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sentou ate de grande'uniforme , para se rodear de maior apparalo, porque elle era um dos Candidatos: estava também o Administrador do Concelho da Maia, que era outro Candidato; e nem uma única providencia deram ! Nem ao menos alguma daquellas que o decoro requeria !.... Dir-se-hia, que estas Auctoridades alli concorreram para darem pela sua presença toda a authenticidade aos espancamentos, e ate mesmo um certo caracter offícial! Aonde se (em visto procedimento igual a este ?! !

Pois assim se fueram as eleições no Concelho da Maia; e argumenta-se por fim que estes factos nada influem fio resultado da eleição! E a eleição do Concelho da Maia e urna das que se offerecem e Tecommendarn para norma das mais!!!

Falia rei agora dos acontecimentos do Porto. Já hontem se notou, que a Policia Preventiva, tão enérgica, tão forte, e tão apparatosa , durante as eleições, desamparara o Porto, em quanto í\lli se procedia a ellas. Isto e uma verdade, Sr. Presidente, porque nas vésperas da eleição diminuiram-ae muito as patrulhas da Guarda Municipal , que ate' alli faziam a policia do Porto. Pontos que até então eram rondados por cinco patrulhas, durante as eleições, ou foram de todo abandonados, ou ficaram reduzidos ao serviço de três patrulhas. Isto e' um facto : os mesmos Srs. Deputados, que lá estavam, e agora aqui se acham, não o poderão negar. Seria porque o cuidado de velar pela segurança da Cidade foi nessa e'pocacommettido amais zeloza Policia Preventiva, á policia .assalariada dos cacetes ?

O que e' certo e', que em a noite do dia 4, quari-•do o Capitão Veiga se recolhia .... (O Sr. A. Al-bano: — Eu desejava muito rectificar urn facto, e e' o da Maia; o Sr. Deputado está enganado, e se me dá licença eu o rectifico agora.) O Orador: — Com muito gosto.

O Sr. *4. Albano: — E* necessário rectificar o que acabou de dizer o Sr. Deputado; eu posso nes-lê ponto dar esclarecimentos exactos, e positivos, porque foi presente a esse acto pessoa que me é muito próxima, porque e cneu filho; e um magistrado. (O Sr. Silva Sanches :—Tenho logo que fallar a respeito desse indivíduo de quê falia o Sr. Deputado, mas desde já lhe digo que e em seu abono.) O Orador:—Sei muito bem, nem eu podia dizer o contrario, porque o nobre Deputado presa-se defal-lar a verdade. Este facto foi já explicado pelo nobre Deputado que começou a discussão. Eu lamento que tivesse acontecido, mas foi a provocação feita pelo cidadão, que sinto dize-lo, foi victima deste acontecimento. Sim, Sr. Presidente, este cidadão é que provocou todo o procedimento que contra elle houve, não só foi promovido por seus precedentes, e nada admira que sé viesse a vias de facto; o Sr. Deputado sabe muito bem, que em circumstan-cia> taes o caso está em se d.ir o primeiro bofetão; o que s,e segue e' d« consequncia necessária ; o caso está no principio da desordem. Effectivamente a desordem foi causada por elle, e esse homem não pôde dizer, que foi porque alguém o provocasse a praticar laes actos, foi o contrario, elle é que provocou, nem o Ioga r onde se praticaram esjses acto*, foi no Adro de Agoas Santas, foi em uma ceara de írigo, e a propósito acudiu um Magistrado que

é meu filho, e o salvou da morte; porque o nobre Deputado sabe muito bem , que quando as cousas chegam a este ponto, não se saiie do perigo; mas quem o salvou, foi'um indivíduo, que se presa de ter alguma influencia nesse povo, porque em al»no da verdade devo dizer que ern Agoas Santas toda â população nos considera, e e nossa amigi; elle teve a fortuna de o livrar, e da o mandar em uma paviola, porque alli não havia carroagem, nprnseje, nem outros veiiiciilos, etn que podesse .ier transpor* lado; foi elle quem o salvou, foi elle que o fez conduzir , e logo appareceu gente, e lhe fez administrar os precisos soccorros em casa de urn cidadão. Depois de acabada a desordem, que admira, que o processo eleitoral continuasse tranquillamenie l

Eis-aqui como foi o caso, lamento que esíe cidadão fosse rnaltractado, mas elle foi o airjlor desse acontecimento; desgraçadamente não tem sido essa vez só, já o fez ouira vez, mas desta foi infeliz; por consequência , o principio do facto o cosno disse o Sr. Deputado, em quanto ao mais foi como eu acabo de contar.

O Sr. Silva Sanches:—(Continuando). Confesso que sinto muito, que o nobre Deputado nào pronunciasse o nome do seu filho, que obstou á morte do cidadão espancado, porque eu tenho muito mai^r satisfação em commemorar acções boas, du que factos maus; e desejava nomear pelo seu nome o cidadão virtuoso, que l«ve força para obstar á morte de outro. Muita honra lhe cabe por isso , e eu pela minha parte muitos louvores lhe dou.

Mas agora, Sr, Presidente, reforçaram se ainda mais as minhas razões de censura contra uma Au-ctoridade Administrativa superior, qual e a d<_ de='de' tomaram='tomaram' generoso='generoso' governo='governo' presenciando='presenciando' fora='fora' do='do' mais='mais' incumbia='incumbia' um='um' própria='própria' presidente='presidente' obstar='obstar' au-ctoridade='au-ctoridade' oppôr-se='oppôr-se' auctoridu-des='auctoridu-des' assassinato='assassinato' sr.='sr.' desordem='desordem' concelho='concelho' as='as' perpetrar='perpetrar' auctoridades='auctoridades' cias='cias' talavam='talavam' que='que' foi='foi' impunemente='impunemente' secretario='secretario' uma='uma' providen='providen' autiotidade.='autiotidade.' deixavam='deixavam' essa='essa' nenhumas.='nenhumas.' providenciar='providenciar' civil='civil' não='não' contra='contra' _='_' viesse='viesse' a='a' preciso='preciso' e='e' ou='ou' cidadão='cidadão' p='p' honrado='honrado' fad.iiiuis-trativas='fad.iiiuis-trativas' quem='quem' rua.s='rua.s'>

A foiça igualmente serviu só para mal-, e .-'ao para bem.

Está pois confirmado o facto, que o nobre Deputado queria rectificar: está confirmado ate' á cir-cumstancia do cidadão espancado ser conduzido n'tima padiola. Depois disso quero admiltir, Sr. Presidente, o que disse o Sr. Deputado que eu respeito muito, opor quem tenho toda a consideração ; quero admitiir, mas somente por hypothesc , que o cidadão espancado provocasse a desordem. Ma» não estava lá urn destacamento ? R porque não manteve el!e a ordem ? Não era melhor prender esse cidadão antes de espancado, do que espancal-o para o prender depois l