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43 | II Série GOPOE - Número: 008 | 17 de Novembro de 2007

hospitalares entre 2004 e 2006, aumentámos as primeiras consultas em 8,4%; e iniciámos a implementação de um novo modelo de marcação das primeiras consultas de especialidade hospitalar.
Devo recordar ao Sr. Deputado que o SIGIC, que abrange apenas cerca de uma centena de unidades do Serviço Nacional de Saúde, levou mais de dois anos a implementar e nós iniciámos a implementação de um sistema para a inscrição para as primeiras consultas, que abrange cerca de 2000 instituições do Serviço Nacional de Saúde — hospitais, centros de saúde e extensões de centros de saúde. Portanto, abraçámos essa tarefa ciclópica, que não nos amedronta.
A marcação vai ser feita por via electrónica, portanto desaparecem os caixotes com os pedidos de marcação de consultas nos centros de saúde, que não são enviados para os hospitais, e desaparecem progressivamente, pois, como disse, isto é uma tarefa de grande envergadura, o sistema de quotas. A marcação de consultas vai se feita por prioridade clínica e não por ordem de chegada do pedido de consulta ao hospital e vamos ter um sistema central, uma base de dados central, através da qual nos é possível conhecer a lista de inscritos por instituição hospitalar, por especialidade e os respectivos tempos de espera.
Como deve calcular, Sr. Deputado Carlos Andrade Miranda, para montar esta operação, para além de um enorme esforço organizacional, é necessário um esforço tecnológico, como o Sr. Ministro já referiu. Temos de olhar para o equipamento informático destas 2000 instituições do serviço nacional de saúde, sendo que algumas delas não estão ainda equipadas informaticamente; e temos de olhar para a nossa Rede Informática da Saúde (RIS), que, não sei se têm conhecimento, é a maior rede privada de comunicações, atingindo mais de 2000 pontos de rede.
E, portanto, esta operação, que visa termos um sistema equiparado ao Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) para as primeiras consultas abrangerá não os 100 hospitais mas, sim, 2000 instituições. Mas vamos tê-lo.
Gostaria, assim, de sublinhar que fizemos muita coisa.

A Sr.ª Presidente (Teresa Venda): — Ficou acordado que haveria só duas rondas. Vou dar a palavra ao Sr. Deputado Bernardino Soares, que passa a abrir a terceira ronda»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, não vou fazer qualquer pergunta»

O Sr. João Semedo (BE): — Peço desculpa por interromper, Sr.ª Presidente, mas depois gostaria de fazer um protesto.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, no meu caso pedi a palavra simplesmente porque penso que é de inteira justiça fazer uma saudação e um agradecimento ao trabalho das nossas intérpretes de língua gestual, que é muito complexo. E hoje isso foi bem visível, por exemplo, na tradução dos «princípios activos» que o Sr. Ministro aqui nos referiu...

Risos.

Penso que num debate complexo e com especificidades técnicas, como é o do Orçamento do Estado nas suas várias áreas, este trabalho é de redobrada dificuldade. Penso que esta palavra é inteiramente justa no momento em que estamos a aproximar-nos do final da discussão na especialidade, pois este trabalho permite que um conjunto de dezenas de milhares de cidadãos surdos possam acompanhar um importante aspecto da vida política do País, como o é a discussão do Orçamento do Estado.

A Sr.ª Presidente (Teresa Venda): — Sr. Deputado Bernardino Soares, acho que todos nós lhe agradecemos por se ter lembrado de fazer este elogio a estas nossas colaboradoras, que, de facto, têm feito um trabalho muito útil para que qualquer cidadão seja considerado como igual na nossa sociedade.
Tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, de forma muito rápida, quero dizer que tenho de reagir vigorosamente e de repudiar a acusação que o Sr. Ministro fez de eu estar a enlamear o nome fosse de quem fosse e de, ainda por cima, ser repetente, reincidente nessa matéria.