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legas do t)ir"ectòrío quê não aceitava o convite por ser absolutamente contrário a entrar num Ministério saído d Uma revolução.

Quando mais tard'e fui convidado a organizar Ministério declinei o encargo1 pelas mesmas razões, porque tinha a certeza de que havia um movimento organizado militarmõnte-.

Por consequência, se eii quisesse assumir o Governo tinha-o feito, e não precisaria recorrer a qualquer movimento organizado em quartéis.

Nunca subirei ao poder por meio de movimentos revolucionários contra a organização constitucional.

Como a Câmara acabou de verificar tóí-nam-se essenciais as declarações do Sr. Presidente do Ministério.

Anunciei há tempos uma interpelação a S. EJÍ.* sobre factos gravíssimos ocorridos na guarda republicana do Porto, tendo previamente produzido graves acusações e lendo documentos quê comprovaram as minhas afirmações.

Até hoje, porém, o Sr. Presidente dó Ministério entendeu não haver necessidade nenhuma em averiguar dos factos e dar conhecimento d Al es ao Parlamento.

Tive ensejo de recordar qual tinha sido sempre a atitude do chefe do Governo na defesa dos bons princípios e que estranhava q d e no momento em que eu e outros amigos íamos ao Porto se tentasse verificar da comparência dalguns oficiais à nossa chegada.

Até hoje o Governo não proferiu uma única palavra, ò que é deveras sintomático, quando è certo que a maioria parlamentar, pela boca do Sr. António Maria da Silva, condenou absolutamente esses processos.

O que o Governo tem feito è precisamente continuar a lançar mão dos mesmos processos, tornando cada vez a situação mais grave. (Apoiados}.

Não me move nenhuma espécie de má vontade quer contra a guarda republicana, quer contra a marinha. Em (Jualqiief destas corporações conto amigos dedicados, e sei bem que os não poderei arrastar para um movimento insensato, que não está no meu espírito; mas sei que conto de facto com dedicações que não usarei senão no bom sentido republicano.

13 à guarda republicana farei sempre a justiça de acreditar que ela estará sempre

Diário da Calhara do*

vigilante para defender á República na hora própria e que não será jamais um elemento de desordem e de perturbação.

Ainda há dias o Governo, pela bôttá do seu chefe, se queixou de que o Parlamento descurava a discussão e votação dofe orçamentos e propostas de finanças, é perante esse facto o Sr. Presidente do Ministério desenhou um gesto como pretendendo afastar o Parlamento pára seguir mais livremente o seu 'caminho.

É preciso afifmar-se bem alto que a responsabilidade de os orçamentos não estarem votados, ou mesmo as propostas não terem parecer fundamentado das comissões, cabe exclusivamente à maioria parlamentar (Apoiados), porque, pelo menos do lado da Câmai%a ein que eu falo, nenhum JDeputadò tem Orçamento para relatar pela simples razão de que lhe não foi distribuído.

Como, porQm, dois Deputados deste mesmo lado têm em sou pod&r propostas de finanças pára relatar, dentro 3m breve apresentarão os respectivos pareceres pára serem discutidos e votados.

ívíuiiu buiu.

O Orador : — O que aflige o Governo é que, em Portugal, se pretende fazei- uma propaganda aberta e larga das ideas de cada um. Isto é o que o incomoda e, de tal maneira, que o Governo faz-nos acompanhar nas nossas viagens de propaganda dum Ministro ou dois, ou para fiscalizarem, ou para qualquer outro fim que realmente não sei qual seja. (Sensação). O que ó verdade é que eu aproximo todos estes factos porque dia a dia mais se vão avolumando, e não sei onde porventura seremos arrastados. E, nesta hora, ao torná--los públicos, quero assumir inteiramente as minhas responsabilidades, para que o Governo saiba qual será a minha atitude Futura-.

.Vozes : — Muito bom.