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achamos que a gasolina deve custar x e o gasóleo y". Aliás, até poderíamos até fazer uma discussão sobre esta matéria, se deveria ser mais ou menos.
Por nós, continuaremos a cumprir o que dissemos, isto é, até ao fim do ano não haverá aumento de combustíveis.
Agora, isto está na autorização legislativa para concretizar o quê? Temos consciência que no desenvolvimento da nossa economia há factores de produção que têm grande incidência nos custos dos produtos, sendo um deles o do transporte dos materiais e o do funcionamento das áreas dos transportadores quer seja de transportes de mercadorias, quer seja de passageiros, quer seja de táxis, por exemplo.
E o que nós temos previsto é poder haver um regime diferenciado de preço de combustíveis para as actividades relacionadas com o funcionamento da economia e para as pessoas fora desse sector.
Não sei quanto é, porque isto depende dos futuros aumentos dos combustíveis e eu não sei quanto e quando vão ser. Não faço ideia!... O Governo, a seu tempo, nomeadamente através do Ministério das Finanças, determinará essa matéria com o acordo completo de todo o Governo, como é óbvio, e, nessa oportunidade, nós e o Ministério da Economia, teremos de discutir e trabalhar, em conjunto, para encontrar um sistema de diferenciação dos preços.
É isso que temos dito publicamente, não encapotadamente, ao contrário do que me dizem as associações de transportadores, que quando vêm reunir com o vosso grupo parlamentar, em privado, vocês dizem-lhes uma coisa e depois em público dizem outra... É o que eles dizem. Esclareçam isso com eles, porque essa questão não é comigo.

O Sr. Virgílio Costa (PSD): - Quem é que diz isso?

O Orador: - São as associações de transportadores...

O Sr. Virgílio Costa (PSD): - Quais?

O Orador: - Todas! Nós reunimos sempre com elas em conjunto...

Vozes do PSD: - Não acreditamos!

O Orador: - Não acreditam? Mas é o que vem a público...

O Sr. Virgílio Costa (PSD): - Eles dizem o mesmo do senhor! E nós não acreditamos...!

O Orador: - Então, se não acreditam eu também não e ficamos empatados. Se o meu caro amigo está a dizer isso, eu em si confio... Também fiquei perplexo e para este assunto ficar resolvido passei já a não acreditar.

Risos.

Então, os senhores estão de acordo comigo, isto é, também não acreditam no resto, portanto ficamos empatados.
Os senhores, se isto continua assim, ainda se vão abster na votação, na especialidade, do Orçamento do Estado.

A Sr.ª Presidente: - Não vai ser fácil!

O Orador: - Não vai ser fácil, mas vamos tentar!
Sr. Deputado Castro de Almeida, quanto aos telemóveis de terceira geração quero dizer-lhe que este é um problema complicado para si e para o seu partido e vou explicar-lhe porquê, já que ontem à noite recebi o pré-relatório que foi entregue a todos os concorrentes para poderem pronunciar-se no prazo de 10 dias para o Instituto das Comunicações de Portugal.
Ora, o senhor, do ponto de vista político, vai ter um problema complicado para explicar ao País por que é que, quando isto tudo começou, o senhor veio dizer como é que o Governo tinha maneira de saber que íamos ter tarifas baixas, que íamos ter a massificação geográfica da linha de terceira geração, que íamos ter verbas significativas para desenvolver a sociedade de informação... Isto foi o que o senhor disse na Comissão, tenho isso escrito... Como imagina eu na altura registei aquilo tudo e pensei "espera aí que nós havemos de falar...!".
E o "espera aí", peço desculpa da terminologia, é ver o que vai sair agora do concurso e ainda não é hoje, porque não é a mim que me compete divulgar o que está no pré-relatório. Mas quando o pré-relatório for divulgado, daqui a 10 dias, os concorrentes vão pronunciar-se e depois o ICP irá fazer uma proposta final que a submeterá a mim, para que eu a homologue ou não, de acordo com o que eu entender e o que o Sr. Deputado e o País vão ouvir, para bem do desenvolvimento do nosso país, é que o Governo tinha completa razão no modelo que escolheu.
Aliás, basta ver a confusão que vai por essa Europa fora, eu até pensei que os senhores nestes últimos tempos, face à tragédia que vai por essa Europa fora, tivessem um bocadinho mais de pudor e fizessem contas…

O Sr. Castro de Almeida (PSD): - Essa agora?! Veja Espanha!

O Orador: - Espere lá, que vai ouvir mais!
Quando a Áustria cancela o leilão, quando em outros países as empresas abandonam o concurso a meio, como aconteceu em Itália e como sabe era a "grande esperança" para dar os grandes ataques... Mas, o problema é que uma empresa abandonou o concurso a meio, os preços vieram por ali abaixo e agora o que é que está a acontecer? As empresas de telecomunicações, que pagaram valores tão altos, agora dizem que não pagam os valores das licenças. Está a ver o que está a acontecer por essa Europa toda? O senhor disse que são valores superiores, então vá ver as quedas que se estão a verificar nas Deutsche TeleKom e de todas as empresas por essa Europa fora…

O Sr. Patinha Antão (PSD): - Não é verdade!

O Orador: - Sr. Deputado, não se meta nisso, que o senhor não estava cá, portanto não ouviu.
Relativamente a essa matéria eu gostava de dizer-lhe o seguinte: primeiro, o único partido que tomou uma posição contra a medida, estrategicamente correcta para o presente e futuro do País, que foi a decisão de fazer um concurso público