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Diário da Câmara cios Deputados

Chame a Associação Comercial, chame a Associação Central da Agricultura, chame a Rua dos Capelistas, chame todos os assambarcadores deste País, e diga-lhes que neste momento ponham de parte o assambarcamento é trabalhem com essa competência que o Sr. António Granjo lhes reconhece; tragam as suas idéas ao. Poder, pondo de parte os seus interesses, e contribuam para a tranquilidade do País fazendo o que é necessário fazer na administração pública, e ter-se há praticado um grande benefício nacional.

Tenho a minha convicção expressa. Não sou conservador na República. Cada vez sou mais radical. (Apoiados). Cada vez sou mais avançado. (Apoiados).

Mas, se assim sou, quero dar o direito àqueles que pensam de maneira diferente, que experimentem no Poder a verdadeira política conservadora. • Vamos tranquilizar as forças vivas.

Não vamos lá com a Guarda Republicana abriivlhe os cofres?

Não. - Pelo contrário dir-lhes hemos :

«Os senhores são chamados a colaborarem com o Governo. Vêm as circunstâncias angustiosas em que o País se encontra.

Têm na sua mão a riqueza.

Têm na sua mão os elementos indispensáveis para obstarem à anarquia.

Os senhores são os- mais interessados em que o País viva tranquilo; são os mais interessados em que a vida normal da República Portuguesa se faça, porque os senhores podem viver dentro de suas casas; colaborem para o bem do País, porque sondo assim os senhores não apressarão o fogo que começa a arder».

Siga o Sr. Presidente do Ministério essa política.

Sei bem que se caminha para esse fim. Sei bem quais são as solicitações que neste momento chegam ao Sr. Presidente do Ministério.

Mas conheço também as forças que vivem dentro do País, qual é o espírito que o anima.

Não seremos nós, depois de S. Ex.a nos formular o programa geral da governação, quem lhe tolherá o passo.

Mas porque somos liais, dizemos ao País que a situação é das mais graves,

que a alta finança e o alto comércio estão vivendo já de expedientes.

Estamos convencidos de que apenas surja uma aberta neste quadro alarmante, como disse o Sr. João Luís Ricardo, os assambarcadores, as forcas vivas, desaparecerão, deixando de prestar auxílio à governação.

Não quero alargar-me nas minhas con-sideraçõesi e por isso peço ao Sr. Presidente do Governo que me responda con-cretamente ao seguinte:

(jVai ressurgir o Ministério dos Abastecimentos c dos Transportes, entregando-se a elementos da Associação Comercial todos os assuntos referentes ao abastecimento do País?

£ Julga-so S. Ex.a no ^direito de, à sombra destas autorizações, habilitar o Ministro dos Negócios Estrangeiros, em nome do Governo da República a negociar qualquer convenção como se negociou no Governo anterior?

<_ arroz='arroz' que='que' azeite='azeite' é='é' do='do' aumentar='aumentar' o='o' indispensável='indispensável' p='p' carvão='carvão' preço='preço' s.ex.a='s.ex.a' julga='julga' manteiga='manteiga' da='da'>

Quanto aos trigos já temos afirmações

Sr. Presidente: não quero alongar-me em mais considerações, por isso não farei mais perguntas ao Sr. Ministro da Agricultura e Presidente do Ministério.

Quanto a adubos já sei o 'que S. Ex.a pensa, e não quero no momento presente referir-me a isso.

Por ora nós estamos apenas numa situação fiscalizadora.

Vou repetir novamente as preguntas que fiz ao Sr. Presidente do Ministério:

i haver ditadura de víveres?

Por ora contento-me que o Sr, Presidente do Ministério me responda a estas preguntas.

O -discurso será publicado na integra, revisto peto orador, quando restituir, revistas, aã votas taquigráficas que lhe foram enviadas.