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Sessão de 14 de Abril de 1920

constantes perturbações, com um exército que não nos pode garantir uma paz de trabalho, e é preciso que. o País trabalhe, o que só poderá fazer quando tiver bem republicanizada a força pública.

Não somos só nós que assim pensamos. Aqueles que se lançaram nas teorias mais avançadas do anti-militarismo, aqueles que defenderam os princípios da República comunista, mesmo aqueles que lançaram o defectismo na Rússia., chegaram a entabolar relações com a França e com a Inglaterra no sentido de pedirem a estes, países oficiais superiores para instrução dos seus 'exércitos. Lenine e , Trostky aproveitaram até o interregno em que se assinava a Paz, em seguida à ofensiva do Ocidente, para lançarem as bases de reorganização do exército forte, chamando os oficiais do antigo regime, que ainda se encontram à testa dos próprios exércitos vermelhos. Mesmo os povos que preconizam a subversão completa dos princípios sociais em que vivemos reconhecem que o militarismo é ainda o meio de que se podem servir para levar a cabo a reconstituição de uma nova sociedade, pois sem as armas jamais o. alcançarão.

A comissão de guerra, no seu parecer, reduz a dois os três conselhos que o Sr. Helder Ribeiro propôs. E emquanto o ex-Ministro da Guerra específica o número dos militares que hão de constituir ôsses conselhos, a comissão não diz qual seja esse número.

Parece-me que seria conveniente que a própria comissão de guerra, seguindo a orientação do Sr. Helder Ribeiro, ex-Mi-nistrô da Guerra, fixasse esse número.

Eu não sei também qual o critério seguido, visto que para a entrada desses indivíduos para milicianos, o Sr. Helder Ribeiro tinha criado o periodo de vinte e cinco anos e a comissão o de trinta anos.

Sem querer tomar mais tempo â Câmara, visto que na discussão da especialidade o Grupo Parlamentar Popular significará a sua maneira de ver, pode desde já ficar assente que este Grupo entende que os oficiais milicianos devem ser colocados, ficando no exército, e para eles é

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indispensável que o Govenio olhe. (Apoiados).

E preciso uma reforma como a dosa mutilados da guerra. E indispensável que olhemos para os' soldados, sargentos e oficiais depois da guerra; não se deve cometer uma ingratidão.

Tem a República de olhar para os seus soldados. ((Apo-ados).

E indispensável que os oficiais milicianos Centrem dentro do quadro permanente. É indispensável não criarmos critérios diferentes dentro do quadro de oficiais permanentes. E até'um motivo de,discórdia dentro do próprio exército. E absolutamente indispensável que todos os oficiais milicianos entrem, dentro do quadro peimanente e sejam defensores estrénuos não só da Pátria mas da República. (Apoiados).

Já que falei em assunto de guerra, chamo também a atenção do'Sr. Minintro da Guerra para o que é absolutamente indispensável fazer-se dentro do exército: expulsemos das fileiras aqueles que não quiseram ir para a guerra, os que desertaram e os que pediram a reforma para não irem para a guerra. (Apoiados).

É indispensável que isto se realize; e embora se tenha levantado neste' País uma campanha de pacificação e esquecimento, é indispensável que a República seja forte e se defenda: não seja tola. (Apoiados}.

O Sr. Cunha Liai; — Os monárquicos ó que marcam a hora do indulto . . .

x O Orador:—Devo chamar a atenção do Sr. Ministro, da Guerra o ouvir a sua opinião sobre o assunto.

Fala aqui o projecto em escolas; acho bem, Sr. Presidente, e oxalá que elas se' desenvolvam, mas o que eu vejo é que a comissão de guerra quer fazer as promoções de uma maneira diferente daquela que se pretende, isto é, não quer que sejam promovidos aos quadros de oficiais do Exército permanente indivíduos que não tenham feito tirocínio de sargentos no quadro permanente.

Desculpem .V. Ex.as, os técnicos, que eu meta a foice om seara alheia, mas francamente não vejo argumento para isso.