O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

de § de Feversiro de

Estado quem mais tarde terá de pagar tudo. 3

A Gamara tem, por todas estas razões, obrigação de refletir no caso. O Sr. Ministro das Fiuauças tem obrigação de re-iietir na situarão moral em que se vai encontrar perante os funcionários públicos. E apesar de entender que não se devem desde já aumentar os ordenados dos funcionários, sem que primeiramente só criem receitas, eu dou-lhe o meu apoio nas suas reivindicações, se passar esta lei.

£ Mas porque se não fala uma linguagem de verdade?

Os ferroviários são portugueses e são republicanos o não quererão para si o papel de coveiros. (Apoiados}.

Façamos o estudo desta questão com serenidade e o Sr. Ministro das Finanças que, para conseguir um vago alívio para o Tesouro Público, veio aqui apresentar medidas que nada representam, há-de ser o primeiro a opor-se a esta proposta.

Não vamos já dar o voto a esta proposta, ó preciso estudá-la verba por verba. Depois é preciso comparar a situação duns funcionários com a situação doutros.

Talvez a esta hora já o Sr. Ministro do Comércio e Comunicações senão encontre com autoridade para recusar.

O facto é que os Ministros apertam a cabeça quando lhe falam em aumentos, mas agora- vai ser dada mais uma enxa-dada no país.

; Isto não pode ser, é preciso que isto acabe !

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Jorge Nunes) : — Estranhei bastante as palavras do Sr. Cunha Liai, tanto mais que se trata só da urgOncia e não da discussão da proposta.

S. Ex.;i veio fazer umas considerações, trazendo à Câmara o facto de eu ser administrador da Companhia dos Cami-de Forro.

S. Ex.a parece que, dalguma maneira, quis indicar que alguma cousa de proveito tirei para mi m.

O Sr. Cunha Liai: -V. Kx,* nào me conhece . . .

O Orador: —V. Ex.a dá-me licença que eu conclua?

Eu devo declarar à Câmara que sou administrador da Companhia dos Caminhos de Ferro, por parte do Governo, mas desde a hora em que vim para o lugar deixei de estar ao serviço dessa companhia.

Em seguodo l-ug

Nós não temos neste momento que discutir os serviços ferroviários, não temos que apreciar se os caminhos de ferro do Estado estão bem ou mal dirigidos. Há uma comissão encarregada de estudar esse vasto c complexo problema.

O Sr. Júlio Martins: cia.

Abra-se falên-

0 Orador: — A solução é fácil: Abrir falGncial

Eu acho conveniente e justo que esta proposta soja aprovada, o que não obsta, Sr. Presidente, a que a Câmara, no legítimo direito, amanhã pegue nos caminhos de ferro do Estado e nos particulares e os resgate, entregando-os depois a qualquer empresa arrendatária. Mas eu, pela parte que me diz respeito, naquilo que ó incompatível com os interesses do Estado e sem tocar num ceitil dos dinheiros públicos, julgo ter o direito de pedir à Câmara que examine esta proposta e sobre ela tome a sua deliberação.

Tenho dito.

O Sr. Cunha Liai: — Pedi a palavra apenas para fazer duas afirmações.

Disse que o actual Sr. Ministro do Comércio e Comunicações era administrador da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses apenas para lembrar um facto. S. Ex.a conhece muito bem a dificuldade que há em avaliar de momento um projecto que representa um encargo para o País.