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46 | II Série GOPOE - Número: 009 | 25 de Fevereiro de 2010

mais dura os efeitos da crise internacional, e também porque houve relações cambiais que nos foram desfavoráveis e, portanto, é necessário um investimento mais forte na promoção da nossa oferta turística.
Em cada uma destas áreas existem instrumentos financeiros de apoio à modernização das empresas, com uma atenção particular ao capital de risco e ao investimento imobiliário. Vai ser desenvolvido um novo programa de intervenção no sector do turismo, também com uma dotação orçamental própria, de apoio a iniciativas das várias regiões e, como já disse, o apoio ao investimento para qualificação da oferta tem uma dotação financeira de 150 milhões de euros, que é absolutamente crucial que seja desenvolvido.
Gostava de referir, passando por cima de alguns aspectos com menos importância, já que me estou a aproximar do fim da minha intervenção, não apenas a decisão do Governo de reforço dos montantes financeiros envolvidos na promoção turística mas também da prioridade política dada a esta promoção — e já falei dela — , promovendo, nomeadamente, mais intensamente as parcerias público-privadas nesta área, reforçando, por exemplo, a campanha «Descubra um Portugal Maior», e lançando novas áreas de investimento, como, por exemplo, em torno da captação de congressos ou da valorização do património gastronómico como factor de atracção turística, área que está a ser seguida em todo o mundo.
E, como é óbvio, não posso deixar de fazer aqui uma referência à atenção que será dada nestes programas à situação particular que existe hoje na relação entre a oferta e a procura de turismo na Região Autónoma da Madeira, que irá merecer uma particular atenção, por forma a minimizar os riscos que sobre a actividade turística da Madeira foram gerados pelos acontecimentos trágicos que todos conhecemos. Esse apoio será utilizado — aliás, cheguei hoje de manhã da Madeira — no apoio às pequenas e médias empresas.
Ainda que o turismo não tenha sido atingido, de forma significativa, nas suas infra-estruturas pelos temporais do passado sábado, obviamente que há aqui factores que vieram prejudicar a actividade turística e, por isso, o Governo da Região Autónoma e o Governo da República já estão a trabalhar em conjunto no sentido de minimizar os efeitos nos mercados de origem para esta região autónoma, tendo em atenção a importância estratégica do sector turístico para a sua economia.

O Sr. Presidente: — Falta 1 minuto, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento: — Vou utilizar este último minuto para falar de uma outra dimensão fundamental da actividade do ministério, que é a área da energia, em que as prioridades são, basicamente, duas, para além da garantia da eficiência do sistema energético: uma tem a ver com o reforço das energias renováveis e com a co-geração em 2010, com um investimento que se prevê que atinja 3000 milhões de euros, e outra com a dimensão da eficiência energética.
Na eficiência energética — e, peço desculpa, roubo-vos mais 20 segundos — destacaria alguns programas que, pelo seu carácter inovador, são extremamente importantes, como o programa da mobilidade eléctrica, com o veículo eléctrico, que está em pleno desenvolvimento, e os programas de aproveitamento da energia solar, nomeadamente na área do solar térmico. Estas serão, obviamente, apostas fundamentais da actividade do Governo no domínio do sector da energia.
Sr. Presidente, muito obrigado pela sua tolerância. Ultrapassei em quase um minuto o tempo que me estava atribuído, mas espero que nas respostas possa compensar com eficiência e eficácia este «despesismo» de tempo.

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Ministro.
Com certeza que haverá ocasião para, nas respostas, voltar a vários desses temas.
Vamos começar a primeira ronda de perguntas.
Seguindo a regra da rotatividade, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Reis.

O Sr. Nuno Reis (PSD): — Sr. Presidente, antes de mais, quero começar por cumprimentar V. Ex.ª, bem como o Sr. Presidente da Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia, o Sr. Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento e os Srs. Secretários de Estado.
Estamos aqui para falar essencialmente do Orçamento do Estado, e, sobre essa matéria, o PSD começaria por recuperar uma recomendação da OCDE de Junho de 2008, portanto ainda antes da crise, que aconselhava Portugal a ponderar a criação de um comité de especialistas em previsão e macroeconomia para