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Diário da Câmara dos Deputados

como também a atenção da comissãe de .guerra, qual é o de terem sido promovidos a majores durante a guerra, capitães que nunca pensaram em tal e assim não veja inconveniente para que se não proceda de fornia como se pretende.

Não vejo motivo algum para que um sargento não possa chegar a oficial no quadro permanente quando para isso tenha conhecimentos e competência para tal.

Sr. Presidente: resumindo as minhas considerações, direi ao Sr. Ministro da Guerra que o Grupo Popular dará todo o apoio para que elos entrem dentro do exército e se possa fazer desse exército uui organismo elevado para a defesa da República:

Vozes : —Muito bem. O orador não reviu.

O Sr. José de Almeida: — Sr. Presidente: usando da palavra sobre o assunto que está em debale, eu devo declarar c(ue a minoria socialista, tendo enviado para a Mesa, nesta sessão parlamentar, um projecto de lei tendente a acabar com o exér-

miliciano, não pode, portanto, de maneira alguma, votar a proposta de lei que está em discussão, não querendo no entanto isto dizer que não estejamos de acordo em que esses pobres soldados que em França e em África se bateram pela Pátria sejam dignos de melhoria de situação, visto que se encontram em circunstâncias de não poderem viver por não terem as ocupações que tinham antes da guerra.

•Disse-se aqui que os indivíduos mais avançados, os partidos mais avançados, que a Nação onde só, está hoje fazendo uma transformação social enormíssima, a Rússia, mesmo essa nação, esses partidos e essas individualidades avançadas, reconhecem a necessidade da -existência dos exércitos. _ ,

Sr. Presidente: o caso da Rússia é um caso muito especial; a Rússia vê-se atacada por muitas nações, tem de se defrontar com muitíssimos perigos, e daí a necessidade da manutenção do exército, mas esse exército tem de ter uma duração transitória, não é do natureza permanente.

Nós queremos a nação armada, queremos que a nação possa estar em eoàdi-

ções de se defender contra qualquer ataque que nos venha do estrangeiro, mas para isso é, dispensável que se mantenham nas casernas criaturas -que ali se estiolam o que podem ser úteis na grande produção que ó preciso desenvolver no nosso país.

E, Sr. Presidente, estou em muito boa companhia ao dizer que não há r necessidade de exércitos permanentes. É a própria comissão de guerra que no parecer n.° 144 reforça a minha opinião.

Portanto, Sr. Presidente, se não há necessidade de exércitos permanentes, se foram os exércitos improvisados que salvaram a causa do progresso e' da justiça na grande guerra, SP» foram os exércitos improvisados, na Inglaterra e na América 'que combateram o exército disciplinado, há muitos anos fortemente organizado da Alemanha, se foram esses exércitos improvisados que -venceram neste grande pleito que há pouco terminou, para que. havemos de afectar as nossas finanças, a nossa economia com despesas que são inaceitáveis, perfeitamente dispensáveis ?

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Tenho dito.