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Diário çt& Câmara dos-

Nessas condições, eu nap farei mais obstruciooismo, c se a Camará entendesse que Ôste assunto fosse retirado da ordem do dia, votaria essa proposta até que nós fizéssemos um inquérit.o rápido à vida da companhia.

Embora eu não.caia na graça de certa imprensa; se estivesse na ocasião em quo foi discutido este assunto não teria aprovado o projecto de lei na sua primeira; forma-

O Qrador não reviu.

O Sr. Jaime de- Sousa: — Nesta altura do debate, em quo se trata de aplicar a um projecto os últimos sacramentos, sem dúvida que nEo vou fazer largas considerações.

Lamento não ter assistido à discussão deste projecto, mas sei que foi largamente-discutido e que no Senado sofreu um largo exame, produzindo-se emendas que estão sendo discutidas.

O caminho de ferro de Benguela é o primeiro ccminho de ferro colonial que oferece condições de m ais t rasgada iniciativa que se tem feito em África.

Eu fui companheiro de trabalho do Ministro que fez a prjmeira concessão deste caminho de ferro, o nessa altura era ainda muita pouco conhecedor das cousas públicas, o assim, apenas fui espectador da origem deste caminho de ferro.

Nessa altura não havia ninguém que não rendesse elogio ao Ministro que tivera um empreendimento de tal ordem sem custar um centavo ao Estado.

ÍJ claro que esta última parte já caducou; a concessão da fàxa larga para. a concessão mineira já, caducou, já desapareceu.

4- companhia fez, novos pedidos e fizeram-se novas concessões,.

V. Ex..a e a. Câmara cpnhecein as» difi-culd&des que existiram na construção, dos primeiros 100 quilómetro», ço;n;o- sempre acontece, quando, em j^Mça sç tratas dp trazer do mar um caminho, de ferro de penetração. Foi necessário fazyer uma cor-. dilheira. Sempre essas» dificuldades s.ur-girffà nos caminhos de, feçro construídos em África, nos.- contra fprtes,, etc.

Por isso o caminho de,ferro de. Mossa-medes í.oi até a base Chel^i e nunca mais. sairá de lá. Á companliia con,stpuíu,o pri-.

moiro troço, conseguindo s,ó chegar ao planalto.

Interrupção do Sr. CunJia, Liai.

O Orador:— É sempre o, Estado o culpado.

Diz-se que a Companhia encontrou grandes dificuldades nos primeiros 100 quilómetros.

Houve ainda outras dificuldades de ordem económica e financeira,

Mantenho a minha afirmação, q^ie aliás é conhecida de todos.

As dificuldades na construção deste caminho de ferro derivam exclusivamente da conformação orográfica do terreno.

Depois algumas das grandes dificuldades foram económicas,

A construção ficou no quilómetro 50.

Estão passados todas, as primeiras dificuldades de construção.

A Companhia em todos os relatórios chora, dizendo que precisa, de dinheiro para continuar a construção.

í)aí por diante é mais fácil.

Todos o sabemos,

Portanto é oportuno o projecto de lei, que vem destruir o que foi. decretado na tíituaçáo sidonista.

O Sr. Cunha Liai:—Nem tudo foi..mau na situação sidonista, e essa medida foi uma das boas.

O; Orador:-r—A Companhia quere emitir mais obrigações psra csntinuar a construção do caminho de ferro, mas de um mais detido exame das, condições em que se, encontra a.Companhia verificasse que eja se "encontra nurn. verdadetir.0 labi--rinto inexplicável e incompreensível.

íDii não. vou reeditar esse es,tudo porque eleja está feito, mas os Srs. Cunha-Liai e- FerreÍHa da Bocha demonstraram que a companhia tem irregularidades de escrita e de vida, parecendo que os Governos t.êíQ.deixadq passam o facto sem o devido exame, porque a;s. pessoas quq tinham, o de\íer de fazer essa fiscalização a não fizeram.