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desgraçado a que a política nos conduzia, e inielizmente por vezes a própria política republicana, ôles ficavam absolutamente surdos. í)eu-se mais uma vez em Portugal o facto de se fazer boa esta afirmação: de que muitos pessoas entendiam que não se deviam preocupar com o estado das finanças portuguesas. Seria preferível imitar o macaco que põe as mitos na Ccibeça e se deixa afogar.

Há outros que procedem diferentemente. Mas quando se lhes diz que iiíío é possível continuar neste desregramento de costumes, respondem-nos sempre que é verdade, mas que arranjemos um § úuico a fim de servir mais um amigalhaço.

Isto é indecoroso a dentro dum regime que se quere apresentar a todos os portugueses e até ao estrangeiro com a consciência dos seus deveres cumpridos, nesta hora atribulada para todos nós.

Disse o Sr. Afonso de Melo que nós não estamos numa- situação desesperada, mas ou entendo que é chegado o momento dos íiom^ns ^Úb^icO*4 afirTQíirAm finfi sft

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a situação não é efectivamente, desesperada, caminha, contudo, para isso.

Deixenio-nos de funambulismos políticos.

Cumpra cada um o seu dever e nesta hora cada um cumprir o seu dever já é muito. (Apoiados).

Felizmente que o meu querido amigo e ilustre Ministro das Finanças, Sr. António Fonseca, a quem eu aaúdo neste mo-• mento por ver que ele está compenetrado das suas responsabilidades e cheio de energia, (Apoiados) apresentará aqui algumas medidas financeiras dignas de exame e análise.

Ainda S. Ex.a não estava definitivamente Ministro já eu havia tomado com ele o compromisso de que me havia de ter sempre a seu lado, quando o quisessem atacar por ser bom administrador.

Isso farei em todos os momentos.

Visto que o Governo se dispôs a fazer aquela obra de que o pais carece, devo-mos constituir-nos em baluarte da sua de- i feza.

Realmente depois da revolta de Monsanto a nossa administração foi absolutamente vergonhosa, sem ofensa aos homens públicos que se sentaram nas cadeiras do poder e os homens públicos da categoria que eu possuo não podem dar apoios absolutamente incondicionais.

Diário da Câmara dos Deputados

Todos temos responsabilidades e temos obrigação de prestarmos o nosso apoio segundo os actos que os Ministros praticam. (Apoiados).

, É esse mesmo o único incentivo que possuem os que são cumpridores dos seus deveres.

Quando fui chamado ao Governo conhecia as circunstâncias em que estávamos c não entraria 110 Ministério, apenas pelo prazer ou vaidade de ser Ministro.

Tenho esperança de que alguma cousa de útil se poderá 'agora fazer, mas pena foi que não se tivesse feito mais cedo.

Nós não somos muito fortes em matéria do iniciativa e tanto assim que já Gani-beta, em 1881, se não estou em erro, apresentou uma lei idêntica à da nossa lei-travão.

Eu fui um dos Ministros que puseram a sua assinatura nesse documento.

Esse ilustre estadista pela sua coragem, pelo seu desinteresse e pela s>ua competência especial conseguiu impor-se.

Os sue foram de 1913 -icfiitarí>.Tn p.omo

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boas essa medida. '

Os meus antecessores n^o tiveram a coragem de aplicar a'lei e disseram que não passava duma subtileza de estadista.

O estadista defendeu a lei dizendo que desde que ela tinha sido enviada, par» a, comissão, se entendia que estava já em uiseussuO.

Estes Ministros estão acima de todas as suspeitas e não ó segredo para ninguém que um Ministro quando pode a outro para lhe assinar as propostas, logo diz: se não assinas, também não assino as tuas medidas.

Eu tremo quando oiço falar em Governo de concentração.

O Sr. Júlio Martins'.—Então deve estar A ttender...

O Orador:—Eu digo sômpi'e á verdade, doa a quem doer,

Eu n Só quero ser cúmplice consciente.

É prfirtiso uma nova lei* de contabilidade publica, de forma a acabar com á elasticidade dos créditos? a que recorrem sempre os estadistas de via reduzida.