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dernos ricos a pagar aquilo que, de facto, ao Estado dovem.

.Dovo dizer a V. Ex.as que mio proponho taxas novas, mas apenas actualizo os impostos.

Quanto ao empréstimo, como já tive ocasião de dizer, não podemos fazer uma operação externa sem que tenhamos feito primeiramente uma operação interna. '• Conversei coui as . mais- uitas figuras da política inglesa q.tie me disseram que o G-ovêrno inglês não apoiaria um empréstimo externo sem que Portugal se tivesse mostrado capaz de fazer um sacrifício interno.

«O» senhores —disseram-me — têm de fazer qualquer cousa, ainda que seja apenas- para nós vermos, como os seuhores dizvm no- seu país».

.Preciso de receber sessenta mil contos •efectivos, não admito a possibilidade de fazer um empréstimo amortizável porque, ao regime deficitário em que vivemos, isso c inexequível.

Posso afirmar a V. Ex.as que nenhum banqueiro me fez proposta, a-meaça ou indicação, e que estou falando sem coacção de espécie alguma.

Conheço bom a psicologia dos homens 'do dinheiro, por isso convencido estou de que uo actual regime deficitário não teria facilidade em encontrar colocação para qualquer papel sem que desse garantias, embora mas não pedissem.

A proposta sobre contribuição predial devo ter alguns defeitos. Peço. que a melhorem, estudando-a rapidamente, o, .para facilitar o trabalho da comissão d© finanças, farei tudo quanto estiver na minha mão.

O problema é gravíssimo; mas espero confiadamente que da boa vontade e do. patriotismo de todos alguma cousa se conseguirá no sentido de remediar a situação financeira, a fim de que não haja solução do continuidade na função do Estado. '

Tenho dito.

O discurso, revisto pelo orador, será publicado na íntegra quando S.. Ex.a de volver, revistas, as notas taquigráficas qne lhe foram enviadas.

O Sr. Presidente:—Para ò projecto., que foi enviado para a Mesa pelo Sr. Domingos Cruz, pediu S. Ex.a a urgência e-a dispensa do Regimento.

Diário da Câmara dos Deputa dos

Tenho, porôm, a observar que a Câmara não poderá conceder a dispensa do Regimento, visto que o referido projecto traz aumento de despesa e, assim, tem de ir à comissão de finanças.

O Sr. Domingos Cruz: — Sr. Presidente: desisto do pedido da dispensa do Eegimento, deixando de pé o pedido da urgência.

Consultada a Câmara, foi concedida a urgência.

O Sr. Raul Tamagnini:—Eequeiro a urgência e a dispensa do Eegimenío para o projecto que há pouco o Sr. Leio Portela remeteu para a Mesa.

O Sr. Presidente: — O Sr. António Maria da Silva requereu a urgência e a dispensa do Eegimento para o projecto que enviou 'para a Mesa. Os Srs. Deputados que concedem a urgência e a dispensa do Eegimonto queiram levantar-se. "

Pausa.

O Sr. Presidente:—Está aprovado. Vou consultar agora a Câmara sobre o requerimento do Sr. Raul Tamagnini,

O Sr. Domingos. Cruz: — É para declarar que eu concederei apenas a urgência. Entendo que não se deve conceder a dispensa do Eegimento porque o assunto merece ser tratado com toda a .ponderação e, portanto1, não devemos- dispensar o estudo da respectiva comissão. De resto/ isto não trará inconvenientes, visto que as taxas a que a lei se referiu só serão aplicadas depois do referendum.

' -Q Sr. Leio Portela: — Sr. Presidente: tem toda a razão de ser a urgência e a dispensa do Regimento requeridas paca o-projecto que tive a honra de apresentar; visto- que se trata de interpretar uma lei que já está em execução e que, na prática, tem dado inconvenientes que ó mester evitar. Trata-se, de estabelecer a boa doutrina pelas instâncias oficiais que têm de aplicar as taxas estatuídas pela-lei.

Ao contrário do que disse, o ST.. Domingos Cruz, declaro à Câmara que eu sei-que es-sas-taxas já estão s.enido oobira-das por algumas eâniuiras municipais: