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15 | II Série GOPOE - Número: 008 | 17 de Novembro de 2007

coisa está mal. E sabe o que é que estava mal? Desde logo, a factura dos medicamentos, que era de 2,8% do PIB. Estou certo que o senhor acompanha o Governo na verificação de que havia desperdício nessa matéria.
Já respondemos à sua crítica póstuma de investimento de baixo nível, pelo que não penso gastar mais tempo com essa questão.
Sobre o crescendo de despedimentos e as carências crescentes de que fala, penso que o Sr. Deputado deve confundir alguns decibéis que surgem por baixo da minha janela, na esquina da Av.ª João Crisóstomo com a Av.ª Defensores de Chaves, com a realidade. Portanto, não é pelo facto de haver manifestações deste género que a verdade muda. Do que se trata é da verdade, e o Sr. Deputado sabe isso perfeitamente.
O Sr. Deputado, que conhece tão bem o problema da saúde, ainda colca questões dizendo que o pessoal diminuiu 19%!? Então o Sr. Deputado não sabe que se reduziu o universo dos hospitais SPA e que esses encargos com o pessoal aparecem nos hospitais EPE?! O senhor sabe isso perfeitamente, não precisa de fazer perguntas cuja resposta conhece.
Sr. Deputado, se ler a minha intervenção de há pouco, perceberá que o Serviço Nacional de Saúde não dá uma resposta mais diminuta; o Serviço Nacional de Saúde está a dar uma resposta cada vez maior. E isso é surpreendente para si, porque o senhor estava à espera que os factos fossem diferentes da realidade! O senhor estava à espera que tudo isso corresse mal, e, paradoxalmente para si, essas coisas até correm bem para o cidadão! Mais, os senhores, há dois anos atrás, não acreditavam que os genéricos iriam aumentar a sua quota de mercado»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Era o PSD!

O Sr. Ministro da Saúde: — Não, não, os senhores tambçm» O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Está enganado

O Sr. Ministro da Saúde: — Os dois, os dois» O senhor sabe a quem me refiro.
Claro que a realidade demonstrou absolutamente o contrário e muitas outras realidades que os senhores» No ano passado, até foi zurzido aqui, no Parlamento, que o preço dos medicamentos ia aumentar para os cidadãos! Então os senhores querem prova mais cabal de que, do segundo para o terceiro trimestre, baixou 2,4% o preço unitário dos medicamentos no cabaz do INE?! E que dos 10 medicamentos mais vendidos — posso demonstrar-lho, tenho aqui o nome de todos —, a parte paga pelo utente baixou em relação a nove medicamentos?! E só não baixou em relação a um porque não é comparticipado.
Espero que, pelo menos da sua bancada, não venham mais comentários desse estilo. O Sr. Deputado conhece essas respostas e sabe que não correspondem ao teor do comentário.
No que se refere à lista de espera, a estatística não bate certo com a realidade — com a sua realidade! A verdade é que há aumentos de produção enormes.
Pergunta o Sr. Deputado se o Ministro da Saúde está satisfeito com o número de 382 000 doentes em listas de espera de consultas da especialidade, identificado pela Inspecção-Geral de Saúde e que, provavelmente, não é o número completo. O Ministro da Saúde não está satisfeito, mas tenho uma confiança enorme no sistema. Sabe quanto representam estes 382 000 doentes do total de consultas de um ano? Representam 4,4%.
Será que um sistema que conseguiu aumentar a produção no último ano em 360 000 (de um ano para o outro) tem ou não condições para ampliar a sua resposta? Tem e vai ter! Espero estar aqui dentro de um ano a demonstrar a V. Ex.ª que tenho toda a razão.
Quanto às taxas moderadoras e à redução de 47%, Sr. Deputado, trata-se da mesma questão que se coloca em relação ao pessoal, ou seja, reduziu-se o universo hospitalar e, portanto, naturalmente que»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não, não!

O Sr. Ministro da Saúde: — Sim, Sr. Deputado! Como sabe, a receita das taxas moderadoras dos hospitais EPE não está incluída nas contas das receitas, mas aparece nas contas das EPE. O universo das EPE ampliou-se: há mais 10 EPE este ano!