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que o País entrou no caminho da regeneração económica e administrativa, não pôr meio dê ridículas e inúteis economias dalguns milhares de contos, ínas por economias a valer.

No Ministério das Colónias, por exemplo, há 500 empregados a mais, desnecessários, e cjue, portanto, se torna necessário' fazer desaparecer. Dever-se-ia ato votar Uma lei pela qual, durante uns dez anos, não se pudesse fazer nenhuma admissão de novos funcionários a não ser, evidentemente^ nos casos de serviços técnicos, que não dispensam certos cuidados e aptidões especializadas.

Tenho dito.

É lida e 'admitida á moção do Sr. La-dislau Batalha.

O Sr. Álvaro Guedes: — Sr. Presj-dente: peço a V. Ex.a que consulte a Câmara sobre se permite que o parecer n.° 427, relativo à melhoria de situação dos magistrados judiciais e do Ministério Público, seja marcado para antes da ordem do dia da próxima sessão.

O Sr. Abílio Marcai (sobre o modo de votar]: — Pedi a palavra simplesmente para ponderar a V. Ex.a e à Câmara que, embora tendo a máxima simpatia peío projecto a que se referiu o Sr. Álvaro GhiedtfS, acho impossível fazer:se uma discussão útil e capaz do assunto, que é importante, num tam -pequeno espaço de tempo.

Além disso, a parte destinada para antes da ordem do dia se tratarem pequenos assuntos, está sendo tomada eonstan-teniente, de modo que quási desapareceu, é {íàrâ amanhã acha-se já destinada a uma interpelação.

Seria, pois, preferível marcar-se o assunto para ordem do dia duma próxima sessão.

O orador não reviu.

E*m prova e em contraprova é rejeitado o rêqúerimeitto do Sr. Álvaro Guedes.

O Sr. Jaime de Sousa: — Sr. Presidente: tendo pedido a palavra sobre a ordem e obedecendo ao preceito regimental, principio por ler a minha

Moção

A dâmaráj reconhecendo a necessidade imprêterível de resolver o problema das

Diário dá CAmttra tfo« Depfctcttfo*

finanças públicas, neste momento em táni graves perigos que ameaçam a nacionalidade portuguesa;

Considerando que a caiação imediata de novas receitas Be impõe não só com o fim de equilibrar o Orçamento Geral do Estado, mas também de reduzir a circulação fiduciária à normalidade, estabilizando-a de harmonia com as exigências do nosso movimento económico 5

Considerando que a comparticipação de Portugal na guerra junto das nações aliadas contra o inimigo comum nos acarretou avultadas e inevitáveis despesas que pesam fortemente sobre o Tesouro Público e é preciso solver num futuro próximo j

Considerando ainda os inconvenientes de permanecer por mais tempo1 no regime do papel moeda inconvertível .de que tantos países aliás abusaram em sucessivas emissões durante o conflito europeu, avolumando a desmoralização das cambiais e a perda do crédito;

Considerandoj finalmente, que é geral em todo o mundo o movimento para equilibrar as administrações financeiras", só um esforço patriótico e gigantesco, no qual as classeg mais abastadas devímt sacrificar-se na mesma proporção em que o têm feito as prolectárias e menos favorecidas ;

Resolve dedicar ao exame desta primeira proposta que o Governe» lhe apresenta toda à sua atenção e continua na ordem do dia.

Sala das Sessões da Câmara dos D'epu"i 'tados, 31 de Maio de 1920.—Jaime de Sousa.

Antes de mâife nada, devo desde já dizer à S. Ex.a è â Câmara (Jiie riácf tenhb nêhhuníá procuração, nem do Governo1, nem de carácter' partidário pára defender a proposta que se encontra em discussão. Todas as considerações que f>rtfduzif sobre essa proposta resultam simpleániente do exame e do estudo" que fiz sobre â sua economia e sobre a sua conformação, sem1 de modo algum estar eivado nem duma disciplina partidária que me obrigasse a defendê-la, nem tam pouco Sujeito à niáis1 leve coacção, mesmo de simpatia, tyue tenho pêlos honiens que lazein parte do Governo, mas não pélas suas doutrinas';