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Dtárto da Câmara dos Deputadoè

clamações feitas pelos- funcionários do Estado, quando é certo que o País se não vencontra em condições de atender toda estas reclamações.

O que é certe ó que as companhias ficam, depois da aprovação desta proposta, com os meios necessários para satisfazerem as reclamações do seu pessoal, e ainda com um excedente nas suas receitas de 3:000 contos, como já foi muito bem calculado pele Sr. Cunha Liai.

Julgo eu, portanto, que todos os argumentos apresentados são mais do que suficientes para que a Câmara-faça baixar a proposta às comissões, de íorma a elas a estudarem convenientemente e introduzirem-lhe as emendas necessárias, que não se podem conceber assim de afogadilho.

De resto, o Sr. Ministro do Comércio, respondendo à todos os Deputados que tiveram ocasião de falar sobre esta proposta, não desfez nenhum dos argumen-TOS apresentados contra ela, .e até; na maior parte deles, não lhes tocou, apesar de dizer imensas cousas, fazer questão da proposta e dizer que tinha..assinado um decreto quási de cruz.

Logo, eu espero ainda que S. Ex.a, respondendo novamente a todos os oradores antecedentes, desfaça todos esses argumentos apresentados.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra quando-o orador haja restituído as notas taquigráftcas.

O Sr. Pais Rovisco : — Sr. Presidente: deve V. Ex.a estar lembrado de que, num dos dias em que se discutiu a proposta trazida a esta Câmara pelo Sr. Ministro do Comércio; eu pedi a V. Ex.a para comunicar ao Sr. Ministro das Finanças que eu reclamava a sua presença, porquanto desejava fazer-lhe preguntas— preguntas que envolviam a necessidade de respostas concretas. Ora eu não vejo nas bancadas do poder o Sr. Ministro das Finanças, e como mais se radicou no meu espírito, durante a discussão que se tem vindo fazendo, a idea de que é absolutamente indispensável q'ue S. Ex.a me responda imediatamente, c duma forma concreta, a preguntas que lhe desejo fazer, eu começo por apresentar um requerimento a V. Ex.a para submeter à Cá-

mara antes de iniciar as considerações que tenho a fazer sobre a-proposta em discussão.

Requeiro, portanto, que a sessão seja suspensa emquanto V. Ex.a manda comunicar ao Sr. Ministro das Finanças a necessidade da sua comparência na Câmara, a fim de ouvir as pregimtas que eu lhe desejo fazer.

O Sr. Presidente: querimento.

Vai votar-se o ré-

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Domingos Peieira): — Pedi a palavra sobre o modo de votar para dizer o seguinte:

O Sr. Pais Rovisco requereu a presença do Sr. Ministro das- Finanças pa.'a lhe dirigir preguntas sobre a proposta em discussão, preguntas a que S. Ex.a deseja respostas concretas, sem o 'que não pode usar da palavra. Ora parece-me dis-pensâve!7 ser" nenhuma espécie de desprimor pára com o Sr. Pais Roviseo, a presença do Sr. Ministro das Finanças, porque eu tenho de fazer à Câmara a declaração de que o Governo é todo 'solitário com a proposta que está em discussão.

De modo que não vejo razão nenhuma para que seja necessária a presença do Sr. Ministro das Finanças, a não ser para se continuar afirmando o propósito, que é um direito dos Srs. Deputados, permitido pelo Regimento, de prolongar indefinidamente esta sessão que já está prorrogada.

Devo dizer a V. Ex.a e à (amara que a proposta terá de ser discutida na especialidade e suponho que a discussão não ficará prejudicada se acaso o Sr. Pais Rovisco consentir em que as preguntas formuladas ao Sr. Ministro das Finanças possam ser feitas no decurso^da especia-idade. r