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Sessão 4tt 14 de Fevereiro de 1990

contas de guerra gastou-se sem peso, nem conta, nem meíjida, e ninguém falou em economias, ninguCm pensou no equilíbrio orçamental, j Só agora é que todos deitam as mãos à cabeça!

A França, durante e depois da guerra, teni agravado os antigos impostos quási até a exaustação e tem criado nova matéria colectável. Nós não fizemos ainda nada disso. De forma que a França podia spcorrer-se dos cofres do Estado; nós só podemos socqrrer-nos da riqueza nacional ...

Um? voz:—Tributem-se os novos ricos! Trocam-se à;

O Orador: — V. Ex.as dirigem-me esses apartes como se eu fosse um novo rico. . . l Eu sou um 'velho pobre!

Uma voz: — Tributem-se novos e vê lhos; todos os ricos.

Q Sr. Júlio Martins (em aparte): — Todos? os que têm quintas e andam de automóvel !

.Q Orador: — Como eu digo, tem de se pedir ao País as verbas que o Tesouro Público não pode despender (Apoiados).

fois ó isto mesmo o que-faz esta proposta.

É ao país, por meio da elevação das tarifas, que só vai buscar o dinheiro para fazer face ao aumento dos vencimentos do pessoal.

E entendo que teremos de seguir o mesmo caminho para melhorar as vias e aumentar o material. Decerto, a solução do problema não está apenas neste expediente. Teremos de aproveitar as quedas de água. Mas já é tempo de começar a fazer ajgurna cousa nesse sentido, em vez de nos cansarmos com palavras.

Eu tenho pelo Sr. Cunha Liai, que continuamente tem tido a amabilidade de me interromper, a maior consideração, porque S. Ex.a trata os assuntos nesta Câmara com uma proficiência e brilho verdadeiramente notáveis, o porque às qualidades de talento reúne qualidades do trabalho que são de admirar num país em que a ociosidade é um vício elegante.

Pois atente S. Ex.'V.. Em quanto a Alemanha, quo perdeu a guerra, tem. aproveitado as quedas do água para se

p.qmpensar 4a- perda dos jazigos de carvão, nós continuamos em estéreis disputas . . i

E apesar disso, apesar da sua potência hidráulica, a Alemanha não pôde furtar-se a elevar também as tarifas, por várias ,vezes, desde 1910.

A Áustria e a ílungria seguiram as mesmas pisadas.

A Itália, mesmo antes de entrar na guerra, já tinha procedido à elevação das tarifas.

Na própria Inglaterra que, con>o V. Ex.a sabe, não íbi teatro da guerra, quási não ten.do conhecido os horrores da guerra e cujos recursos em relação aos outros países e especialmente a Portugal, não admitem confronto, na própria Inglaterra seguiu-se a mesma política, havendo elevações de" tarifas em 1915, 1916, 1917 o 1918. Para os transportes de viajantes essa elevação atingiu 50 por cento e fez--se em Janeiro um novo aumento para as mercadorias de 25 a 100 por cento.

Nos países neutros seguiu-se a mesma política. A Suíça elevou as suas tarifas 5 vezes o esse aumento foi, em relação aos viajantes, de 100 por cento, e om relação às mercadorias, de 15,0 por cento. O mesmo aconteceu na Grécia. A Suécia elevou as suas tarifas cm 1915, 1916, 1917 e 1918 e aumentou o preço dos transportes de 100 a 200 por cento.

Nos Países Baixos, fez-se um aumento em 1916. A Noruega eni J915 recorreu a^ medidas absolutamente análogas. E a Espanha, que já em 1918 aumentara as tarifas, novamente as elevou em Janeiro deste ano.

O que aconteceu na Europa, aconteceu embora atenuadamente, nos Estados Unidos da América, onde as tarifas foram aumentadas, em média, de 40 por cento. E o mesmo se deu no Canadá.

Sr. Presidente: o esta a política ferroviária que se tem levado a efeito em todo o mundo. Sc a proposta do Sr. Ministro do Comércio é um expediente, verifica-se que em todas as nações, durante e depois da guerra, se tem seguido o mesmo expediente.

Dado este carácter de generalidade, trata-se duma verdadeira lei a que nfto podemos fugir.