fariam encurtar.
Sendo assim, relativamente à ferrovia, o Orçamento do Estado, ao nível do PIDDAC, estipula uma verba de 7,2 milhões de contos para a renovação e electrificação da linha da Beira Baixa.
Gostaria de questionar o Sr. Ministro relativamente a esse tipo de investimento, isto é, se podia caracterizar melhor os trabalhos a fazer na via da Beira Baixa, designadamente ao nível da sua modernização e electrificação.
No que diz respeito às velocidades que podem ser praticadas - pese embora já tenha sido substituída muita parte da via que estava mais envelhecida -, gostaria de lhe perguntar também se está prevista a rectificação de curvas que permita velocidades mais elevadas, isto é, se em função desse projecto (que inclui também a electrificação em parte da linha) podem vir a praticar-se velocidades, que sejam permitidas, superiores às que inicialmente estavam previstas.
Sendo assim, a minha questão tem a ver com a caracterização das obras que estão previstas no PIDDAC, sobretudo no que diz respeito aos aspectos relacionados com a velocidade praticada e com a correcção de curvas, principalmente no primeiro eixo que vai até Vale Prazeres.
Pretendemos saber se, de facto, é possível praticar velocidades que permitam ganhos de tempo, isto para além da possibilidade de alteração da locomotiva a diesel para a locomotiva eléctrica. Isto é: pode haver outros níveis de aproveitamento na utilização desta via ferroviária?

A Sr.ª Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro do Equipamento Social.

O Sr. Ministro do Equipamento Social: - Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Fernando Serrasqueiro, gostaria de lhe dar conta que o programa geral para intervenção na modernização da linha ferroviária da Beira Interior é de 18 milhões de contos, sendo que, no ano 2000, haverá um índice de investimento de 7,2 milhões de contos. Este programa tem como objectivo central a electrificação entre Mouriscas e Castelo Branco, que vai ser concretizado, mas também a intervenção na via entre Castelo Branco e a Covilhã e a eliminação de pontos de estrangulamento entre a Covilhã e a Guarda. Portanto, é um programa de intervenção em toda a linha até à Guarda que, como sabe, depois, entronca com a linha da Beira Alta já electrificada e modernizada.
Com este programa concretizado, pensamos que poderão atingir-se velocidades acima dos 120 Km/h, pelo que este investimento e a decisão do mesmo ser efectuado - como referi, há pouco - são as nossas grandes preocupações para esta Legislatura, independentemente daquilo que poderá ser o TGV em termos de futuro. Estas obras estarão terminadas muito mais cedo - prevê-se que dentro de dois anos e pouco - o que permitirá, como disse o Sr. Deputado e muito bem, ter, nomeadamente nos distritos de Castelo Branco e da Guarda, a capacidade de meios de transporte, quer de passageiros, quer de mercadorias, com uma qualidade completamente diferente e superior à que existe hoje.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr.ª Presidente, Sr. Ministro do Equipamento Social, gostaria de colocar-lhe três questões.
Em primeiro lugar, não fiquei contente com a sua resposta acerca do traçado da auto-estrada para o sul e do atravessamento em Paderne, porque deixou uma ambiguidade,