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64 II SÉRIE-C — OE — NÚMERO 1

no sentido da criação de um programa muito especial para ser dado um impulso decisivo de apoio às empresas, porque são elas que vão exportar.
As exportações serão o impulso mas, simultaneamente, serão impulsionadas pela reafectação do programa PRIME, como já aqui foi referido, tendo o SIME Internacional um aspecto fundamental nesse programa, o qual veremos mais adiante.
Foi desenhado no programa Exportar Mais um conjunto de linhas de orientação estratégica divididas em medidas perfeitamente claras e que procurarei sintetizar.
Uma primeira linha de orientação visa melhorar os níveis de eficácia de apoio às empresas exportadoras por parte da Rede Internacional do ICEP e, quanto a esta matéria, existem sete medidas, das quais saliento as mais importantes.
A primeira é a da transformação das delegações do ICEP. Este Instituto sofreu uma profunda reorganização em que procura ver um ratio claro entre o front office e o back office. Tentamos criar mais pontos de contacto no exterior e libertá-los de tarefas administrativas, vocacionando-os para a sua principal função, que é a do apoio às empresas exportadoras.
A segunda medida é a da criação do portal «Buy Portugal», orientado para a procura externa e com links direccionados para as associações e para os parceiros da oferta portuguesa.
A terceira medida visa dar eficácia ao serviço de detecção de oportunidades. Foi alocado aos delegados do ICEP — já que o ICEP é o instrumento fundamental do programa Exportar Mais — uma nova função, que é a de serem «antenas» no exterior para detectar oportunidades de negócio e de concurso em cada um dos países onde estão e para as transmitirem para as fileiras nacionais.
A quarta medida é a da criação de um programa de apoio a novos exportadores, aproveitando as estruturas do Centro de Negócios Externos como plataforma de apoio às exportações portuguesas — já estão em desenvolvimento alguns projectos logísticos de parceria entre o ICEP e outras associações.
A quinta medida visa a implementação da iniciativa «Buy Portugal» e com a dinamização de eventos em grandes redes de distribuição, na Rússia e no Brasil.
A sexta medida diz respeito ao alargamento do portfólio dos sectores exportadores. Portugal não podia ficar cingido às exportações clássicas do têxtil e do calçado. Conviria promover iniciativas e áreas de valor acrescentado mais importante, designadamente as tecnologias de informação, suportadas por componentes de design, marketing, tecnologia e inovação, e diversificando as nossas fileiras mais importantes.
A sétima medida visa diversificar os mercados de exportação. Portugal tinha, e ainda tem, os mercados tradicionais e conviria estarmos atentos aos mercados emergentes. Já distribuímos uma lista em que os países do petróleo e do gás natural, dos PALOP, a China, a Rússia, o Brasil, a Europa do alargamento, para não falar de Espanha, que já teve um tratamento especial, serão novas oportunidades de negócio e a Rede do ICEP irse-á ajustar a esses novos mercados.
Portanto, iremos muito rapidamente abrir novas delegações do ICEP. Dentro de dias, teremos uma nova representação na Líbia e tentaremos estar atentos aos mercados emergentes.
Uma outra medida no âmbito da nova linha de orientação estratégica diz respeito à concretização da «Marca Portugal» como instrumento de promoção da qualidade, tecnologia e inovação dos produtos e serviços das empresas portuguesas em todos os sectores de actividade. Temos vindo a fazer vários debates sobre a «Marca Portugal», porque entendemos que ela é decisiva para a valorização dos nossos produtos no estrangeiro.
Com a criação de uma unidade gestora dessa marca, aproveitaremos os investimentos que foram feitos para, em coordenação com outros ministérios — pela primeira vez a «Marca Portugal» será uma marca que não será só gerida pelo Ministério da Economia, estando envolvidos não só a economia, através do comércio e do turismo, mas também o desporto, a cultura, o investimento e outras áreas —, que utilizarão a mesma marca, a podermos potenciar.
Outra das medidas é a da criação de mecanismos de apoio concreto e específico às empresas nas suas acções de exportação e internacionalização.
Refiro, em primeiro lugar, o INOVCONTACTO e, tal como o Sr. Ministro referiu, no dia 7 iniciar-se-á um primeiro curso que procurará colocar os primeiros jovens. Quero assinalar que o INOVCONTACTO sofreu significativas alterações, a primeira quanto ao número dos jovens envolvidos (500 em dois anos, sendo muito superior à média existente até agora); a segunda quanto à existência de três fileiras: uma tradicional, a dos têxteis, do calçado e do turismo, que era a que já vinha sendo atingida, uma nova fileira tecnológica, virada para a inovação e para as novas tecnologias e a terceira fileira dirigida a não licenciados. A terceira alteração tem a ver com a consideração das capitais mais dinâmicas e mais inovadoras como local de estágio dos jovens e, portanto, a novidade é vocacionar-nos para capitais bem conhecidas como Xangai, Helsínquia e outras capitais dos Estados Unidos.
Outra das medidas diz respeito à criação de tradings de novos mercados alvo de exportações. O ICEP tem a vindo a criar várias hipóteses — e neste momento já há uma concretizada — de criação de tradings, através da operacionalização de capital de risco, outsourcing, em perfeita articulação com as diferentes associações empresariais.
Promoveremos o desenvolvimento dos serviços de informação sobre mercados e sectores. Foram encomendados estudos de mercado que já estão a ser feitos para as diferentes áreas em que é mais difícil haver