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reunião dos museus autárquicos, em que foi exposto o projecto, tendo sido muito bem acolhido, e vai também haver reuniões em Lisboa e em várias zonas do País para exibir o projecto e colocá-lo à disposição das pessoas. A partir daí e das solicitações que surgirem, tal como para a rede das bibliotecas e dos cine-teatros, os projectos vão crescer em função dessas solicitações. Durante todo o próximo ano irá fazer-se uma campanha para identificar os problemas e pôr as pessoas a pedir o nosso auxílio para a resolução das suas necessidades.
Quanto ao Museu do Douro, como já referi, é uma proposta para avançar. Recentemente, tive um encontro com o Dr. Gaspar Martins Pereira, um dos grandes especialistas da zona, e estivemos a discutir uma estratégia para o lançamento do Museu. Dentro de cerca de duas a três semanas irei ao Porto para uma reunião com os autarcas da região, a fim de começarmos a avançar com o projecto. Temos algumas ideias, mas queremos discuti-las in loco com as pessoas que ali estão, porque o que se viu foi que o Museu está definido na lei da maneira excessivamente ampla, ou seja, o projecto tem uma tal dimensão que não se consegue avançar. Vamos, pois, tentar pôr as primeiras pedras para sobre elas construir o edifício que foi proposto pela Assembleia da República.
Em relação às aldeias históricas, sei que existe esse problema da recuperação das três aldeias que estão previstas - uma delas na zona de Marialva -, mas nada tenho para lhe sei dizer, neste momento, em relação à aldeia do Patacão. Não está incluída no PIDDAC e não sei exactamente qual é a sua situação.
No que diz respeito à difusão da cultura portuguesa no estrangeiro, é evidente que é preciso fazer um esforço maior do que o que foi feito até agora. Mas convém não esquecer o resultado de muitas acções que estão em curso: ainda há pouco tempo tivemos o perfil de Portugal em Madrid, que teve uma parte cultural, tendo tido um grande sucesso na capital espanhola, e há projectos em curso noutras zonas da Europa e também nos Estados Unidos.
Portanto, há muitos projectos em curso, uns levados a cabo pelo Instituto Camões e outros pelo Ministério da Cultura, com o apoio de diversas instituições, incluindo de algumas das fundações como a Fundação Luso-Americana. Trata-se, pois, de um projecto que implica um grande esforço da parte portuguesa. Na minha opinião, esse esforço deve ser ainda reforçado, mas devo sublinhar que muito trabalho está a ser feito no terreno sobre esta questão. Não sei, exactamente, de onde é que o Ministério recortou esta verba de 80 000 contos, mas há uma série de verbas inscritas em vários institutos. Por exemplo, para o próximo ano, terá lugar a Bienal de Veneza e há uma representação importante de Portugal nesse evento. Além disso, está a ser organizado um grande festival de cultura portuguesa em S. Francisco, através do gabinete de relações internacionais. Portanto, neste domínio, há várias iniciativas a cargo de diversos institutos do Ministério.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, gostaria de colocar-lhe uma breve questão que tem a ver com a realização do evento Porto 2001-Capital Europeia da Cultura. Concretamente, da análise deste orçamento, devo confessar que não fiquei esclarecido quanto a uma dúvida que tem afligido muito a gente do Porto e que o meu partido tem tentado esclarecer, que é a de saber se há alguma entidade que verdadeiramente coordene as obras de três entidades, a saber: do Metro, as obras da sociedade Porto 2001, S.A., e as obras da Câmara Municipal do Porto.
Isto porque é manifesta para os portuenses uma total falta de coordenação quanto à execução das obras por parte destas várias entidades. Designadamente, a Câmara Municipal abre buracos para colocar um determinado equipamento e fecha-os; depois, vai a sociedade Porto 2001, S.A. e abre novamente os buracos para instalar mais qualquer coisa e fecha-os também; de seguida, vai o Metro e faz o mesmo, e assim sucessivamente. Portanto, para quem vive naquela cidade, parece que, de facto, essa coordenação não existe.
Numa das últimas assembleias municipais, o Sr. Presidente da Câmara afirmou que haveria uma entidade que coordenaria as obras destas três outras entidades. No entanto, a verdade é que a Sr.ª Prof.ª Teresa Lago veio dizer no semanário Expresso, recentemente também, que havia um risco real de algumas das obras previstas não virem a ser executadas por culpa da Câmara Municipal, que não estaria a executar as obras de acordo com o planeado.
A questão concreta que coloco ao Sr. Ministro desdobra-se em quatro, sendo a primeira a seguinte: existe ou não esta entidade coordenadora das três que referi? A segunda questão é no sentido de saber, se ela existe, qual é. A terceira questão é: existindo esta entidade, quais são as verbas que lhe estão afectas no Orçamento? A quarta questão é: para que efeito é que essas verbas lhe foram atribuídas?

A Sr.ª Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Cultura.

O Sr. Ministro da Cultura: - Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo, creio que a Dr.ª Teresa Lago, o Dr. Nuno Cardoso e outras personalidades do Porto estiveram a ser ouvidas, aqui, na Assembleia sobre essas questões muito recentemente - penso que terá sido ontem ou anteontem. E de obras, só sei das de Lisboa, isto é, dos buracos que encontro em Lisboa. Quanto aos buracos que encontro no Porto,…

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Para um Ministro é grave! Não é Ministro de Lisboa!

O Orador: - Deixe-me terminar, Sr. Deputado, por favor.
Como estava a dizer, a parte de obras não diz respeito directamente ao Ministério da Cultura. Portanto, realmente, estou pouco habilitado para responder acerca de como é que vão essas obras. De qualquer maneira, as personalidades que estão ligadas à Porto 2001-Capital Europeia da Cultura estiveram a ser interrogadas exaustivamente, tanto quanto sei, na quinta e sexta-feira da semana passada. Por isso, creio que nessa altura alguém terá respondido às questões que o Sr. Deputado acabou de colocar.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Não!