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44 | II Série GOPOE - Número: 004 | 18 de Fevereiro de 2010

determinados troços que sejam fundamentais para dar resposta a problemas, a constrangimentos locais, designadamente de empresas, de acesso a mercados e de acesso a rodovias principais, etc., logicamente temos de encontrar formas de responder a essas necessidades. Isto para dar resposta a problemas particulares de uma ou de outra situação que possa ter tido lugar.
O Sr. Deputado do PCP Bruno Dias falou da questão das parcerias público-privadas e quero dizer-lhe que, naturalmente, pode haver aqui visões extremas: podemos chegar a uma visão que considere que não deve haver iniciativa privada, que a iniciativa deve ser só pública ou, então, a outra visão que considere que a iniciativa privada deve ter um lugar e deve ser dinamizada, e que o Estado deve definir o seu próprio perímetro de intervenção, mas que não é um perímetro de intervenção que «abafe» ou tire iniciativa aos privados.
Relativamente ao sucesso do que já foi feito em termos de parceria público-privada, e aqui o Sr. Deputado avançou com uma história» É evidente que os conceitos de beleza são diferentes de pessoa para pessoa»! Naturalmente, também temos de ter presente as posições ideológicas de cada um relativamente a determinadas matérias, mas gostaria de dizer ao Sr. Deputado que também alguém dizia que «a prova do bolo é comê-lo» e, portanto, a parceria público-privada relativamente à Ponte Vasco da Gama está lá: as pessoas utilizam-na, é uma estrutura que serve as populações, que serve os interesses económicos! Portanto, desse ponto de vista, a resposta que pode ser dada à questão que o Sr. Deputado colocou é, precisamente, a de constatar que a travessia está lá, tem utilidade e pode desenvolver-se.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Podiam estar três!

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Relativamente às questões da logística, julgo que essa é uma matéria importante, porque se articula com tudo aquilo que estamos a dizer, com as nossas preocupações de competitividade e de atractividade.
Enfim, os primeiros impactos previstos relativamente ao emprego — e esta matéria ainda requer uma maior atenção — são extremamente significativos, da ordem da criação de cerca de 38 000 a 39 000 postos de trabalho, 25 000 directos e cerca de 12 000 ou 13 000 indirectos.
De qualquer forma, o Governo e este Ministério vão apostar também no desenvolvimento da rede logística, daí todos os projectos que estão previstos relativamente a essa matéria. Mas há também aqui um esforço que tem de ser feito da parte da iniciativa privada. Portanto, os agentes económicos têm de responder a essas solicitações e tem de haver aqui um esforço — que, aliás, estamos a desenvolver — no sentido de mobilizar os agentes económicos privados para que aproveitem e valorizem os projectos que existem para o desenvolvimento do Portugal Logístico.
Este raciocínio é, aliás, uma preocupação deste Ministério que também queria salientar, porque quando dizemos que damos grande importância à infra-estruturação económica do País, queremos significar que as infra-estruturas são uma condição necessária para o desenvolvimento económico, mas não são uma condição suficiente, como é óbvio! Portanto, as infra-estruturas, só por si, de nada valem se não houver uma resposta da sociedade, se não houver uma resposta da economia, se não houver uma resposta dos agentes económicos para que, precisamente, essas infra-estruturas possam ser potenciadas e aproveitadas no que têm de positivo.
Também queria dizer que neste Ministério há uma linha de orientação no sentido da mobilização dos agentes económicos para, por antecipação, começarem a preparar o aproveitamento daquelas infra-estruturas que estão a ser ligadas. Aliás, isso é que justifica vários estudos, vários trabalhos que têm sido feitos no sentido de avaliar os impactos económicos dessas infra-estruturas a vários níveis, não apenas a nível macroeconómico como a nível regional e sectorial.
Esta matéria articula-se também com a resposta à questão que tinha sido colocada pela Sr.ª Deputada Carina Oliveira relativamente à importância dos estudos. Não podemos acusar que se lançam coisas sem que sejam feitos previamente estudos e, depois, acusar que estão a ser feitos estudos a mais. Portanto, temos de encontrar aí algum equilíbrio.
Essa preocupação existe e, da minha parte, seguramente — esse é um balanço que terá de ser feito no final — , haverá toda a atenção em relação a tudo o que for feito nessa matéria em termos de estudos e de análises que devem ser feitos e preparados. Aliás, tive oportunidade de dizer que, na lógica da racionalidade que pretendemos privilegiar, cabe perfeitamente a análise da viabilidade, da análise custo/benefício de todos