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Sabemos que é um investimento forte, mas também achamos que é a grande oportunidade que Portugal tem de criar condições para que o comboio Lisboa/Porto passe a demorar não 2 horas e 40 minutos mas 1 hora e 20 minutos, é o tempo que o TGV demorará na ligação Lisboa/Porto, e 3 horas a ligação Lisboa/Porto/Madrid, o que fará com que necessariamente, dos 40 milhões de habitantes que a Espanha tem, pelo menos, os habitantes das zonas que possam ser mais facilmente atraídas para Portugal possam vir ao nosso país. Com as características que Portugal tem, com o papel que tem no campo turístico, no campo do desenvolvimento na área dos serviços, penso que não podemos menosprezar a capacidade que este projecto pode ter de atrair pessoas para o nosso país.
Sobre a questão, que o Sr. Deputado colocou, de saber por que é que está em Aveiro 250 000 contos, vou pedir ao Sr. Secretário de Estado dos Transportes para responder, se a Sr.ª Presidente permitir, porque eu também não sei.

A Sr.ª Presidente: - Com certeza.
Tem a palavra, Sr. Secretário de Estado.

O Sr. Secretário de Estado dos Transportes: - Vou ser muito rápido.
É que alguém regionalizou todos os projectos e colocou lá esta verba. Há, de facto, um estudo relacionado com a alta velocidade que está a ser feito especificamente para Aveiro, mas é um estudo, simplesmente.

O Sr. Castro de Almeida (PSD): - Ah!

O Sr. Ministro do Equipamento Social: - Foi em homenagem ao Sr. Deputado Castro de Almeida!
Sr.ª Presidente, eu sei que o Sr. Deputado Francisco Louçã fez-me uma outra pergunta em relação à qual não tive oportunidade de ouvir. Como não quero deixar de lhe responder, peço-lhe, Sr. Deputado, que me diga qual foi?

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Foi sobre a rede transeuropeia!

O Orador: - Relativamente a essa matéria, que é muito interessante, devo dizer que está a ser discutido na União Europeia - e, neste momento, Portugal assume a presidência -, nomeadamente na área dos transportes, tudo o que tem a ver com redes transeuropeias. Suponho, aliás, que já foi aprovado numa reunião do Conselho de Ministros realizada em Novembro ou em Dezembro, não sei bem, um pacote ferroviário que tem ligações a esta matéria.
Deixe-me dizer-lhe, Sr. Deputado, que tanta preocupação, que eu também tenho, com o que vai ser o TGV... O Sr. Deputado tem razão numa coisa: temos de ter devidamente estudado este problema para que o País perceba se é ou não fundamental levar avante este projecto. Acho que, em relação a um projecto desta envergadura, tem de ser claro perante o País a sua necessidade, a sua rentabilidade e a forma como ele vai ajudar ou não a transformar a vida das pessoas. Estou completamente de acordo consigo, seja em relação a este, seja em relação ao do aeroporto, seja em relação a qualquer outro projecto.
Em termos de desenvolvimento da ferrovia na Europa, é importante dizer que está a haver desenvolvimentos de TGV mas, mais importante até do que isso, em Portugal - e são estes ajustamentos que temos de fazer em termos de discussão na Europa -, são, nos investimentos que estamos a fazer, as bitolas da nossa rede, as ligações que temos de ter a todos os outros países. Porque o que acontece hoje, e tem sido assim desde há anos, é que temos linhas com determinadas dimensões, os espanhóis têm com outras, os franceses têm com outra. Ora, assim nunca teremos uma Europa mais desenvolvida do que a que temos hoje. Pensamos - e isto é considerado em toda a Europa - que a ferrovia tem um papel central no desenvolvimento sustentado de todos os países, a ferrovia tem um papel mais importante, até, do que qualquer outro meio de transporte. Por isso, tem sido feito um esforço em toda a União Europeia. Um dos pontos da presidência portuguesa tem que ver com as redes transeuropeias e esperamos, durante a nossa presidência, dar alguns saltos positivos relativamente a esta matéria, designadamente durante as discussões que iremos ter no próximo Conselho de Ministros de 2 de Março, em Bruxelas.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Castro.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr.ª Presidente, gostava de colocar somente três questões, e não me alongarei excessivamente.
No entanto, correria o risco de retomar a questão, que dois colegas já colocaram, relacionada com o último troço da auto-estrada do Sul, portanto, a ligação à Via Longitudinal do Algarve.
E, Sr. Ministro, retomo esta questão, porque, independentemente de ter percebido que é matéria do Ministério do Ambiente a decisão política, independentemente de ter percebido, como o Sr. Ministro já explicou, que passou a haver um cuidado em relação à consideração das questões ambientais na concretização dos projectos - aliás, até ilustrou a sua boa relação com as associações de defesa do ambiente -, há, para nós, uma preocupação, que se mantém, neste concreto processo de consulta pública.
O Sr. Ministro tem boa memória, melhor do que a minha,…

O Sr. Ministro do Equipamento Social: - Não apoiado!

A Oradora: - … e, provavelmente, reteve o facto de eu ter perguntado se a avaliação de impacte ambiental ia ou não ser levada em conta neste processo, tendo o Sr. Ministro afirmado que sim.
Ocorre, porém, que o processo de avaliação de impacte ambiental sobre este traçado está a ocorrer à margem da lei. Traduzo: está a ocorrer violando tudo o que são disposições legais, isto é, sem audiências públicas.
Foi introduzida uma variante nesta consulta - aliás, não é a única -, variante, essa, que vem deixar cair, na avaliação, uma das fases mais ricas, que é a audição com os cidadãos. Isto é bizarro, é ilegal, mas os prazos estão a correr, e estão a correr nestes termos. A audição não existe, não há participação. Há umas consultas de informação, o que significa que dessas consultas não fica registo, não fica acta, não fica história, ou seja, não há sinal daquilo que as pessoas pensam sobre o assunto.
Portanto, independentemente das preocupações do Sr. Ministro e do seu Ministério, aqui e agora, gostava de