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em vida nova. Faz S. Ex.a muito bem em vigiar constantemente os serviços dependentes do seu Ministério; e obrigar a cumprir a lei os funcionários deles encarregos, mas S. Ex.a deve ser o primeiro a cumprir a lei, a cumprir os duodécimos, limitando-sé ás verbas quê neles estão inscritas. Este é que é o caminho, e não o das-leis de excepção. Cumpra S. Ex.a a lei, doa a quem doer, custe o que .custar. O contrário é uma falta de civismo, e o Parlamento não pode estar constantemente a contradizer-se, votando hoje uma lei

0 revogando-a amanha, Eu não posso admitir que os Ministros, a cada passo, venham aqui com propostas

Mas S. Ex.a argumentou com a questão da moralidade. Pois seja S. Ex.a, e sejam os Srs. Ministros os primeiros a dar essa lição do moralidade.

Eu pregunto a S. Ex.a: houve uma greve da construção civil; essa grove teve um carácter revolucionário e tornou-se extensiva ao pessoal das obras

1 S. Ex.ft vem ditfer ao Parlamento que esse pessoal é parasitário, criminoso, e não cumpre com os seus deveres: <_ p='p' que='que' v='v' ex.a='ex.a' é='é' não='não' despediu.='despediu.' porque='porque' o='o'>

O Sr. Ministro do Comércio e Gomuni-cões (Lúcio de 4zeve(*o):—Porque não teve a colaboração do V. Ex.Q

O Orador: — Estou certo de que p Parlamento aprovaria com mais vontade uma proposta nesse sentido,, do que esta-de pedir dinheiro pai'a pagar a êssea maus funcionários (Apoiados).

Tenho dito.

O Sr. Velhinho Côríeia:—Eu se fosse Ministro, deinetta os todos, e estou certo de que teíia a aprovação do Parlamento. (Apoiados).

O Sr. Presidente: —O Sr. Raul Ta-magnini Barbosa pediu para entrar em

Diário da Câmara dos Deputadoê

discussão conjuntamente com a proposta do Sr. Ministro do Comércio, o seguinte parecer que vai ier-se. fbi lido na Mesa,

O Sr. Leio Portela (sobre o modo de votar) : — Sr. Presidente : é simplesmente para observar qiie a proposta que acaba de ser lida na Mesa, não pode ser discutida juntamente com a proposta que estava em •'discussão, por isso que uma se retere a um reforço de verba pelo Ministério do Comércio, e a outra, se não os-tou em erro, relere-se a um reforço de verba pelo Ministério das Finanças. É absolutamente querer confundir objectos que são inteiramente diferentes; ó absolutamente lançar o caos numa discussão, tanto mais que, com urgência e dispensa do Regimento nós não podemos conscien* ciosamente votar....

O Sr. Tamagnini Barbosa:—A minha proposta não envolve dispensa do Regimento, visto que ia há parecer impresso distribuído.

O rtrarJor; — Píir'1 mini, dispensado*? do Regimento, são todos os assuntos dados para ordem do dia e submetidos som aviso à apreciação da Câmara.

O Sr. Garcia da Costa: — Sr. Presidente : pedi a palavra para declarar que dou o meu voto à proposta ,do Sr. Ministro, porque julgo o facto mais ou menos irreparável, mas devo declarar que folheando e lendo com toda a atenção o orçamento do Ministério do Comércio me bailam diante dos olhos dezenas e dezenas de contos para reparações^, construções de estradas e pontes, mas a -verdade ó que percorrendo o país de norte a sul, eu vejo estradas, pontes e linhas férreas num estado verdadeiramente detestável.

A acção do Sr. Ministro do Comércio não se tem feita sentir; verdade seja que S* Ex,a está há pouco tempo no Ministério, mas é preciso que a sua acção se faça sentir não só em Lisboa, mas na província. O que era preciso era que S. Ex.a acabasse com a direcção das obras públicas dos distritos. (Apoiados).