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do Ministério do Comércio que mereça redução.

Algumas palavras' do orador produzem um incidente entre S. -Ex.a e o Sr. Maria-no Martins, relator, o qual sai da sala, depois de declarar que não continuará ouvindo as considerações do Sr. Manuel José da Silva,

O Orador:—É interessante a afirmação de V. Ex.a, mas também direi que nenhuma falta faz. Não estou aqui para me fazer ouvir deste ou daquele, estou aqui para cumprir o meu dever, falo para o País!

O Sr. Cunha Liai:—V. Ex.a com o auxílio do relatório poderá dispensar a presença do relator.

O Orador: — Já uma vez um relator, por. capricho, não quis acompanhar a discussão, e nessa altura a Câmara manifestou-se claramente, dispensando o relator.

Eu não estou aqui a fazer obstrucionis-mo nem tento que o orçamento não se vote, pelo contrário, estou a zelar os interesses do Estado.

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente: em vista da resolução tomada pelo relator do orçamento do Ministério do Comércio, eu pedia a V. Ex.a para consultar a Câmara sobre se permite que este orçamento seja retirado da discussão.

O Sr. Mariano Martins (voltando à sala):— Estava no sala dos Passos Perdidos, qtfando soube do requerimento do 'Sr. Júlio Martins; devo dizer a S. Ex.a que nada me move contra o Grupo Popular, e se me retirei da sala foi por me julgar agravado pessoalmente por palavras do Sr. Manuel José da Silva, que estava falando por forma que parecia que eu era uma criança de 6 anos, a quem se puxam as orelhas. Não podia já continuar a ouvir o tom em que S. Ex.a falava, continuamente a mostrar que eu era incompetente e que não seguia com atenção as suas considerações.

O Sr. Manuel José da Silva: — O que eu estava dizendo era que V. Ex.a não seguia com atenção as minhas considerações,

Diário do. Câmara dos Deputado

por não me responder àquilo a que eu me referia; agora, se S. Ex.;i se sentiu agravado como homem, não era razão para fazer o que fez. . .

O Sr. Mariano Martins: — Eu não estou em condições de me recordar bem das palavras de S. Ex.a, mas creio bem que S. Ex.a dava a entender que eu não sabia o que estava defendendo.

O Sr. Presidente: — Depois das palavras do Sr. Mariano Martins creio que o Sr. Júlio Martins não insistirá pelo seu requerimento.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Velhinho Correia): — Devo dizer a V. Ex.a que não há o propósito de não aceitar emendas do V- Ex.a, mas apenas que não tem lugar agora a proposta de V. Ex.a

Quanto a equiparação dos funcionários, tanto na minha opinião pessoal, como na de todo o Governo, é que se tem de fá'zer o mais breve possível; é um acto de justiça e. como V.' Ex.a muito bem disse, nm problema de ordem pública.

O Governo deseja resolver esse problema no mais curto espaço, pois justiça assiste a muitos funcionários.

A propósito das observações feitas por V. Ex.a relativamente aos artigos 46.° e 47.°, dizendo ser pequeníssima a'verba de 500$, concordo, até. certo ponto, com V. Ex.a, devendo, contudo, lembrar que essas representações podem ser por vezes desempenhadas por indivíduos que vivam nas localidades onde se realizem essas exposições ou concursos, podendo assim, dalguma maneira, ficar compreendidas essas representações nesta pequena dotação.

Aproveito a ocasião de estar no uso da palavra para mandar para a Mesa duas propostas de emenda.

Como a Câmara sabe, ingressaram nesta Direcção Geral do Comércio e Indústria algumas repartições que pertenciam ao extinto Ministério dos Abastecimentos; assim, as verbas consignadas nos artigos 44.° e 45.° são realmente muito pequenas pelo facto de ter aumentado o número de repartições.