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43 | II Série GOPOE - Número: 004 | 18 de Fevereiro de 2010

Portanto, aqui está a forma de conciliar o investimento, que é também um investimento de proximidade, com preocupações de natureza estratégica.
O projecto de alta velocidade também é um investimento de proximidade, na medida em que gera emprego imediato e directo, gera emprego para muitas pequenas e médias empresas, e também para grandes empresas, que estão associadas ao projecto e que dinamizam a actividade económica, imediatamente.
O aeroporto é também um investimento de proximidade — não tenhamos ilusões a esse respeito! — , pelo impacto imediato que gera em termos de emprego, pelas actividades económicas que gera a montante e também, seguramente, já a jusante.
Portanto, não é possível alguém opor-se a estes investimentos, em termos de investimentos de proximidade, com o argumento de serem investimentos de carácter megalómano, como, muitas vezes, se procura fazer crer.
Quero falar ainda na aposta importantíssima, feita por este Governo, e em que este Ministério também deu um contributo essencial, que tem a ver com o projecto de requalificação de escolas. Tive oportunidade de, ainda recentemente, participar na inauguração da requalificação de escolas, que também é um projecto absolutamente importante em termos de proximidade, em termos do emprego que gera, imediatamente. E reparem: este é um investimento de proximidade que tem repercussões estratégicas fundamentais em termos da criação de condições para que, no fundo, a nossa juventude possa ser formada em melhores condições e para que o País seja valorizado por essa via.
Aliás, há aqui uma coisa notável, que tem a ver já com as Redes de nova geração e em que, aliás, o Sr.
Primeiro-Ministro já falou e eu acho importante, até por ser uma surpresa para nós: uma escola da zona de Lamego, na Várzea de Abrunhais, foi considerada pela Microsoft como a escola mais desenvolvida, tecnologicamente, em resultado do esforço e do investimento feitos pelo Governo nessa matéria, designadamente permitindo o acesso a Redes de nova geração e, simultaneamente, a computadores e a novas tecnologias que permitiram que a professora e os estudantes dessa escola pudessem estar em contacto com os estudantes da Austrália e de outros países e que fossem, precisamente, reconhecidos por isso.
Ora, bem, há dois ou três anos, era impensável que isto acontecesse no País; isto é um sinal dos tempos, é um sinal de que o esforço que está a ser feito, em matéria de investimento, já está a ter resultados, já está a ter efeitos extremamente significativos para o País, designadamente para o seu reconhecimento internacional.
Estes são aspectos que eu queria salientar, para dizer que, de facto, não há contradição! Nós estamos a promover investimento de proximidade, mas temos a preocupação de que esse investimento de proximidade já esteja incluído em planos e programas de natureza mais estratégica, como são o novo aeroporto, a alta velocidade ou as rodovias. Mas, reparem, esses novos projectos estão articulados também com aquilo que eu defini e enquadrei dentro da questão da racionalidade dos investimentos — os investimentos na ferrovia convencional, os investimentos nos portos, os investimentos na maximização dos efeitos» — enfim, com tudo aquilo que está ser feito, em matéria de aproveitamento daquilo que já existe ao nível popular, etc. Tudo isso se joga e se casa, precisamente, com estas preocupações de natureza estratégica mais geral.
Chamei a atenção aqui — e gostaria de reforçar esse aspecto — para que, brevemente, vai ser apresentado o Plano Estratégico de Transportes, que, aliás, já vinha de trás, mas que este Governo retomou, naturalmente, procurando ajustá-lo e introduzindo-lhe aquilo que considerou conveniente e adaptado às circunstâncias actuais.
Mas tudo aquilo que aqui foi feito relativamente a prioridades, a investimentos, no que quer que seja, vai ser reequacionado e redefinido em termos das suas prioridades em função do que está definido no Plano Estratégico de Transportes. Julgo que isso é fundamental.
De facto, a situação de crise exige que haja uma maior selectividade, uma maior atenção na análise custo/benefício dos diferentes projectos, com o objectivo de redefinir prioridades. Queria chamar a atenção dos Srs. Deputados de que o que está em causa não é pôr absolutamente nada para trás do que já foi definido e do que são os objectivos; o que está em causa, na conjuntura actual, é a redefinição de prioridades, é definir claramente o que é prioritário.
Aliás, foram colocadas algumas questões relativamente a determinados troços de rodovia, aqui ou acolá. É evidente que tudo isso vai ser reanalisado, reapreciado em função do impacto que possa ter em termos económicos. Chamei a atenção para o seguinte aspecto: para além da preocupação de coesão e de equidade territorial e económica, o Ministério tem também uma preocupação ao nível da competitividade. Se houver