O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

36

no e ato do Parlamento e de toda a gente, para se erguer nos píncaros da gloria o ditador deste país, a quem o Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura entregou manietada a vida desta Nação. (Apoiados),

O homem que está à testa do Comissariado de víveres ó um homem honesto, não discuto, mas ai de nós se o favoritismo entra na ditadura dos víveres!

Seria a ruína deste país, seria o enriquecer de meia dúsia de argentários, seria o encher as burras de todos os ar-g;entários deste país, que contituam tendo luz acesa n;i Meca do Comissariado dos Víveres.

Eu sou muito amigo do Sr. Presidente do Ministério, mas já tenVo dó da figura que S. Ex.a está fazendo.

Sr. Presidente: é um caso absolutamente inédito neste país. Eu disse que tinha dó do Sr. Presidente do Ministério, porque as próprias forças vivas que o acarinharam, que o agazalharam, sito as próprias que, num documento público, voem demonstrar a sua absoluta incompetência para a governação do país, e colocar até o Sr. Presidente do Ministério numa situação dúbia, uuma situação exquisita.

Leia a Câmara a representação que a Associação dos Proprietários Urbanos entregou a S. Ex.a, e onde se diz que o Sr. Presidente do Ministério se comprometera, a que jamais medida alguma emanada desse Governo seria apresentada, sem quo fosse com prévio entendimento com essas forças vivas, que, estando assustadas pelas propostas do Sr. Ministro das Finanças, procuraram o Sr. António Granjo, para lhe lembrar o seu compromisso.

Oh! Sr. Presidente! Então um homem que preside a um Ministério, que é procurado pelos forças vivas, com as quais se tinha comprometido a não apresentar nenhuma proposta sem previamente as ouvir, declara que só tivera conhecimento delas pelos jornais, que não foram levadas a Conselho de Ministros, e que o Governo se desinteressa das propostas de finanças!

<_ p='p' as='as' e='e' funções='funções' parlamento='parlamento' quais='quais' do='do' goverão='goverão' são='são'>

£0 que se poderá responder a um Governo que nos diz que a situação do país

Diário da Câmara dos Deputados

é aflita, que a situação do país é miserável, que o país não tem que comer, nem dinheiro para pagar aos funcionários públicos, e diz que se desinteressa das propostas de finanças?

Isto é único! Isto é espantoso! Isto não se acredita!

Pregunto: ,; Qual é a função do Governo ?

<_ colegas='colegas' que='que' de='de' aos='aos' propostas='propostas' seus='seus' governo='governo' uma='uma' do='do' mais='mais' situação='situação' tributária='tributária' desta='desta' por='por' então='então' leva='leva' das='das' cuidado='cuidado' não='não' natureza='natureza' são='são' à='à' a='a' país='país' geral='geral' liga='liga' entregues='entregues' interessam='interessam' importância='importância' administração='administração' assim='assim' qualquer='qualquer' sr.='sr.' ao='ao' país.='país.' p='p' as='as' ministro='ministro' isso='isso' economia='economia' ministros='ministros' dos-finanças='dos-finanças' da='da' melindrosas='melindrosas' conselho='conselho' nenhuma='nenhuma' cousas='cousas'>

Sr. Presidente : dá-me a impressão de que este Governo apenas está ali por vaidade e não tomou conta da situação aflitiva em que o país se encontra; dá-me a impressão de que os homens que se -sentam naquelas cadeiras olbam simplesmente para a sua situação de -Ministros, com automóvel, e correio, atrás.

Eu tenho pena de que o Sr. Presidente do Ministério não esteja presente, para dizer que o Parlamento lhe deu hoje uma lição de administração pública, e pára dizer que o Partido Popiilar, embora esteja om oposição ao Governo, vota a prorrogação da sessão legislativa, para que as propostas sejam discutidas por quem as quiser discutir e apreciar.

Mas, Sr. Presidente, apresentou o Sr. Ministro das Finanças, uma proposta de lei sobre contribuição predial. O Sr. Ministro das Finanças foi um ve]ho parlamentar no tempo dos constituintes; o Sr. Ministro das Finanças foi um colaborador da lei de 4 de Maio; o Sr. Ministro das. Finanças foi companheiro do Sr. José Relvas na elaboração dessa lei, e, se não estou em erro, era ainda Deputado do Parlamento da República quando se votou a lei de 1913, do Sr. Afonso Costa. Por consequência, eu estou bem colocado na discussão; porque se trata dum homem que, por definição, deve saber dos assuntos de contribuição, tanto mais que, pela sua alta situação, deve estar preparado para assumir as cadeiras da governação pública.