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Vila Franca está, pois, atravessando uma grande crise de trigos, tornando-se necessário que V. Ex.a dê providência no sentido de que à sua Câmara Municipal seja entregue o trigo que em tempos foi áutoado, se acaso as não deu já. Nesse concelho existem, quaudo muito, uns 100 moios, que não chegam para mais de duas semanas. Se não se- providenciar rapidamente, Vila Franca ver-se há dentro em breve sem ter pão.

No Funchal a situação é idêntica. A pedido dum amigo meu, que muito prezo e respeito, ou chamo a atenção Jo Grovêr-no para as reclamações que lho têrn sido dirigidas para que ao Funchal seja distribuído o trigo suficiente para o sou 'abastecimento. Se assim não suceder, as populações dessa cidade vêem-se obrigadas a adquirir o trigo no estrangeiro, o que não será para nós muito conveniente, dadas as suas afinidades com algumas nações estrangeiras.

V. Ex.a, Sr. Ministro, quo possui elementos que eu não tenho, melhor poderá avaliar da justiça dessas reclamações do que eu, e dar as providencias que o caso requere.

Limito" por aqui as minhas considerações, fazendo votos para que o Sr. Ministro da Agricultura consiga trazer-nos, pela abundância e barateamento dos géneros, a paz e tranquilidade qae todos desejamos.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquifjráficas que lhe foram enviadas.

U Sr. António Maria da Silva: — O Sr. Costa. Júnior anunciou ao Sr. Ministro da Agricultura uma interpelação sobre as disposições promulgadas por S. Ex.a referentes à questão do pão.

Tem-so arrastado este debate e, a propósito dele, têm se fôito referências a abusos e desmandos ua, moagem. Já é um tema velho. Já vem mesmo do meu tempo. Em fins de 1915 e 1916 tive de promulgar vários diplomas tendentes a evitar não só esses abusos e desmandos, mas ainda a garantir o abastecimento do País.

Se a, circunstâncias actuais são difíceis, a; ituação de então era muito mais crítica, ' - i

Diário da Câmara dos Deputados

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Não vou, Sr. Presidente, fazer nm largo discurso relativamente ao assunto, em-•bora esteja convencido, como aliás toda a gente, de que ele merece não só as atenções da Câmara como as de todo o País.

Afirmou-se aqui que a moagem roubava, que os diagramas já eram feitos de molde a permitirem esses abusos, esses desmandos, afirmando-se mesmo que os Ministros levavam aos ouvidos dos moageiros o que tinham a. fazer, mas que, como isso não tinha ficado escrito, a responsabilidade era dos moageiros e, por consequência, se tornava necessário publicar quaisquer medidas tendentes a fazer entrar nos cofres do Estado os lucros ilícitos.