O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

 

colocadas à sua disposição e de ter objectivos concretos para saber concretizá-las.
Ora, como é evidente no Ministério do Equipamento Social não há só uma política de construir estradas, há muitos equipamentos para fazer e nós temos de ter a preocupação - e estamos a tê-la - de encontrar metodologias e formas de concretizar os nossos objectivos e de ir ao encontro das expectativas das populações, aplicando os meios financeiros que temos à nossa disposição da melhor maneira.
E o que é um facto é o seguinte: aplicando os meios que aqui temos à nossa disposição da maneira que entendemos aplicar, nomeadamente, relativamente às estradas, o Sr. Deputado tem de concordar - porque concorda, com certeza - que neste ano estamos a construir cerca de 400 Km de auto-estradas; estão adjudicações em curso, por exemplo, a SCUT do interior norte, a SCUT do grande Porto, Beira Litoral e Beira Alta (norte Litoral e Litoral centro), IC16, IC30 (Lisboa norte); vão ser lançadas até ao fim do ano - uma delas já aqui referi, o IC36 - o IC12, o IC24, o IC3 e o IC32 e estão várias já em curso como a da Costa de Prata - em sua homenagem, a da Costa de Prata passa lá na sua região, no seu distrito -, a SCUT da Beira Interior com duas frentes de obra de dezenas de quilómetros já, uma a caminho de Gardeta, outra frente nova, da Guarda para baixo... Portanto, temos estradas em construção por todo o País.
Assim, com os meios que temos à nossa disposição e com o recurso a meios financeiros privados estamos a conseguir construir aquilo que o País necessita que seja construído e esse é que é o objectivo, mas o Estado e o País, está a colocar à disposição do Ministério do Equipamento Social os meios que é possível ter para concretizar estes objectivos.
Portanto, temos mais dinheiro que o ano passado - ao contrário do que disse -, estamos a fazer mais estradas do que foram feitas nos últimos anos e continuaremos a lançar mais construções do que fizemos no passado.
Quanto ao pragmatismo populista, eu acho que sou pragramático, é verdade; se sou populista ou não, não sei, mas aquilo que sei é que procuro corresponder à confiança que os portugueses depositaram no Governo e em mim, nomeadamente o Sr. Primeiro-Ministro ao nomear-me para o cargo que estou a exercer.
Assim, procuro ir ao encontro das expectativas que os cidadãos têm e daquilo que necessitam.

O Sr. Castro de Almeida (PSD): - Mas tem menos dinheiro para estradas.

O Orador: - Se isto é populismo ou não, não sei. Eu dou-me bem com a forma como executo as tarefas que tenho no meu Ministério. É verdade que sou pragmático, gosto muito mais de fazer do que de conversar, isso é uma realidade.
Aliás, ontem, tive a oportunidade de ouvir na televisão um amigo meu, o Dr. João Soares, numa entrevista que deu aos jornalistas Maria João Avillez e Miguel Moutinho da Focus, que disse uma coisa com a qual me identifico: disse que há pessoas que têm uma tendência grande para falar sobre as coisas, para estudar as coisas, mas eu reconheço que tenho uma tendência mais forte para concretizar as coisas. É isso que eu gosto e, portanto, nessa matéria, como é evidente, se isto é pragmatismo, se isto é populismo, não sei. É o que é! Estou a dar-me bem com isto, estou a gostar de ver concretizar as coisas e é por isso que cá estou.
O Sr. Deputado disse que não diaboliza o regime das SCUT. Faz bem, Sr. Deputado, porque se diabolizasse o regime das SCUT e dos project finance o senhor, então, deveria ter assumido uma posição pública, quando foi discutida e aprovada - e bem, digo eu - a forma de construção da ponte Vasco da Gama, que foi o primeiro project finance feito no País.
E digo-lhe mais: temos um cuidado extremo na forma como concretizamos e aplicamos tudo o que foi acordado nesse sistema, porque se, porventura, o primeiro project finance não funcionasse devidamente era um descrédito para o nosso país, com as negociações com a banca internacional, porque há um conjunto vastíssimo de bancos, que estão agregados àquele projecto e que poriam em causa o desenvolvimento e o investimento em todos os outros project finance. Portanto, aí, globalmente, podemos estar de acordo, o que a mim me agrada.
Sr. Deputado, acerca da autorização legislativa para preços especiais de combustíveis, aqui é que temos estado em desacordo. O PSD, por razões que compreendo, tem sistematicamente dito no Parlamento que acha que os combustíveis já deveriam ter aumentado este ano.
Compreendo, não tenho nada a questionar sobre isso e aproveito para referir que foi feita uma pergunta ao líder do seu partido sobre a que preço é que ele achava que deveria estar o gasóleo ou a gasolina, mas ele não respondeu, porque, possivelmente, ainda não teve oportunidade de fazer a contas..
Mas, Sr. Deputado, atendendo a que o senhor é um homem mais pragmático e estudioso destas matérias de maior especialidade, pergunto-lhe: qual é o preço que o senhor acha que o gasóleo e a gasolina já deveriam estar neste momento?
É que esta é também uma maneira de esclarecer o País e de me esclarecer a mim próprio, pois é uma dúvida que me passa pela cabeça permanentemente quando ouço dizer: "já tinham de ter aumentado os preços dos combustíveis". Portanto, se o Sr. Deputado nos pudesse dizer quanto é que acha que amanhã deveria custar o litro da gasolina e o litro do gasóleo, ficava-lhe agradecido.
E já agora faço-lhe outra pergunta: quanto é que acha que deveria custar a portagem na Ponte 25 de Abril? Porque como os senhores passam a vida a dizer que o preço das portagens na ponte já deveria ter subido, já agora gostava de saber, na vossa opinião, quanto é que deveria custar a portagem, para todas ficarmos a saber.
Um destes dias o Bloco de Esquerda fez uma coisa que eu acho de muita correcção e já informou o País, na sua opinião, de quanto é que deveria custar o preço do gasóleo e da gasolina. Já informou! Ninguém ligou muito, mas isso também tem a ver com o facto de ser um agrupamento político com pouca representatividade política, mas se o PSD dissesse isto era importante para esclarecer o País.

O Sr. Castro de Almeida (PSD): - Veja lá se fosse o Governo a dizer!...

O Orador: - E deviam dizer: "nós somos pragmáticos, assumimos as nossas responsabilidades até ao fim, pelo que