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só, eu não trocaria mais uma palavra com esse pessoal.

Eu peço apenas para que esta proposta se discuta dentro dum certo praso não — como já disse— porque me encontre sob qualquer coacção, mas porque ela contêm matéria que convêm discutir e votar Urgentemente.

O Sr. Cunha Liai: —Falo neste mo-! mento em nome do Grupo Parlamentar Popular para dizer à Câmara meia dúzia ÁQ verdades. •

O Partido Popular não cultiva a popularidade. (Apoiados). Tém-se errado no critério que se forma a seu respeito e que levou alguém a dizer já que ele não é Mais do que um partido democrático miliciano.

Há neste projecto disposições importantíssimas. Entendo eu que era melhor pedir a urgênciae dispensa do Êegimento. ííote a Câmara que esta concessão, que se vem pedir, representa alguma cousa ae iuipurtauiò, porque representa nada mais nada menos, uma verba que -é qualquer cousa como 30 mil contos. Oom que autoridade este Governo amanhã, quando os funcionários públicos pedirem aumento de vencimento (e alguns desses funcionários ainda nenhum aumento tiveram) resolverá o assunto?

4 Com que autoridade virá o Governo pedir-nos os dezoito a vinte mil contas, que é quanto representa as exigências dos funcionários públicos? .

Quere dizer, aos trinta mil contos seria necessário juntar Dcmis vinte mil contos. Hão haja dúvida que dois dias depois de ser votado este aumento, o pessoal da Companhia dos Caminhos de Ferro virá pedir outro aumento.

Eu sou de opinião que a situação de Portugal é tam grave, que só agora o Sr. Ministro, estando à testa da pasta do coínércío, começa a fazer idea do da situação torturante eiu qoé nos encon-t^ames e que pode representar a falência absoluta-. Ê preciso que se fale ao país a língua da verdade.

àe algum membro do Grupo Parlamentar Popular estivesse nas cadeiras do poder, diria aos ferro-viários e aos funcionários" do País: Esperem ! Vamos apontar ao País a situação tal como ela ó, tremenda, assustadora, òom um déficit de

ftiàrio da Câmara doa Deputado»

150:000 contos e coto uma dívida lá fora que representa milhões de libras.

Entendo que os funcionários públicos devem ser melhorados, mas Vamos fazer primeiro o exame da situação e criar novas receitas. Depois, ninguém que não fosse um criminoso teria o direito de pedir ao Estado aumento de vencimento. Tenho a certeza de que, se o Governo falasse assim aos ferro-viários e lhes dissesse: nada de pressas, nada de ultimatunSj porcjue se todos sofrem, não é menos Certo qíie a situação do País é miserável e tortíirante.

O Governo anda já concedendo aumentos, e parece que é sina do antigo Partido Uniomsta pregar na oposição contra os desvarios dos governos, mas mal chega ao-Poder rasga todos os seus propósitos e afirmações da véspera. Parece que é sina, porque já o Sr. Brito Guimarães é o culpado do maior descalabro de Portugal: a° manutenção do Ministério das Subsistêneias e,.até, o aumento dos seus quadros. É sina sua, porque já o Sr. Jorge Nunes, quando Ministro da Agricultura, criou mais dois lugares de directores gerais, por uma porta falsa. Parece que ê sina sua, porque o Partido Unio-nisía chamado ao Poder, em lugar Hf. ter a coragem de manter as suas afirmações de oposição, não faz nada do que afirmou.

È quere-me parecer. Sr. Presidente", que Sê eu estivesse no poder" teria meio de convencer os ferroviários a esperar mais algum tempo, e se o não tivesse, j acabe-se com isto que não tem razào de ser! (Apoiados).

Sr. Presidente í desafio quem quere que seja a fa^er com que ás comissões venham já amanhã aqui dai- um parecer consciencioso. Têm de estudar a fundo a questão. È não Se diga que àS administrações autónomas têm receitas próprias.