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22 Diário da Câmara dos Deputados

entrada para o Ministério, os quais na ocasião em que se fecharam foram muito bem efectuados, mas na altura do seu, cumprimento trazem prejuízo para o país.

Posso garantir que,. segundo informação do magistrado quê está fazendo um inquérito ao Ministério e que 6, ao mesmo tempo, o consultor, há contratos na importância total de cêrca de seis mil contos que precisam ser inutilizados.

Oferecem-me todos os géneros e a todos os preços e a nenhum dos proponentes eu deixo de dizer que traga os seus géneros para os vender na praça (Apoiados) a preços não excedendo os do uma tabela máxima.

Tendo falado em tabela, permita-me V. Exa. que eu diga ter o critério de que a tabela máxima deve ser um pouco mais elevada do que a actual, porque assim em maior quantidade afluirão os géneros e, dêsse modo, mais intensa será a concorrência, do que só resultará o barateamento que tanto desejamos.

Como já disse ao Sr. Cunha Liai e outros Srs. Deputados, Lisboa tem os meios precisos para melhorar o fabrico do pão, adoptando os dois tipos.

Sendo Lisboa a única cidade do país onde não existem ainda dois tipos de pão, não faz sentido que se não ponha em execução essa medida, tanto mais quanto é certo que na capital há mais condições para assim suceder. Os abusos que citou ô Sr. Cunha Lial não representam obstáculos a que se adoptem êsses dois tipos de pão, visto que uma fiscalização rigorosa pode coibi-los. Um abuso não pode influir para que se siga uma regra geral.

Portanto, não se deve deixar de tomar esta resolução, que me parece conveniente e vantajosa.

Hoje melhoraram muito as condições de transporte, - e estou convicto do que, dentro em pouco tempo, a situação, no que respeita a transportes se normalizará. Nossa altura poderão desaparecer todas as restrições ao comércio, voltando a liberdade completa. Se, actualmente, já se acentua a melhoria, em relação aos transportes, devemos acabar com algumas restrições no comércio, emquanto se não puder estabelecer a liberdade completa.

Eu tenho a mais alta consideração pelo Parlamento e nada quis fazer sem trazer aqui as bases gerais.

Peço a V. Exas. uma pequenina autorização, esperando que todos me auxiliem com o seu valor e com a sua lialdade.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Amâncio de Alpoim: - Sr. Presidente: vejo que o público se desinteressa das questões económicas e financeiras que aqui se tratem, e se retira das galerias logo que as questões políticas cedem lugar aos assuntos económicos e financeiros de incontestável interêsse nacional.

Vieram para cá as galerias ouvir-nos com interêsse a todos, emquanto debatíamos pequenos assuntos partidários, mas depois vão lá para fora satisfeitas com o espectáculo e em paga... dizem mal de nós.

Eu por mim lamento que as minhas palavras sejam ouvidas por tam pouco público.

Lamento que tam pouca gente assista a esta discussão económica que pela primeira vez se discuta neste Parlamento. Esta revivescência da nossa actividade causa-me alegria, um alegrão; permitam-me a vulgaridade do termo.

Há muito tempo que nós reclamamos providencias similhantes às que agora só apresentam e reclamamos em geral no nome dos interêsses nacionais e das algibeiras martirizadas dos consumidores.

O Ministério das Subsistências tem de acabar, toda a gente o diz em grito. Até agora aqui do lado me dizem que nunca devia ter existido. Há muita gente que nunca deixou de o dizer.

O digno Ministro diz-nos que pensando tambêm assim não pode liquidar o Ministério dum momento para o outro.

Não se pode, depois de exercida uma rigorosa e regulamentadíssima fiscalização; deixar já completamente livre o comércio. Poderia seguir-se uma crise, cujos resultados gravíssimos fàcilmente se antevêem. A meu ver assim deve ser.

Não estamos ainda completamente livres das dificuldades de transportes que só a pouco e pouco aumentam e baixam de preço. A crise de produção ainda existe; os mercados permanecem incertos, com profundas oscilações.

Todos êstes factores anormais duma crise industrial e comercial ainda existem em grande parte e só pouco a pouco hão-de desaparecer; mas, entretanto, é ne-