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Sessão de 14 de Abril de 1920

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os oficiais milicianos que durante a guerra mostraram qualidades militares superiores.

É absolutamente necessário que no serviço permanente fiquem apenas aqueles oficiais .milicianos que em campanha demonstraram terem qualidades natas para oficiais.

Cointudo, a comissão de guerra acoitará qualquer modificação que a Câmara entenda lazer ao parecer, na certeza de que não A'á prejudicar o serviço, poique o último dessa escala não passará de tenente.

Aparte do Sr. Manuel José. da /Silva.

O Orador : — Estou perfeitamente de acordo, porém é necessário que os desejos e aspirações do Sr. Deputado não vão encontrar dificuldades insuperáveis.

O exército não pode ficar bem servido com elementos que tiveram cursos de 6 meses na Escola de Guerra.

Oficiais que nem sequer foram para a guerra não podem ser bons elementos nas fileiras.

Em todos os assuntos, há princípios, e a sua aplicação aos organismos -que, como o exército, são conservadores, mesmo no progresso, ó sempre um caso de tal melindre que nunca se atinge o que se deseja.

Os oficiais milicianos têm efectivamente desempenhado bons. serviços dentro do exército, tendo direitos adquiridos perante a lei, perante os costumes, perante as tradições e os hábitos militares. A sua .selecção, porém, só pode ser feita em face de casos muito concretos, muito simples, muito íáceis, e evidentemente que essa selecção nunca irá tam longe como se deseja.

O Sr. Plínio Silva declarou não concordar com a base adoptada pelo projecto quanto aos oficiais que deviam ficar em serviço permanente. Disse S. Ex.a e muito bem, que muitos oficiais havia que, não tendo estado nas trincheiras, tinham no entretanto desempenhado importantíssimos serviços à rectaguarda, onde mostraram cabalmente as suas aptidões e valor militar, e que achava justo que esses também deviam ingressar no quadro permanente. E alvitrou ainda o Sr. Plínio Silva o proceáso do selecção por meio de relatórios quo seriam objecto ue í'2; EBÍOU «Io ucôrdu cui

em que houve realmente oficiais que na rectaguarda mostraram o seu muito valor e competência no desempenho dos serviços cometidos, como, aliás, houve também muitos oficiais que ficaram em Portugal, com grandes qualidades militares, mas que não tiveram a honra de ir bater-se em França ou África, porque as circunstâncias da escola ou outras o não permitiram .

A meu ver, só devem ficar om serviço permanente do exército aqueles que já deram prova de grande valores. Agora aqueles que as não prestaram e que só podem afirmar a suas qualidades com atestados, entendo que não devem ingressar no exército permanente. Devido à brandura dos nossos costumes, os atestados passam-se sem exprimirem a A^erdade absoluta dós factos.

Uni oficiai superior que tivesse de passar ULQ atestado dum seu subordinado, havia de o elogiar e exalçar-lhe as qualidades.

Passar-se-iam atestados de altas com-potôncias arquem nunca passou duma vulgaridade. E o que, infelizmente, se vê todos os dias em Portugal.

Com relação ao relatório que o Sr. Plínio Silva desejava, devo dizer que não estou de acordo.

Tal relatório podia ser feito não pelo interessado por falta de competêdcia, mas por outrem.

^E quando é que a comissão encarregada do examinar os relatórios daria o seu parecer? \Pode S. Ex.a< estar certo que daqui a 20 anos ainda havia relatórios a ver!

Tenho dito, Sr. Presidente.

O discurso, rerisio pelo orador, será publicaà® na integra, quando devolver as notas taguigráficas gue lhe foram envia-

O Sr. Presidente: — É a hora de se passar à segunda parte da ordem 0:0 dia: interpolação do Sr. Cosia Júnior ao Sr. Ministro da Agricultura.