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A segunda situação é esta: a percepção que havia, até há muito pouco tempo atrás, era de que existia, como de resto convinha, uma coexistência pacífica, digamos assim, um bom ambiente - ainda melhor do que coexistência pacífica - entre a direcção dos bombeiros e o respectivo comando. Sem qualquer explicação razoável, eis que a direcção decide substituir o comando e o estado de espírito das pessoas foi de verdadeira estupefacção, porque não se via razão para aquele comandante ser substituído.
Aí interveio o Sr. Presidente da Câmara Municipal, que, em vez de "apagar o fogo", ajudou a "atear o incêndio". Parece que tem alguma responsabilidade nesta situação, que pode não ser importante para alguns "jogos" mas é muito importante para a população da Amadora.
Sr. Ministro, o que se fala é que algumas dezenas - fala-se em cinco dezenas - de bombeiros, pela via de marcação de férias ou de pedidos de licença, vão deixar o corpo de bombeiros muito desfalcado.
Perante esta situação, a última informação que temos relativamente à actuação do Ministério da Administração Interna é esta: o Ministério usou da maior celeridade quanto à homologação deste novo comandante. Parece - não apenas a mim, mas a alguns, se não à maioria dos amadorenses - que o Ministério, tendo sido célere demais, acabou por cometer uma enorme precipitação.
Se o Sr. Ministro puder dar-me alguma informação sobre este assunto, para sossego e tranquilidade dos amadorenses, eu agradecia-lhe muito.

O Sr. Presidente (Fernando Serrasqueiro): - Tem a palavra o Sr. Deputado Osvaldo Castro.

O Sr. Osvaldo Castro (PS): - Sr. Presidente, muito obrigado pela gentileza que teve de deixar-me passar à frente,…

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - À frente?

O Orador: - … ou atrás, melhor dito, …

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Olhe que não é indiferente uma coisa ou outra!

O Orador: - Você está cheio de piada!
Como eu estava a dizer, eu queria que estivesse presente o Sr. Deputado Guilherme Silva, para que ouvisse uma parte da minha intervenção.
Vou fazer uma intervenção muito curta, só em matéria de especialidade, mas antes tenho de dizer o seguinte: nesta matéria, o principal partido da oposição faz intervenções a latere da especialidade.
De manhã, quando esteve presente o Sr. Ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública, diziam que o dinheiro era pouco, que tinha tudo baixado, etc., agora, no que respeita a este Ministério, a verdade é que o orçamento é de 289,2 milhões de contos, havendo um crescimento de 23,7 milhões de contos em relação ao ano anterior, crescimento que corresponde a 8,9%. Em relação às estimativas de execução do ano 2000, há um crescimento de 11,7 milhões de contos, isto é, de 4,2%, pelo que o PSD tem, então, de falar da taxa da alcoolemia, de uma série de outras coisas, ao ponto de a Sr.ª Presidente da Comissão, que é uma pessoa sensata, ter de dizer: "cuidado, que isso não é assunto de especialidade". De facto, estamos, aqui, a proceder à discussão do orçamento, na especialidade.
Sem prejuízo de reconhecer que o Sr. Ministro e o Sr. Secretário de Estado responderiam ao Sr. Deputado Guilherme Silva com muito mais correcção do que eu, vou apenas dizer o seguinte: o Sr. Deputado Guilherme Silva, de uma forma que, aliás, não é própria dele, disse assim: "Temos de denunciar que este orçamento é uma coisa diferente, este PIDDAC é diferente do dos anos anteriores, porque tem as verbas agregadas e não as tem desenvolvidas, não diz onde é que são os quartéis, quais são os quartéis que vão fazer-se"!

O Sr. Miguel Miranda Relvas (PSD): - É verdade!

O Orador: - É verdade! Você é de Coimbra, deve ter estudado lá, e não sei se teve aulas com o Prof. Teixeira Ribeiro, mas se sim era obrigado a ter o Orçamento do Estado nas mãos e a lê-lo. Em Lisboa, não sei quem é que o Deputado Guilherme Silva teve como professor, pode ter sido era o Prof. Soares Martinez, mas se calhar não liam o Orçamento. Mas as verbas estão todas desagregadas, é preciso é ler!
A título de exemplo, vou falar do meu reduzido distrito, que é o de Leiria, sendo certo que este tem mais população do que um outro local que vou referir depois.
No meu distrito, em PIDDAC, para instalações de forças de segurança - é disso que se fala -, prevê-se o seguinte: secção da PSP em Caldas da Rainha, 200 000 euros;…

O Sr. Miguel Miranda Relvas (PSD): - Onde é que vem isso?

O Orador: - Onde é que vem? Vou dizer-lhe.
Continuando: quartel da GNR em Vieira de Leiria, 250 000 euros; esquadra da PSP em Nazaré, 4000 euros. Por acaso, penso que no meu distrito é tudo.
Mas, Sr. Deputado Guilherme Silva, para evitar que V. Ex.ª não saiba responder caso alguém lhe pergunte, na Madeira, vou dizer-lhe: esquadra da PSP em Câmara de Lobos;…

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Eu não falei da Madeira!

O Orador: - … brigada fiscal do Funchal; comando regional da PSP do Funchal - isto sem falar da instalação do Departamento de Investigação Criminal do Funchal, que talvez seja do orçamento do Ministério da Justiça -; Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do Funchal; esquadra da PSP em Ponta do Sol; esquadra da PSP em Camacha. Sabe onde ficam estes locais?! É que eu, amanhã, vou às jornadas parlamentares do Grupo Parlamentar do PS, na Madeira, e vou dizer isto tudo!
Continuando: brigada fiscal em São Vicente; esquadra da PSP em São Vicente. Sabe que São Vicente é um concelho da Madeira?!
Sr. Ministro, peço desculpa, seguramente que V. Ex.ª iria dizer isto ao Sr. Deputado, mas eu disse-o apenas para termos em conta o seguinte: Sr. Deputado Guilherme Silva,