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jaín capazes de consentir o prejuízo dos grandes recursos económicos e financeiros, representados para Portugal no rio Douro, e que não serão diminuídos, seja em razão do que for.

O discurso^ na integra, revisto pelo orador será publicado quando f orem devolvidas á8 notas taquigráficas.

O Sr. Manuel Fragoso (para invocar o Regimento}: — O que diz o artigo. 53.°, no § único, acerca dos negócios urgentes, nunca se cumpre, havendo um manifesto desrespeito pelas deliberações da Camará. A Camará não aprovou que o negócio urgente do Sr. António Fonseca fosse discutido, como foi por este ilustre Deputado. Isto faz-se todos os dias com manifesto desrespeito dos assuntos dados para ordem do dia, antepondo-se os interesses políticos que não deixam resolver as questões pendentes da ordem do dia.

Seria talvez preciso haver sessão permanente, para assim se votar aquilo que é necessário para bem do país e prosperidade da República.

'Ainda há pouco tempo, compulsando o Diário das Sessões do tempo da monarquia, tive .ocasião de ver que o Sr. .Presidente do Ministério de então pedia a palavra para responder ao Sr. Deputado Afonso Costa que tinha falado na véspera, só pára não prejudicar a ordem do dia dessa sessão, visto que apenas faltavam quinze minutos para a ela se passar quando S. Ex.a terminou.

O Sr. António Fonseca: — j V. Ex.a há-de concordar que eu fui muito mais sóbrio quando usei da/ palavra para explicações do que V. Ex.a para invocar o

Regimento !

O Sr. Presidente: invocar o Regimento, venir' todos os Srs. mente à situação em mos perante a ordem

Não posso agora, rar á palavra a esses

— Antes de V. Ex.a

tive ocasião de preDeputados, relativaque nos encontrávado dia.

abruptamente^ retiSrs. Deputados.

D Sr. Ladislau fiatalha: — A contraprova já se torna desnecessária. S. Ex.a íalou e falou bem.

A minoria socialista, apesar do seu carácter absolutamente internaeionalista, as-

Diárití da Camará dos Deputado»

socia-se vivamente a tudo quanto importe a defesa de direitos de Portugalj mormente se esses direitos são menosprezados por meia dúzia de* aventureiros do capitalismo espanhol.

A minoria socialista que já tinha conhecimento do assunto, associa-se, pois, às palavras que sobre ele foram pronunciadas, mas declara não lhe reconhecer á gravidade que o Sr. António Fonseca lhe pretendeu atribuir, visto tratar-se do jornal El Sol que • é uma espécie de O Século em Espanha1. (Risos).

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:—Vai passar-se à ordem do dia. Os Srs. Deputados que têm papéis a enviar tpara a Mesa podem fa^ zê-lOi

ORDEM DO DIA

Continuação da discussão da proposta (lê lei relativa à construção de um edifício para a Biblioteca Nacional.

O Sr. António Maria da Silva:—Há

pouco, a propósito do incidente levantado pelo Sr. António Fonseca, tive ocasião de declarar que o assunto por S. F,x.a tratado era realmente muito importante, inas que essa importância não tirava a daquele outro que estava sendo versado nesta Câmara há já alguns dias.

Eu precisava, Sr. Presidente, dê proferir algumas palavras relativamente à proposta que foi submetida ao nosso exame, palavras necessárias, tam necessárias como o debate que se travou, porquanto se nós tivéssemos aceitado a proposta ministerial tal qual ela nos foi presente, â Biblioteca nada ganharia e à nossa consciência não ficaria satisfeita.