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de financiamento, que representam sempre um aumento significativo das verbas de 2000.
Além disso, esses laboratórios de Estado, neste momento, já têm negociações feitas com a Fundação para a Ciência e Tecnologia para recolherem do programa reforma dos laboratórios de Estado e do Programa Operacional Ciência, Tecnologia, Inovação verbas complementares, que têm de ser, contudo, sujeitas a projectos avaliados. Isto é, é a seguinte a obrigação que é exigida aos laboratórios de Estado: à partida, está inscrita nos seus orçamentos uma verba que em si já é superior à do ano passado e, em seguida, podem - porque sabem que há um quadro orçamental que é só para laboratórios de Estado, o qual está disponível - apresentar programas à Fundação para a Ciência e Tecnologia, que são sujeitos, simplesmente, a uma avaliação externa, não sendo avaliados internamente nos laboratórios.
Reconheceu-se que os laboratórios de Estado tinham dificuldades em recursos científicos, nalguns casos, e que a sua auto-reforma era um risco que o País não podia correr só por si e, por isso, pretendemos ajudar essa reforma dos laboratórios de Estado, fazendo com que uma parte do seu orçamento, designadamente o orçamento para projectos e programa novos de investigação, seja avaliada externamente, sendo que o organismo que o faz é a Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Neste momento, por exemplo, está prestes a ser assinado um contrato muito significativo com o INIA (Instituto Nacional de investigação Agrária), nesta matéria, para modernização de certos sectores do laboratório.
Tenho um dossier importante sobre a totalidade dos projectos neste momento já contratados com os laboratórios de Estado e outros haverá com certeza, que são da vontade dos laboratórios de Estado.
Devo dizer também que aquilo que se passou, nesta matéria, no ano de 1999 e no ano 2000 foi um equilíbrio, sempre contratualizado, que é, portanto de vontade mútua, entre as propostas dos laboratórios de Estado e as propostas do Ministério da Ciência e da Tecnologia. Não nos limitámos a receber propostas e a avaliá-las, nós próprios fizemos propostas aos laboratórios de Estado, porque entendemos que havia questões do interesse nacional.
Entendemos que não era possível dar prioridade às ciências e tecnologias do mar, por exemplo, sem solicitar a todos os laboratórios com competência nesta área que se organizassem para a reforçar, quer fosse a geologia marinha, no Instituto Geológico e Mineiro, ou o tratamento de orlas costeiras no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, para além, obviamente do IPIMAR (Instituto de Investigação das Pescas e do Mar) e do Instituto Hidrográfico.
Entendemos que se, em Portugal, há uma situação de risco sísmico permanente é absolutamente indispensável ter um trabalho sistemático de renovação de quadros e de reforço da protecção de risco sísmico, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil mas também no Instituto Geológico e Mineiro, quer essa fosse ou não uma proposta dos laboratórios. Depois, obviamente, há um diálogo com as instituições, porque nada disto se faz sem esse diálogo.
A Sr.ª Deputada Luísa Mesquita disse que há investigadores de alguns laboratórios que dizem que não têm um diálogo como gostariam com o Ministério. É porque, pura e simplesmente, o Ministério, e eu próprio, tem um respeito muito claro pelo funcionamento e pela autonomia das instituições científicas. Isto é, quando um grupo de investigadores, a título particular, se me dirige, recebo-os sempre; quando, a título institucional, um grupo de investigadores de um laboratório se me dirige para o receber, comunico à direcção desse laboratório e recebo-os com esta, porque não desautorizo qualquer direcção de laboratório, quer esteja sob minha tutela ou de qualquer dos meus colegas. Se eu fosse director de um laboratório do Estado e se isso acontecesse, sairia no dia seguinte. Assim, não faço isso a ninguém!
Portanto, os investigadores sabem que têm sempre a porta aberta e devo dizer, aliás, que, como membro do Governo, o meu endereço electrónico pessoal é público, recebo centenas de mensagens, designadamente de dentro da comunidade científica, a que procuro responder sempre (infelizmente, nem sempre o faço na hora) ou fazer com que sejam sempre respondidas.
O Sr. Deputado Narana Coissoró levanta uma questão importante, à qual posso dar ou uma resposta simples ou uma resposta mais complexa.
A resposta simples à pergunta se está a ser excluído o saber clássico é "não", mas sei que nada o levava a pensar que a resposta fosse "sim", como é óbvio.
Não creio que a importância mediática - porque é a importância da mudança - dada à difusão das tecnologias de informação e à imperativa necessidade de as usar para modernizar as organizações, o acesso ao saber, o tratamento da informação nas sociedades, de alguma forma diminua o saber, antes pelo contrário. Estamos a falar daquele saber que está na informação e há informação que tem saber e informação que não tem. A tecnologia nessa matéria é neutra, aliás, sempre o foi. Aquilo que é absolutamente indispensável é que a tecnologia, tanto quanto possível, se desenvolva no sentido de encorajar quem produz mais saber, quem quer ter saber mais qualificado e quem quer encontrar mais rapidamente a distinção entre o "trigo" e o "joio" na selva da informação, que já existia antes da existência dos computadores.
Simplesmente, é mais fácil encontrar um bom livro se uma biblioteca estiver informatizada, sobretudo se ela for grande, é mais fácil encontrar uma referência, e não duplicar trabalhos científicos, se tivermos as referências.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Eu sei que se pode ler Os Maias no computador.

O Orador: - Mas é desagradável lê-lo no computador, porque, mesmo com os melhores ecrãs que existem hoje, a tecnologia, na minha opinião, ainda está bastante atrasada e o contraste que é possível assegurar, hoje, da tinta sobre o papel ainda é melhor do que os ecrãs, mesmos os mais caros, de plasma, que existem hoje no mercado. Essa é uma deficiência dos computadores e espero que eles venham a ser incorporados em folhas simples, mas ainda não estamos lá.
Aquilo que o Sr. Deputado não consegue fazer, de certeza, é, se estiver incorporado nalguma base de dados, ter todas as referências a todos os artigos científicos que existem sobre Os Maias, em todo o mundo. Isso é que será muito difícil fazer sem muitos anos de trabalho mas, se