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Diário da Câmara dos Deputado»

cisa, para a defesa dos livros que a Biblioteca Nacional não pode defender, é sob o ponto de vista económico, um tremendo erro, porque dentro de poucos anos cm dotações concedidas, ter-se há gasto o valor dum prédio novo.

O edifício actual da Biblioteca, esse velho convento, terá custado então nos seus arranjos mais do que um edifício novo.

É pois sim preciso dotar com maior verba a Biblioteca Nacional, mas ó preciso começar a construir outro edifício para ela.

E a comissão que é necessário criar,, e dizendo isto eu estou inteiramente de acordo com o artigo -novo do Sr. Santiago Presado, ó uma comissão'administrativa e não uma comissão parlamentar ou representativa (Apoiados), -comissão essa, com os técnicos competentes, para fazer uma boa obra, porque sendo necessário construir um edifício, é preciso dar o encargo dôsses serviços a indivíduos competentes.

Sr. Presidente: reservando para apresentar na • discussão, da especialidade as emendas a cue já de leve me referi, eu termino pur agora as minhas considerações.

O orador não reviu.

O Srs Raul Tamagnini Barbosa (por parte da comissão de finanças): — Sr. Presidente: envio'para a Mesa, devidamente relatada a proposta n.° 273-F, da autoria do Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Malheiro Reimão :—Sr. Presidente : arrastada como vai a discussão sobre a Biblioteca Nacional, procurarei ser o mais breve possível nas minhas considerações, a fim do não ser tainbSm acusado da demora desta discussão.

E se o facto é tam grave como se aponta, se já está ardendo a Biblioteca, a estas horas deve estar num-estado doloroso ' e 0111 muito pior estado estará quando estiver concluído o novo edifício.

Talvez já então não valha a pena fazer a mudança da Biblioteca.

Dosta forma, Sr. Presidente, devo dizer que não compreendo a discussão que se está fazendo.

Se os livros ostão mal acondicionados, e há lá muita bicharia que dá cabo deles,

é porque não tem havido com eles o cuidado necessário. *

Esses livros são muito antigos, o só nestes últimos anos é que se tem estragado ...

Ouvi um argumento de que a clarabóia metia água e para remediar Sste inconveniente diz-se' que o melhor ó fazer um ediíício novo!

. Eu acho melhor o alvitre do Sr. Ladis-lau Batalha: as aranhas para comerem os bichos.

i Se vamos a esperar que se faca uma biblioteca nova, então arde tudo!

Eu não acredito que um edifício novo para uma biblioteca, se faça em mais de seis anos ou mesmo sete.

£ Não seria muito melhor fazer como Faustino da Fonseca dizia: cibrirem-se as janelas, rasgarem-se paredes?

Não me levem a mal os literatos e poetas, mas eu tenho uma mentalidade muito diferente.

A minha é peor certamente; mas eu, sem querer fazer ofensa a S. Ex.ns, direi que tudo o que V. Ex.as me dizem é um sonho.

,; Então nós havemos de estar à espera seis ou sete anos ?

O Sr. Santiago Prezado:—V, Ex.a sabe também o tempo que levam as obras no nosso país...

Vários apartes.

. O Orador: — Eu ainda vou pelo argumento do Sr. Ladislau Batalha.

O melhor são as aranhas. (Muitos apoiados}.

Eu chamo a atenção da Câmara.

Nós estamos numa situação financeira desgraçada e apesar dos números apresentados pelo Sr. Ministro das Finanças, que vem reduzir o déficit, eu ainda assim acho que a nossa situação não é boa.

São necessários impostos, são necessários ...

Vários apartes.

O Sr. Ladislau Batalha:—Sim, impostos, para pagar à guarda republicana para es-padeirar o povo.

A guarda republicana leva-nos 3:500 contos.