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7 | II Série GOPOE - Número: 001 | 23 de Outubro de 2008

Entretanto, o Sr. Ministro já veio protestar – e hoje voltou a fazer algumas alusões, embora de forma indirecta – contra as medidas do PSD.
Ó Sr. Ministro, como compreendemos tão bem o seu desconforto! O senhor, de facto, transmitiu um enorme desconforto.
Mas também aqui convidamo-lo a vislumbrar o mérito das mesmas e a não se enredar na teia de «aquilo que é da oposição é mau«»! Sr. Ministro, nem sempre ç assim; na maior parte das vezes, ç precisamente o contrário, é mesmo tudo bom.

Protestos do PS.

E, a respeito da sua reacção a estas medidas, Sr. Ministro, permita-me dizer-lhe, olhos nos olhos, que, em nossa opinião, as suas reacções partiram de um juízo precipitado e foram pouco racionais.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — As vossas propostas, e isso é que é mau!

O Sr. José Manuel Ribeiro (PSD): — Sr. Ministro, com as suas reacções e com aquilo que referiu relativamente às propostas do PSD, o que o senhor veio transmitir, no essencial, foi que o défice estava a ser conseguido à custa das famílias e das PME portuguesas. São estas, Sr. Ministro, que, pegando nas suas palavras, acabam por financiar a «gordura» do Estado, que este próprio Governo promove.
Por outro lado, ignorar as virtudes e as repercussões destas medidas, nomeadamente o fôlego que as mesmas vêm proporcionar à economia e às famílias portuguesas, é incompreensível.
Sr. Ministro, esquecer que a economia é dinâmica e não estática, como quer dar ou deu a entender, e que reage aos bons estímulos que lhe dão, também não fica bem a quem ocupa o cargo de V. Ex.ª.
Sr. Ministro, para terminar (julgo estar no limite do tempo), o PSD vem aqui reiterar a sua intenção de, na generalidade – como sabe, na generalidade, o PSD não tem em discussão, como alternativa, as suas propostas, o que só acontecerá em sede de especialidade, pelo que estamos simplesmente a votar o Orçamento do Estado tal qual ele está –, votar contra este Orçamento do Estado,»

Protestos do PS.

» por entendermos que ele ç a demonstração de um modelo de desenvolvimento esgotado e de uma política económica fracassada.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Manuel Ribeiro, ouvi-o atentamente e gostaria de chamar a sua atenção para a necessidade de talvez rever as suas fontes, porque não me recordo que a máxima que aí referiu seja uma máxima da economia – pode ser de outras coisas, da ciência política ou da comunicação, mas não é da economia; e pode é querer aplicá-la à economia, mas não me parece que as suas fontes de informação estejam correctas, mas isto é irrelevante e é tão-só um pequeno reparo.
O Sr. Deputado, conforme eu esperava, começa por criticar a proposta do Governo no seu cenário macroeconómico, acusando-a de falta de rigor e de, no fundo, querer gerar falsas expectativas.
Sr. Deputado, chamo a atenção para o facto de assentarmos a elaboração do nosso cenário macroeconómico na base de pressupostos definidos de acordo com os procedimentos a nível comunitário. Portanto, não somos nós que os inventamos, utilizamos aqui a metodologia e os pressupostos que são utilizados e aceites comummente a nível comunitário.
Nas nossas projecções do crescimento mundial e, em particular, das economias que são relevantes para a economia portuguesa, porque isso é importante para podermos estimar a evolução das exportações, tivemos em linha de conta as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), quanto ao crescimento das economias — não ignorámos isso.
Ora, o Sr. Deputado, no fundo, quer insinuar que a nossa previsão de crescimento é optimista. Porém, também noto que a vossa líder é igualmente optimista, porque prevê (não sei como, nem com que fundamentos,