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Por outro lado, partilho uma preocupação do Sr. Deputado Dias Baptista, mas com uma visão diferente, porque penso que o Sr. Deputado é o cidadão mais seguro do mundo. Digo isto porque ele é de tal forma optimista quanto à política de segurança que, aconteça o que acontecer, sente-se sempre seguro, optimista e satisfeito. No entanto, ele tem razão na preocupação, mas não na atitude. Lembro, por isso, que, em matéria de cuidados de saúde, a dívida para com a GNR é de 14 milhões de contos e eu não fiquei completamente esclarecido quanto à capacidade de o Governo fazer face a isso dentro do tal apoio e valorização das forças de segurança.
Por último, Sr. Ministro, quero fazer uma pergunta de que V. Ex.ª já falou e que é sempre referida, pelo que vai sempre transitando - é uma questão em trânsito! Refiro-me aos célebres gabinetes de apoio psicológico, que são uma necessidade absoluta e prioritária que as forças de segurança sentem. A verdade é que se fala deles há muito tempo, mas também não os vemos suficientemente contemplados, de forma a chegarem aos homens e às forças de segurança.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): - Alvíssaras, Sr. Deputado Miguel Macedo! Dar-lhe-ei de imediato a palavra!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): - Sr. Presidente, suponho que se a Sr.ª Presidente da Comissão de Economia, Finanças e Plano não chegasse tão depressa à Mesa, também não era tão cedo que eu falaria esta tarde!

Risos.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): - Sr. Deputado Miguel Macedo, V. Ex.ª é um homem de fé!

O Orador: - Sou, Sr. Presidente! Aliás, devo dizer que me pareceu, durante toda a tarde, que chegaria o momento em que o Sr. Presidente, com todo o respeito que tem pela fé dos outros, me daria a palavra.
Sr. Ministro, Sr. Secretário de Estado, antes de mais, os meus cumprimentos. Começo por salientar que verifico a minha tarefa facilitada porque, entretanto, o Sr. Deputado Telmo Correia já quebrou o fluxo encantatório que estava a ocorrer entre a bancada do PS e a bancada do Governo.
Passando ao pedido de esclarecimentos, gostaria de começar por dirigir as minhas felicitações ao Sr. Ministro da Administração Interna pela grande coragem que tem demonstrado relativamente a este Orçamento, ao discordar frontalmente daquilo que tem sido a campanha oficial de esclarecimento, por motivo da entrada em circulação do euro no espaço da União Europeia e também em Portugal.
A campanha oficial tem mostrado, por exemplo, uns cidadãos a dizer: "Eu tenho a minha conta em escudos. Preciso de fazer alguma coisa para mudar para euros?". E aparece um cidadão esclarecido, radiante e radioso, a dizer: "Não, não faça nada que o banco faz tudo por si!". E depois aparece, num outro spot, alguém a dizer: "Mas esta conversão vai fazer com que eu perca ou ganhe alguma coisa?". E respondem-lhe: "Não, não perde nada. É exactamente a mesma coisa. Aquilo que o senhor tinha em escudos vai transformar-se em euros!".
Ora, o Sr. Ministro quebrou este tipo de campanha de esclarecimento. Aliás, a verdade é que, aproveitando o Orçamento em euros, o Sr. Ministro alterou muitas coisas.
Assim, irei referir algumas das coisas que o Sr. Ministro alterou e que têm a ver com muitas das matérias que já aqui foram faladas.
Por exemplo, no ano passado, o Sr. Ministro previu, em sede de PIDDAC, que iria gastar, em escudos, no ano de 2002 (Orçamento que estamos a discutir), com vista à instalação de forças e serviços de segurança, o montante de 24 milhões de contos. Este ano, inscreve para gastar, em 2002, a quantia de 25 milhões de euros (note-se que estamos a falar de euros).
Portanto, ao menos nesta parte do Orçamento, não se justifica aquela paridade absoluta entre aquilo que tínhamos previsto gastar em 2002, em escudos, e aquilo que efectivamente vamos gastar em euros. Convenhamos que, feitas as contas, há uma grande diferença!
No ano passado, esta rubrica - se eu li bem o Orçamento -, que diz respeito à Instalação de Forças e Serviços de Segurança, tinha 24 milhões de contos para gastar, em 2002. E este ano, vai ter pouco mais de 5 milhões de contos para gastar, em 2002.
Ora, gostaria de começar, justamente, por este ponto, Sr. Ministro. Devo dizer que não gosto de fazer perguntas sobre coisas pequenas, e tenho a sorte de o Sr. Deputado Agostinho Lopes já ter falado de alguns assuntos relativos ao círculo eleitoral pelo qual somos eleitos Deputados. Assim, resta-me acrescentar dois aspectos em relação às questões que o Sr. Deputado Agostinho Lopes já colocou ao Sr. Ministro e que eu acompanho.
A primeira questão tem a ver com um caso muito especial, que eu não queria caracterizar (e eu até podia pegar naquela imagem que no outro dia o Sr. Primeiro Ministro utilizou, do argumento e do filme, para lhe dizer que quem está a escrever o argumento deste filme não é quem devia estar a escrever o argumento do filme de que lhe vou falar), e que diz respeito ao novo quartel distrital da GNR, em Braga.
Refiro este assunto porque aquilo que estava previsto - não sei se entretanto já se alterou alguma coisa, mas talvez não fosse má ideia o Sr. Ministro ver com atenção esse dossier - era que iria haver uma permuta entre a GNR, ou quem, no Estado, detém a propriedade do imóvel onde está a GNR de Braga, e um promotor imobiliário, que cederia um terreno e faria uma parte da construção do novo quartel.
Aliás, por isso é que no PIDDAC do ano passado (o tal que ainda era em escudos) estava prevista a verba de 100 000 contos, para 2002, mais 209 000 contos, para 2003, com vista à construção das novas instalações distritais da GNR. Isto porque, como havia uma permuta, o promotor imobiliário com quem ela se fazia, faria o pagamento de parte substancial daquilo que seriam os custos relativos ao novo quartel.
Ora, a verdade é que este ano não temos acesso a esta decomposição em termos de obra para obra (eu, pelo menos, não tenho). Portanto, aquilo que quero saber do Sr. Ministro é se este negócio (e estou a empregar o termo