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Diário da Câmara dos Deputados

atitude que assumiu, não pode contar com a aprovação da grande massa desse partido.

Isto quanto ao primeiro considerando da minha moção.

Quanto ao segando, devo dizer que o mantenho igualmente, porque entendo que este não. é ainda o Governo capaz' de fazer a obra de reconstrução nacional que tanto se impõe.

Quanto ao terceiro considerando, já tive ocasião de dizer que, em meu entender, o Governo não nos oferoce garantias duma eficaz defeza da Eepública.

Por todas estas razões mantenho a minha mpção.

Lê-se a moção do Sr. Nôbrega Quintal.

É a seguinte

Moção

A Câmara considerando que o Governo da presidência do Sr. António Granjo, não pode contar com uma sólida maioria no Parlamento;

Considerando que esse Governo, nem pela sua constituição, nem pelas figuras que o compõem, tem condições para rea-liziu- u programa de- rcconstituiçao cconó-mica-financeira que o momento exige;

Considerando que Osse Governo não tem o apoio das massas populares justamente receosas de que ele não defenda a Eepública com a energia indispensável nesta hora continue na ordem do dia.

Sala das Sessões, 20 de Julho de 1920.— Nôbrega Quintal.

O Sr. Nôbrega Quintal:—Requeiro votação nominal. É rejeitado.

O Sr. Nôbrega Quintal:—Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr.'Presidente:—Estão ,sentados 7 Srs. Deautados e em pé 56. Está rejeitado.

O Sr. Eduardo de Sousa:—Para declarar que não votei a moção de descenfian-ça ao Governo do Sr. António Granjo, pela mesma razão que não votei a que foi apresentada ao Governo da Sr. António Maria da Silva.

O orador não reviu.

j O Sr. Melo Barreto :— Pedi a palavra

j simplesmente para comunicar que estou

habilitado a responder à interpelação

anunciada pelo Sr. Manuel José da Silva.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro da Agricultura (António Granjo): — Pedi a palavra unicamente para agradecer o voto de confiança dado ao Governo.

' O facto desse voto ter sido dado quási por unanimidade, leva o Governo a interpretar os sentimentos desta Câmara, de forma a serem tanto quanto possível a tradução da sua vontade, da vontade de toda a 'Câmara e não apenas dos três partidos que nele se encontram representados.

O Governo procurará corresponder a essa confiança, cumprindo a sua missão.

Tenho dito.

foi aprovado.

O Sr. Presidente:—Vai continuar a discussão do orçamento do Ministério do Comércio.

' Cpntinua no uso da palavra o Sr. De-, putado Aboirn Inglês.

O Sr. Ahoira Inglês;—Sr. Presidenie: dizia eu na última vez que falei, que o corte de ',500 contos, que se pretendia fazer na verba para construção, reparação, melhoramentos e construção de edifícios públicos me parece desnecessário e inútil, visto que não podendo nós modificar as circunstâncias actuais da administração do Estado, fatalmente esses 600 contos hão-de ser necessários antes de terminar o ano económico, para fazer faço a despesas que se não prevêem agora.

Portanto, em lugar de estarmos a figurar um -orçamento com cortes que se não efectuam, o melhor seria deixá-lo como está.

Por agora e sobre este capítulo, dou por findas as minhas considerações.

O orador não reviu.

O Sr. Alves dos Santos: — Sr. Presidente: pedi a palavra para emitir algumas considerações sobre o capítulo õ.° que está em discussão.