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sargentos, e para provar a V. Ex.a que só deve ser reconhecida a alimentação em campanha ou manobra, eu tive o cuidado de ir consultar o regulamento dos •serviços '.de campanha, e tomar conhecimento do que ele diz no seu artigo 117.°

Sr. Presidente: o vencimento dos sargentos do exército é constituído, na situação-normal, pela importância, em globo, de várias verbas, compreendendo a destinada a alimentação., Trata-so, portanto, duma flagrante injustiça para esta classe, porquanto, como V. Ex.a sabe, desde o director geral ao mais humilde servente, todos recebem os 40$ do subvenção, incluindo os próprios contratados do Estado, que, por lei. a ela. tom direito. Não se compreendo, pois, que apenas seja esquecida uma classe que deve merecer toda a atenção dos poderes republicanos, e. em especial, á do ilustre Presidente do Ministério, Sr. António Gr anjo.

E, a propósito, devo dizer a V Ex.% Sr. Presidente, para provar a flagrante injustiça que se tem cometido para com •estes defensores do regime, que há dactilógrafas, com ordenados do 120$ nien-snis, a. quem GC vai buscar de casa para ai repartição e da repartição para casa, de side-car, pertencente ao Estudo.

O Sr. Cunha Liai (interrompendo] : — lV. Bx.n não me sabe dizer se essas dactilógrafas, .além dos 40$, recebem qualquer outra subvenção?

.Diversos apartes. .

O Orador:—Quando falo aqui, dentro desta Câmara, procuro sempre defender •os interesses da República, não ine importando com o quo se passa nas empregas particulares, nem se as dactilógrafas •.são levadas para os bancos de side-car.

O que se v G é que todos os funcionários públicos recebem 40$ de subvenção e a classe dos sargentos mio tem essa subvenção. (Apoiados}.

Vejo nos Ministérios dactilógrafas que muito bem podiam ser substituídas por •empregados que lá há, e que sabem escrever à máquina.

Há uma outra classe que também me-srece .a atenção do Sr. Presidente do Ministério: é a da polícia de Lisboa, aquém •é Sr, António Granjo, estou convencido,

Diário da Câmara dos Deputados

far ájustiça e dará os 40$, pois, de contrário, daqui a pouco não temos polícia em Lisboa.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro''da AgricuUura (António Granjo):--O roais breve possível, talvez ainda esta semana, trarei ao" Parlamento essa reforma.

O Orador: — Assim tem de ser, pois doutra forma em oito dias não temos polícia em Lisboa.

V. Ex.a está disposlo a fazer justiça à polícia de .Lisboa? Faz V.- Ex.a muito bem.

As dactilógrafas não tinham direito a subvenção, e ultimamente foi o Sr. Pe-droso de Lima quem dou a cada uma 180$, quantia correspondente ao pagamento desde Julho cie '1919, além dos 40$ mensais de ajuda de custo de vida.

Ora, Sr. Presidente, pondo em confronto os serviços prestados ao Estado pelas dactilógrafas com os serviços prestados pelos sargentos, facilmente se constata a importância duns e a importância dos outros. Os sargentos têm tido ecm-pre a maior boa vontade e dedicação cru servir todos os Governos legalmente constituídos. 'Nós tivemos ensejo de v<_-r que='que' foi='foi' oferecerem='oferecerem' greare='greare' seus='seus' uma='uma' dos='dos' indisciplina='indisciplina' se='se' para='para' era='era' não='não' lançaram='lançaram' _='_' à='à' como='como' a='a' foram='foram' os='os' república.='república.' públicos='públicos' em='em' greve='greve' quando='quando' serviços='serviços' o='o' p='p' acto='acto' sargentos='sargentos' funcionários='funcionários' ultimamente='ultimamente' porque='porque'>

(j Qual foi, porôm, o prémio que lhes foi dado ?

Triunfou a greve do funcionalismo público, todos os funcionários, desde o director geral ao servente, receberam mais 40$ por mês, e, para vergonha da República, osqueceram-so aqueles que tinham prestado os maiores serviços ao Governo durante essa greve.

Sr. Presidente: a situação em que se encontram os sargentos de terra e mar, no que se refere a ajudas de custo de vida, é absolutamente deprimente. (Apoiados).