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de 9 de Fevereiro de 1920

dade grande em encontrar suficiontere-munoração pura qualquer operação, mesmo quo não seja avultada. Os bancos têm as suas caixas a abarrotar de notas, dinheiro que não rende, mas que desejaria encontrar uma colocação segura, embora não fosse grandemente remuneradora.

Estou convencido de quo nem o Governo quo está, nem qualquer outro que se forme nas condições em quê ôste se formou, para viver na atmosfera em que este vive, nenhum é capaz de lançar um empréstimo que seja um instrumento eficaz para realizar as obras de fomento que é indispensável realizar, ou para benefícios imediatos, na medida em que puder ser, ou para benefícios num futuro que não seja muito distante. • Um empréstimo inferior a 125:000 contos de pouco aproveitará o GovGrno que o fizesse, mas Gsse mesmo não acredito que o possa fazer, porque ainda não deu bastantes provas do seu tacto administrativo, ainda não mostrou, nem podia mostrar que constitui uma força estável de Governo ; não demonstrou ainda, nem podia demonstrar, que tem .por si uma opinião parlamentar capaz de lhe servir de apoio ou de escudo e dado o descrédito acumulado desde tantos anos, da administração pública em Portugal, independentemente de homens e de regimes, eu não acredito que esses capitais, à míngua de colocação, vão facilmente para o Governo.

Ao mesmo tempo eu estou convencido, contrariamente à opinião de muitas pessoas que tSni a autoridade que eu não tenho, que o empréstimo interno feito pelo menos nas proporções que disse, daria a indispensável condição para se realizar o empréstimo externo, dando nós aos credores a segurança quo sabemos trabalhar, que sabemos produzir.

Sr. Presidente: estas considerações quo tenho feito," ao longo do trGs bocados de sessão, não dovom sor interpretados como um ataque sistemático à proposta do Sr. Ministro das Finanças, mas apenas (iomodosojo do faxer com quo a obra do Govôrno soja uma obra profúma.

AR dificuldades sito deiníisiadíimente grandes e a situação 6 demasiadamente gravo para que nos entrotonhamos com assuntos do mora política partidária. Não é esto o momento,

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Eu prevejo, Sr. Presidente, e para isso não é necessário tor vista de lincu, que as dificuldades que hoje são alguma cousa, de insignificante oin relação às dificuldades de amanha, tantas o tais de uma gravidado tamanha que eu não sei se a conjugação do todos os esforços inteligentes e de todas as vontades patrióticas terão ainda o condão de conjurar o perigo.

Estamos na ominôncia de uma bancarrota, pela impossibilidade de pagarmos em ouro, pois que só em ouro nos é vendido. E eu pr.egunto

Mas também pregunto se ó bom político, se é bom republicano, se ó bom patriótico, nesta hora grave não dizer toda a verdade, a absoluta e inteira verdade ao País, porque no fim de contas ó ele quem há-de pagar todos os resultados dos nossos desvarios, das nossas insuficiências, não direi dos nossos crimes, mas dos nossos tremendos erros.

Sr. Presidente: feitas estas considerações sobre a generalidade da proposta que se discute, reservo-me para apresentar algumas emendas, que visam apenas, já que não posso evitar que a proposta seja aprovada, a torná-la de alguma fornia exequível e, dentro dos limites possíveis, eficaz. (Apoiados).

O orador não reviu.

Foram lidas na Meca as seguintes

Notas de interpelação

Desejo interpelar o Sr. Ministro da Agricultura- sobre a quentão do açúcar.-— Costa Júnior.

Desejo interpelar o Governo acerca das medidas urgentes quo toncioní; adoptar, conducentes ao barateamento da vida, nào só polo quo diz respeito ao barateamento o abastecimento dos génc-ros de grimeint necessidade-, como ainda, dos combustíveis o dos artigos de calçado o vestuário.

Sala das Sessões da (/amara'«los Do-putados, 9 de Fevereiro de 1920. Anilai Lucio de Azevedo.