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de 13 de Julho de 19JO

Referiram- se somente, estou convencido disso, à, intervenção que ea tive no assunto, se bem que eu esteja absolutamente convencido de que realmente em Portugal há verdadeiras quadrilhas financeiras organizadas, sem poder precisar até que ponto elas poderão levar a sua acção e muito principalmente no que diz respeito ao Caminho de Ferro de Benguela, assunto este que estamos discutindo.

Eu não sei, Sr. Presidente, se real-, mente poderá haver crimes financeiros envolvidos no assunto que se discute, repito, se bem que esteja absolutamente convencido de que há quadrilhas financeiras organizadas, conforme disse o Sr. Cunha Liai.

Devo declarar, Sr. Presidente, que n&o venho para aqui defender essas quadrilhas, e que estou plenamente de acordo com as considerações apresentadas sobre o assunto pelo ilustre Deputado o Sr. Cunha Liai.

De resto, eu estou absolutamente convencido de que o Sr. Ministro das Colónias poderá fazer o trabalho a que me tenho referido, • depois da lei aprovada pelo Parlamento.

Não vejo% nisso inconveniente algum, repito, porque entendo que o Sr. Ministro das Colónias poderá fazer esse trabalho mesmo depois de está lei ter sido votada pelo Parlamento.

Nós teremos o direito de pedir explicações ao Ministro das Colónias, não ao que está demissionário, mas a um Ministro das Colúnias futuro, que não sabemos quem seja, mas que deve seguir os debates parlamentares c consultar o Diário das Sessões p eira saber o que nós dizemos, e que, além disso, deve ter os conhecimentos precisos para saber a maneira como se fiscalizam estas cousas.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Liai : — Sr. Presidente : ao ouvir as palavras do Sr. Ferreira da Rocha, que me acusa de meriodalismo na minha argumentação, lembrou- me um facto sucedido quando eu era estudante da Politécnica e onde tive por professor a mais alta .capacidade do professorado em matemática, e que ainda hoj©' é, pois felizmente ainda vive. Esse professor chamou iam alono á pedra © diss©4he para

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intuir ^ma recta, c todos EÓS traçámos

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uma recta da esquerda para a direita. Pois este aluno traçou a recta da direita para a esquerda.

O professor deu um pulo na cadeira e preguntou-lhe:

— No Liceu de Macau. O professor disse:

—Pois logo me pareceu que essa recta vinha do Extremo Oriente.

Eu, para me vingar do que o Sr. Ferreira da Rocha me disse, direi do S. Ex.a que o que disse são chinesisses. Assim me defendo.

O Sr. Ferreira da Rocha empregou a palavra falsificação, e eu não fui tam longe como S. Ex.a

Também S. Ex.a não aludiu ao caso do relatório de 1914, em que desapareceram 519:000 libras de obrigações de carteira.

Eu mantenho a minha expressão falsificação .

Fica de pé.

Não têm sido respeitados os contratos de 1913, tanto por se incluírem verbas que representam o pagamento de juros de obrigações, como ainda, acrescento eu, por se terem, pago verbas tais como de material não necessário, incluídas na mesma conta.

São afirmações que resultam do exame das contas que me dão Cste aspecto, continuando a dizer que as nossas suspeitas têm razão de ser.

O facto constitui uma falsificação evidente, porque o Estado, na ocasião do resgate, pagará uma cousa que não deveria pagar.

Parece-me, portanto, que não exagerei dizendo que a Companhia fez uma contravenção no intuito de prejudicar o Estado, e não há forma de organizar chinesisses que desfaçam o facto fundamental.

O Sr. Jaime de Sousa, que tenho em alta conta pelos seus merecimentos, reputando-o muito hábil em todas as questões, não o reputo com suficiente conhecimento da questão que se está debatendo; o Sr. Jaime de Sousa fez algumas afirmações que vou rebater»

Sc Ex.a foi secretário de Teixeira de Sousa, que lançou as bases do contrato

Lembro-me perfeitamente dos conflitos levantados nessa ocasião e da campanha

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