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dê 23 de Julho de 1980

ficante sombra desse bafo. E parece-me que iflal irá aos homens públicos se se deixarem levar por sectarismo e não por ideas. (Apoiados). Só devem ter em vista os superiores interesses da Kepública e do Estado. (Apoiados).

Assim, com os braços livres, com as palavras livres, devo dizer que poderei tomar das mãos do Governo que me precedeu, da presidência do Sr. António Maria da Silva, a declaração que foi feita ua outra Câmara ao apresentar-se um projecto de amnistia.

Podia ser acusado, como foi esse Governo, de dizer qualquer palavra a esse respeito.

Não o faria pela razão simples de que a resolução, por parte do Governo, do assunto, não pode ser dada em benefício dos monárquicos, por trazer a divisão profunda e rancor entre republicanos. (Apoiados).

Não podo ser oportuna a concessão da amnistia quando enti e republicanos ainda há a lembrança das más horas passadas, (Apoiados) ou o TF s sentimento de verdadeiras torturas inf ígidas, ou mesmo quando a opinião republicana é dividida a tal respeito e já deu ocasião a uma manifestação no Pôr^o protestando contra a sua concessão.

A amnistia, quanto ao Governo, tem de ser concedida não como um acto magnânimo, porque ó um acto que aproveita aos que a recebem e aos que a dão, (Apoiados) mas como uma espécie de acto nacional, para reconciliação da família portuguesa, e elemento favorável à confraternização de todos os portugueses.

Nem pode o GovOrno conseguir o seu objectivo, se, para ser agradável aos seus inimigos, divide e desune aqueles nos quais se apoia em grande parte a defesa da República.

E, sobre isto, tenho dito.

Ao Sr. Brito Camanho agradeço as afirmações carinhosas que teve a meu respeito, e quo são inteiramente imerecidas; mas recebo-as porque vêm de quem é uma das mais altas figuras da República, não apenas pulos serviços que tem prestado, pela alta situação que ocupa nesta casa do Parlamento, mas por sor um homem de bem, um verdadeiro republicano, uma cabeça dentro da qual não há apenas sciOncia, o que já seria muito,

mas a convicção de que só com sacrifícios se pode salvar esta sociedade.

Ein obediência também a essa convicção, eu aceitei o encargo da Presidência do Ministério, para o qual não tinha qualidades. (JNão apoiados).

Ao Sr. Álvaro de Castro eu agradeço as palavras de elogio que me dirigiu, tanto mais que elas vêm dum homem de elevado prestígio na República, com os mais assinalados serviços no governo da província de Moçambique; de unia individualidade que possui uma grande envergadura administrativa.

Estando à frente dum Partido, S. Ex.a conquistou essa situação pela sua inteligência, pelo seu carácter, pela sua audácia, e eu agradeço-lhe as suas palavras.

O Sr. Cunha Liai, iiuuia dissertação financeira feita a propósito da declaração ministerial, referiu-se ao meu passado agrícola, como Ministro da Agricultura, ao passado marinheiro do Sr. Ministro da Marinha, e ao passado financeiro do Sr. Ministro das Finanças, sobre o qual iS. Ex.a responderá.

Além disso S. Ex.a notou que alguns dos Srs. Ministros não têm competência para as suas pastas.

Por mini apenas falo, porque em relação aos outros, a Câmara já os conhece o sabe das suas qualidades de inteligência e os dotes que os ornam e que justificam que dos interesses-das áuas pastas darão sempre boa conta, como nunca deram má conta das missões que porventura tem tido de desempenhar.

Mas devo dizer quanto a mim, a respeito da minha incompetência para a pasta da Aricultura, que não tenho passado agrícola, nem presente nem futuro.