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há já uma comissão nomeada para esse fim— em conjunto o problema ferroviário, para que o mesmo possa ser resolvido como interessa à economia nacional.

jí manifesto que a situação das empresas 'ferfoviárias, em Portugal, como aliás sucede às de todo o mundo, é excepcionalmente difícil.

Esse mal carece de remédio eficaz e esse remédio só pode ser traduzide num auxílio dado a essas emprOsas.

Desejava; pois, que S. Ex.a, o Sr. Ministro do Comércio, alguma cousa dissesse à Câmara sobre este ponto da questão.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio (Jorge Nunes) : — Folgo bastante por tor ouvido o ojiscurso que acaba de ser feito pelo Sr. .Álvaro de Castro.

-E ôie é para o Governo e para ruim, mais uma demonstração de solidariedade, daquelas que se impõem aos homens que, apreciando uma questão, entendem que para a resolverem não podem deixar de pOr ein equação todos os problemas que à mesma possam interessar, entendendo que a oportunidade ó tudo, ainda que a oportunidade não seja o ideal em administração pública.

S. Ex.a no final das suas considerações aludiu a uma política ferroviária acerca da qual entende que é necessário estabelecer uma orientação definida.

Tenho todo o prazer em dizer a S. Ex.a e à Câmara, que"o Governo, independentemente deste incidente — chamemo-lo assim — da nossa política ferroviária, está estudando o assunto com o propósito de resolvê-lo no sentido que, quanto a mira, é o melhor, quando as circunstâncias do Tesouro permitam a prática dessa solução.

Quero referir-me ao resgate das linhas férreas.

Evidentemente .que aludindo a esse resgate eu não quero referir-me apenas à Companhia Portuguesa, mas sim a todas as empresas ferroviárias do país.

Pode S. Ex.a, o Sr. Álvaro de Castro, ficar certo de que o Governo não descurará o estudo dessa questão.

O problema do resgate continuará a ser estudado com todo o interesse e com

Diário da Câmara dos Deputados

todo o carinho, com aquele interesse e carinho que são indispensáveis no estudo e 'na resolução dos problemas de primacial importância para o país.

O orador não reviu.

f-

O Sr. António Granjo:'—Sr. Presidente: devo a V. Ex.a e à Câmara, as devidas explicações pelo requerimento por mim feito na sessão de ontem, para que se sustasse a discussão desta proposta, até que o Sr. Presidente do Ministério, fizesse as declarações que se nos afiguravam necessárias.

Sabe ^^. Ex.a, Sr. Presidente, que embora a discussão desta proposta tivesse uma certa agitação, em todo o caso a Câmara tinha demonstrado a sua boa vontade, e que a votava se fosso de justiça.

Tanto assim que a Câmara votou a generalidade da proposta numa sessão prorrogada e ininterrupta.

Inesperadamente os ferroviários declaram a greve.

Eu sei, Sr. Presidente, que os movimentos de .classe são sempre complicados e que esse movimento podia ter começado a execufar-se, mesmo contra vontade dos dirigentes; mas Sr. Presidente, tratava-se duma classe que tem à sua disposição os meios mais que indispensáveis para fazer chegar ao conhecimento de todos os associados e interessados que o Parlamento tinha votado, na generalidade, a proposta (Apoiados).

Essa classe tinha ao seu dispor as linhas telegráficas, telefónicas e os comboios, elementos mais do que suficientes para fazer chegar ao conhecimento de todos a notícia de que a Câmara dos Deputados votando essa proposta na generali dade, tinha demonstrado a sua boa vontade apreciando as suas reclamações com espírito de justiça.

Por parte dos ferroviários mais ponde-, rados, podia ter havido um conselho do reflexão aos companheiros mais exaltados, visto que a Câmara se estava ocupando da sua questão. (Muitos apoiados).