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de que isto corra bem para as empresas, porque é sinal de que corre bem para o País.
Portanto, quanto a haver ou não desproporção, só poderemos tirar conclusões finais no fim do processo. Poderá acontecer que os Srs. Deputados tenham razão e eu não. Por mim, acredito que vamos ter todos razão. Porque aquilo que todos temos vindo a dizer, com excepção dos Srs. Deputados Castro de Almeida e António Capucho e do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, sobre esta matéria…

Risos do PS.

… (e, Sr.ª Presidente, evito dizer o seu nome, porque já a ouvi dizer qualquer "coisinha" sobre esta matéria e, por consideração, não digo)…

A Sr.ª Presidente: - E por causa das horas…

O Orador: - Com certeza. E por causa das horas. Então, ficamos por aí…
Tive o privilégio de participar na sessão de encerramento do congresso da associação das telecomunicações, onde vão inúmeras pessoas de todos os partidos, e, em relação a vários membros dos ex-governos dos senhores, não houve uma alma, naquele congresso - uma alma! -, que, em termos de conteúdo desta decisão, estivesse contra! Ninguém! Nesse congresso, ouvi lá falar ex-ministros do vosso governo e ex-secretários de Estado das telecomunicações e devo dizer que há uma unanimidade total no País relativamente a esta matéria.
Mas há um nicho de mercado, pessoas que têm algumas dúvidas, o que é legítimo. Vamos ver, no fim do concurso, se havia ou não razão para dúvidas. Eventualmente, posso ser eu quem não as tem. E, se não tiver razão, também admitirei que me enganei, mas penso que não.
Sobre as opções estratégicas e a questão da golden share da Portugal Telecom, devo dizer que a razão de fundo de a Portugal Telecom ter uma golden share tem exactamente a ver com o facto de este sector ser extremamente aberto a "investidas" de compras hostis por parte, eventualmente, de proprietários estrangeiros que, de um momento para o outro, pudessem vir a ficar com o sector português das telecomunicações todo na mão. Esta é uma das razões de fundo pela qual o Estado detém uma golden share na Portugal Telecom. Não é para andar a discutir os negócios concretos que a Portugal Telecom anda a fazer - se compra ou não no Brasil, se compra ou não em Espanha - mas para discutir as questões estratégicas. A Assembleia Geral da Portugal Telecom elegeu, por unanimidade, o Conselho de Administração e o Estado tem lá uma percentagem pequenina, mas vai deixar de ter.
Portanto, o Estado detém a golden share na Portugal Telecom pelo facto de ter outro tipo de orientações relativas aos interesses do País num sector estratégico fundamental, por razões que têm a ver com a detenção de elementos fundamentais que também têm a ver com este tema dos telemóveis de terceira geração que estamos a discutir.
O Sr. Deputado tem alguma dúvida de que, se tivéssemos feito leilão nos telemóveis de terceira geração, neste momento, não seria portuguesa nenhuma das empresas que viesse a deter uma rede de telemóveis de terceira geração? Nenhuma. Tenha a certeza!
Olhe, uma seria da Deutsch Telecom, outra seria da British Telecom, outra seria da France Telecom e outra seria de outra qualquer dessas europeias.
É que as empresas portuguesas não têm capacidade para aguentar com os "monstros" das telecomunicações mundiais e ficaríamos com uma rede de telemóveis de terceira geração toda nas mãos de estrangeiros! Era o que ia acontecer. Era inevitável! Aliás, os maiores protestos contra a nossa decisão, os únicos protestos que ouvi, foram exactamente dos responsáveis das grandes empresas de telecomunicações mundiais, porque queriam fazer o que estão a fazer na maior parte da Europa, que é criar um monopólio e ficar com tudo. Em toda a Europa, é o que está a acontecer.
Aconteceu com a própria telefónica espanhola. Em Espanha, houve um concurso, mas está a comprar redes de telecomunicações por todo o mundo, onde consegue, nos leilões, com todas as consequências que daí advêm.
Não foi essa a nossa política. Por isso, assumimos as nossas responsabilidades.
Quanto à questão da residência do Primeiro-Ministro,…

O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): - Isso não era para ser respondido!

O Orador: - … gostaria de dizer o seguinte: como imagina, sou amigo do Primeiro-Ministro e já fui algumas vezes a casa dele, que não é a residência oficial, é uma casa da qual (ele até já disse em público), por acaso, até deve umas dezenas de milhar de contos ao banco, porque teve de pedir um empréstimo para a poder comprar. É uma casa que comprou há pouco tempo. Na residência oficial do Primeiro-Ministro, funcionam os serviços.
Isto faz-me lembrar aquela discussão, antiga, da piscina, que também considerei pouco abonatória. Nunca entrei nisso, nem entro. Mas, já que me estão a perguntar, direi que na residência oficial funcionam os serviços do Governo de Portugal, e o Primeiro-Ministro, por acaso, agora é o Engenheiro António Guterres. A seguir, estará lá outro!
A residência dele é numa casa que ele comprou com o dinheiro dele. Ele já disse em público que teve de fazer um empréstimo ao banco, como qualquer um de nós. Ele não tem nenhum problema em dizê-lo. Não sei a que banco foi, mas se lhe perguntar, também posso dizer, aqui, a taxa de juro, para vermos se houve algum favor ou não. Mas julgo que nada houve, porque ele é uma pessoa com muitos cuidados nessas coisas, como aliás, em todas.
Portanto, a casa do Sr. Primeiro-Ministro - eu costumo lá ir, de vez em quando - fica perto da rua do Século…

O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): - E em Ponte de Lima?!

O Orador: - Em Ponte de Lima, não conheço que ele tenha alguma casa. Isso, aí, deve ser alguma coisa que o Sr. Deputado conhece melhor do que eu, com certeza! Já lá deve ter ido mais vezes do que eu!

O Sr. Manuel Queiró (CDS-PP): - Isso agora…

O Orador: - Bem, relativamente a essa matéria… Aliás, estão aqui a dizer-me que se trata de umas obras de adaptação,